As eleições meteram-me num turbilhão e confirmaram a minha genialidade como analista político. Estou agora muito frustrado e não percebo porque não sou convidado para comentar as eleições em paineis que estão sempre cheios do mesmo tipo de gente que eu sou, tipos brancos de (quase) meia idade. Dei por mim a ver-me como um predestinado a quem ninguém dá ouvidos. Eu percebo, já temos um desses e está na extrema direita. Mas eu não lhe quero tomar o lugar. Nem sequer quero tomar esse lugar na extrema esquerda, até suporto que possa haver religiões e dinheiro e propriedade privada. Mas vamos ao que interessa:
sábado, outubro 20, 2018
Cuidado Casimiro
Há uns anos sou capaz de ter escrito sobre o excepcionalismo tuga, uma crença obscura baseada no excepcionalismo americano - esse com efeitos conhecidos por todos - que nos colocava num estado perpétuo de ignorância bondosa. Infelizmente tenho de reconhecer que essa teoria morreu e que somos tão maus como os outros, apenas mais tarde e numa escala mais maneirinha. Fujam do Twitter e do facebook.
Claro que já estávamos 2 anos dentro do fenómeno Trump. Estive 2 anos em negação, basicamente. Estamos em 2021, 2 anos depois deste post. Já estão a ver o que dirá um post meu daqui a 2 anos?
O que me dá esperança é que apesar de haver gente profundamente racista, há também muita gente decente. Essas pessoas vão ter de aprender a lidar com gente que está a ser doutrinada há pelo menos 2 anos no FB e no Twitter pelos piores elementos da sociedade: fascistas, oportunistas, divisionistas e negacionistas. O Covid não convida à decência. O desemprego não convida à decência.