Ali ao pé de casa, abriu mais um café destinado a um público muito específico, mas em expansão. Conceptualmente seguidores da Ana Malhoa, antropologicamente situados entre ratos de ginásio e ratos de discoteca, grupos de casais modernos invadem o bairro. Normalmente vistos na Venda do Pinheiro e no Pacha Ofir, bisontes tatuados e porn-stars de selfie-stick estão agora a chegar à cidade.
Os ingredientes para os atrair são simples: Estética de videoclip de Hiphop, papel de parede com efeitos, preto ou branco. Umas cadeiras de plástico/vime com uma forma inusitada e candeeiros com leds tipo tunning, musica da orbital / lounge de pacote ( estes deram-se ao trabalho e ainda alcatifaram o passeio com um tapete vermelho ). O desafio é equilibrar estes elementos de forma a, com um orçamento (demasiado) baixo, se crie a ideia de que ali há uma sofisticação à parte dos restantes cafés de rua, uma espécie de pedantismo-de-carrinhos-de-choque, que afasta quem gosta só de beber um café em paz sem ter a mania que é esperto simultaneamente.
Conseguiram uma clientela fixa em pouco tempo.
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