quarta-feira, fevereiro 25, 2009
terça-feira, fevereiro 24, 2009
Retratação
Eu sei que deixo passar aqui muita calinada no português. Muitos erros, muita gramática ao lado. Tenho leitores atentos que me ajudam nisto, mas são algo incompetentes, peço desculpa por eles. Mas são erros menores, como digo sempre. Porque há aí uma raça de erros que me mete especial impressão, os erros à volta das palavras hifenizadas. Lembrei-me disto porque acabei de ver escrito algures "fizes-te-me".
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
Zé Gato
Ia eu pela cidade, perdido como sempre, e ao pé da Cervejaria Portugália vejo uma cara ligeiramente conhecida , à porta. Pensei que era um vizinho fora do contexto e assim difícil de associar de onde o conheceria. Era o Orlando Costa, o Zé Gato. Era a figura do desalento, um pobre de Deus. Abatido. Fiquei ideia que o Orlando se deixou envolver demasiado na personagem. O mesmo bigode, 30 anos depois, o mesmo cabelo.
Deixo a letra do genérico, que fala de um polícia incorruptível.
Estranho é que a série é de 1979 e eu lembro-me bem disto. Tinha 4 anos, porra.
Deixo a letra do genérico, que fala de um polícia incorruptível.
A cidade é p'ra fazer dinheiro
E se tu és um tipo inteiro
Vais passar um mau bocado
Vais ver o que custa não ser ouvido
No meio de tanto homem vendido
Em silêncio comprado
Quem és tu, Zé Gato?
O que é te te faz correr
Pelos cantos mais sujos, nesta terra
Tu já deves saber
Que mesmo quando vences batalhas
Estás longe de acabar com a guerra
Quem és tu, Zé Gato?Mas tu és teimoso, como um burro
Vem na luva ou vem a murro
Nada te faz desistir
A luta é de vida, ou de morte
Mas a consciência é mais forte
E não te deixa fugir
Quem és tu, Zé Gato?
O que é te te faz correr
Pelos cantos mais sujos, nesta terra
Tu já deves saber
Que mesmo quando vences batalhas
Estás longe de acabar com a guerra
Quem és tu, Zé Gato?Estranho é que a série é de 1979 e eu lembro-me bem disto. Tinha 4 anos, porra.
Fui até ali ao Chiado
Fui ver os modelitos, os ténis às cores e os Wayfarer da tanga. Depois lá fui ao bairro alto, em excursão rara, feita durante o dia. Aí, nova dose de blusões com padrões parvos e lojas com 200 metros quadrados que se limitam a mostrar 5 pares de sapatos ( só o pé esquerdo ).
sexta-feira, fevereiro 20, 2009
Constato
Vivendo num certo ponto cimeiro e vanguardista da sociedade de consumo, ele há gente com a impressão que nos dias de hoje, já não há assuntos que se resolvam com um soco na tromba. Mas há.
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
Seis caracteristicas
O António lançou-me o desafio: 6 características sobre mim. É o melhor tema do mundo, sei bastantes coisas sobre o Prezado:
1. Sou menos egocêntrico do que parece.
2. O que mais detesto é intolerância, deixa-me doente.
3. Tenho uma curiosidade a roçar o patológico. Vasculho todos os temas possíveis e impossíveis pela net. Tudo.
4. Os únicos ídolos que alguma vez tive são os Monthy Python.
5. Tenho um problema de dicção que me impede de pronunciar correctamente o nome deste blog ( e o meu nome, também. Porra.) .
6. Não passo um dia sem desenhar. É como meditação.
E passo a bola à Gi, à Polo Norte, à Ar, ao PNE, à Mamã e ao Lucas. Mexam-se.
1. Sou menos egocêntrico do que parece.
2. O que mais detesto é intolerância, deixa-me doente.
3. Tenho uma curiosidade a roçar o patológico. Vasculho todos os temas possíveis e impossíveis pela net. Tudo.
4. Os únicos ídolos que alguma vez tive são os Monthy Python.
5. Tenho um problema de dicção que me impede de pronunciar correctamente o nome deste blog ( e o meu nome, também. Porra.) .
6. Não passo um dia sem desenhar. É como meditação.
E passo a bola à Gi, à Polo Norte, à Ar, ao PNE, à Mamã e ao Lucas. Mexam-se.
