A mecanica é simples: uma cidade tem algo com especial interesse para visitar. Facilitam-se as formas de a visitar. Criam-se estruturas para apoiar quem a visita. Ignora-se tudo o resto.
Passados uns anos, temos Torremolinos.
Lisboa está a caminho da sua torremolinização. A Baixa está quase, o Bairro também, a Bica pouco falta, Alfama para lá caminha. Hostels, hoteis, Airbnb's, lojas, cafés, os negócios vintage-fáceis estão a tomar conta destas zonas e quem ainda lá vive, já deixou de viver num bairro há muito.
Aqui ao pé de Lisboa, em Óbidos, está a acontecer o mesmo. Não é pior porque Óbidos não é tão espetacular para viver como Lisboa. É frio e não se pode estacionar o carro à porta de casa. Mas enche-se de lojas, de ginja, de restaurantes e habitantes, só velhos, são cada vez menos. Até que aquilo, um dia destes, é só um centro comercial a céu aberto. É uma vila na mesma, então?
3 comentários:
Acho que mais vale transformarem de vez o país numa espécie de Eurodisney, um parque temático etno-retro-historico-chic. Tudo falso e os poucos portugueses que restam a trabalhar como animadores ou figurantes.
Essa é a visão que os americanos têm disto...
É a gentrificação a todo o vapor.
Enviar um comentário