quinta-feira, agosto 28, 2014
Daqui desta Lisboa
Aqui nada se passa: Cheguei das férias, os vizinhos ainda estão nelas, não ouço o cabrão do cão a descer as escadas a trote com as unhas nas tábuas do soalho e o rabo a bater no corrimão, a velha do andar de baixo não liga a televisão, o café está vazio e não serve caracóis até à meia noite, a pastelaria da esquina tem a esplanada improvisada cheia porque é a família do dono, putos indianos muitos e calados, na esquina de baixo a tasca vai servindo minis aos trolhas habituais, a papelaria que vive à conta da escola já abriu mas está sempre vazia. Porta sim porta não as igrejas envagelicas estão todas a trabalhar a meio gás, os 2 sem abrigo habituais passam o dia entre 2 carros. A Penha de França é uma zona insegura, dizem os velhos e contraria a senhoria, mas tirando facadas alheias, ainda não vi nada.
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2 comentários:
A Penha, insegura? Só se for ali para os lados dos prédios manhosos, que, de resto, e em 11 anos, nunca dei por nada. A percentagem de mitras é igual ao resto da cidade, e muito inferior a certos bairros bem da periferia.
A insegurança parece-me que é só um termo alimentado pelas reportagens diárias da tv da manhã que funcionam como porno para os velhotes. Insegurança devia chamar-se azar. Toda a gente pode ter azar. Eu vou tendo sorte, até lá.
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