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Tava a pensar em almoçar
Tenho uma amiga que me diz que a natureza é santa. Acho que isto, claramente, deve servir que a natureza é uma merda. Bom, bom, é ir ao Aya.
domingo, fevereiro 15, 2009
O monstro afinal precisa de amigos
Fomos ao encontro do monstro. Há meses que ele não encontra o grupinho do costume. Perguntávamo-nos se o monstro ia dar parte de fraco. É que os monstros não são muito bons com sentimentos e não se sabem exprimir, no meio de urros, grunhidos e socos. Só sabem falar gentilmente por meio de discos de 33 rotações, colunas de som e luzes às cores. Tentam a custo refrear os impulsos selvagens, a fim de mostrar alguma humanidade, mas a falta de habilidade é tal que preferem continuar a distribuir estalada e barbaridades ao público.
Perante o reencontro, uns diziam que não ia desmanchar, outros arriscavam que ia haver lágrimas.
Afinal, houve abraços, elogios e celebração. Por pouco tempo, o monstro amansou. No próximo encontro, já não vai ser assim. No máximo, vamos buscar peixe frito ao Tejo e ouvir uma caralhada das fortes.
Perante o reencontro, uns diziam que não ia desmanchar, outros arriscavam que ia haver lágrimas.
Afinal, houve abraços, elogios e celebração. Por pouco tempo, o monstro amansou. No próximo encontro, já não vai ser assim. No máximo, vamos buscar peixe frito ao Tejo e ouvir uma caralhada das fortes.
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Tira-me a pica
Tudo bem, não tenho idade para olhar para adolescentes do Liceu Francês, eu sei. Mas aquela onda do casaquinho da moda, calcinha de menina e afins irem acabar naquela porra daquelas botas de montanha que todas usam, faz-me especie.
Pareço um velho um dos marretas. ( o que não é mau, sempre gostei deles )
Pareço um velho um dos marretas. ( o que não é mau, sempre gostei deles )
terça-feira, fevereiro 10, 2009
A visita de estudo
Como escrevi há dias, há muita gente que não sai muito. Têm liberdade de movimentos, mas tomam o mundo por um simples caminho entre casa, o emprego, o sítio onde almoçam, o sítio onde jantam, o sítio onde bebem café. Fazem a vida toda num universo de 500 metros de raio.
Hoje, as meninas foram ao Martim Moniz, ao Centro Comercial, ao Kebab. Seria o equivalente a uma expedição à mais profunda selva indiana, mas afinal, os canibais não nos comeram com caril, não morremos de desinteria , não nos esticaram o cabelo com restaurador Olex, nem acordámos com uma cicatriz recente numa banheira com gelo. Diz que é assim, o mundo real.
Hoje, as meninas foram ao Martim Moniz, ao Centro Comercial, ao Kebab. Seria o equivalente a uma expedição à mais profunda selva indiana, mas afinal, os canibais não nos comeram com caril, não morremos de desinteria , não nos esticaram o cabelo com restaurador Olex, nem acordámos com uma cicatriz recente numa banheira com gelo. Diz que é assim, o mundo real.
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
Sobre a hiperconectividade ( vou gastar esta palavra, porra )
A aventura do twitter e do hamburguer em directo. Quem não é geek, pode passar.
História completa aqui, descoberto via Dias Assim.
História completa aqui, descoberto via Dias Assim.
domingo, fevereiro 08, 2009
Depois de chegar
"Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida"
Sergio Godinho
De tempos a tempos, aqui volto.
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida"
Sergio Godinho
De tempos a tempos, aqui volto.
A corrupção toca a todos
Deixa-me sempre impressionado, um parente meu. Hoje, lembrei-me que é o Chato dos Contemporâneos, chapado. É uma personagem pesada, negra, ( não, não é um tio gordo cabo-verdiano ) que não deixa passar nada em claro. Vive num permanente estado de alerta vermelho. Para ele, ninguém trabalha, qualquer pessoa com uma licenciatura é um "doutor-da-mula-russa", todos vivem de tachos e todos são corruptos. Eu, por exemplo, que trabalho sentado numa mesa o dia todo, sou um palhaço que nunca trabalhou na vida.
Mas tive de dar-lhe razão. Há dias, mostrou-me como o país está mesmo entregue a uma massa de corruptos :
Jantando em família, levanta-se o tema.
