"Deixe o seu número de telefone" .
"Vamos fazer o seu perfil, grátis".
"Se responder ainda hoje, tem este desconto".
Não consigo exprimir bem o enjoo que esta conversa me dá. É como tentarem vender banha-da-cobra à cobra.
Há um intervalo comportamental muito estreito, entre a falta de fé, o nojo de consumir e a inevitável necessidade de consumir. É o espaço do publicitário-anti-consumista.
Ele não quer ser desprezado; quer atenção, mas não muita. Não quer empregados servis nem bajuladores, mas não quer arrogância, nem ser atendido por-favor. Não quer preços (ir)reais disfarçados de descontos. E acima de tudo, não quer que o chateiem.
E preenche mal as fichas de cliente.
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