Ele- Já viram, ganhou a prova de natação, mas anularam a prova! Depois meteram-no em 4º lugar.
Eu- Ao Manel? Quantos anos tem ele agora? 9?
Ele- Sim! é uma cambada, aquilo! O miúdo ganhou, mas como queriam que outro a ganhasse, lá mexeram os cordelinhos!
Eu- Até nos Jogos Olímpicos há provas anuladas, e partidas falsas...
Ele- É outra cambada. Têm lá os interesses deles, meteram o miúdo para trás. Não é justo!
Eu- Mas ele anda em competição, na natação? mais a sério?
Ele- Não. Mas podia andar.
A seguir desenvolve a fundo a ideia da cabala contra o Manel, inocente vítima do "lobby dos vencedores de provas de natação amadoras que um dia serão campeões olímpicos". A argumentação daqui para a frente prolonga-se ad infinitum, até que a outra-parte-que-não-ele esgote os argumentos lógicos, que são limitados, ao contrário dos argumentos ressabiados, que são infinitos.
Só queria que vissem além da corrupção. Por favor, pensem nas crianças...
Mas tive de dar-lhe razão. Há dias, mostrou-me como o país está mesmo entregue a uma massa de corruptos :
Jantando em família, levanta-se o tema.
Ele- Já viram, ganhou a prova de natação, mas anularam a prova! Depois meteram-no em 4º lugar.
Eu- Ao Manel? Quantos anos tem ele agora? 9?
Ele- Sim! é uma cambada, aquilo! O miúdo ganhou, mas como queriam que outro a ganhasse, lá mexeram os cordelinhos!
Eu- Até nos Jogos Olímpicos há provas anuladas, e partidas falsas...
Ele- É outra cambada. Têm lá os interesses deles, meteram o miúdo para trás. Não é justo!
Eu- Mas ele anda em competição, na natação? mais a sério?
Ele- Não. Mas podia andar.
A seguir desenvolve a fundo a ideia da cabala contra o Manel, inocente vítima do "lobby dos vencedores de provas de natação amadoras que um dia serão campeões olímpicos". A argumentação daqui para a frente prolonga-se ad infinitum, até que a outra-parte-que-não-ele esgote os argumentos lógicos, que são limitados, ao contrário dos argumentos ressabiados, que são infinitos.
Só queria que vissem além da corrupção. Por favor, pensem nas crianças...
sábado, fevereiro 07, 2009
Visitação
Os sonhos lynchianos tinham desaparecido, já pensava que de vez.
Até que hoje aparece-me um gato branco, a respirar e arrastar-se a custo, com as costas abertas a verem-se costelas e carne com larvas. O que vale é que isto não é considerado um pesadelo, no meu dicionário.
Até que hoje aparece-me um gato branco, a respirar e arrastar-se a custo, com as costas abertas a verem-se costelas e carne com larvas. O que vale é que isto não é considerado um pesadelo, no meu dicionário.
sexta-feira, fevereiro 06, 2009
Jornal da noite
Mudei agora para a TVI, meteram um ewok no lugar da Manuela Moura Guedes.
E o V.P.V. teve um A.V.C. e ninguém o avisou. K.O.
E o V.P.V. teve um A.V.C. e ninguém o avisou. K.O.
Restaurantes em lisboa, cada vez menos
Quando tento combinar um almoço com mais do que uma pessoa, já sei que a coisa vai demorar: Toda a gente tem a vida bem preenchida, a hora de almoço dá para ir ao banco, às compras, lavar o carro, cortar o cabelo, espancar a mulher.
Mas com o andar dos anos, a juntar à falta de tempo, junta-se o síndroma do consumidor ético. Para juntar mais do que 2 humanos, deixei de ir a restaurantes sem pratos vegetarianos. Deixei de ir a restaurantes em que se fume. Também passei a ir a restaurantes onde se pode fumar. Deixei de ir a restaurantes muito caros. Deixei de ir a restaurantes muito baratos. Deixei de ir a restaurantes que deixem a roupa a cheirar a fritos. Deixei de ir a restaurantes com empregados manhosos. Deixei de ir a restaurantes sem lugar para o carrinho de bebé. Deixei de ir a restaurantes chineses. Deixei de ir a tascos. Deixei de ir a restaurantes com muito barulho. Deixei de ir a restaurantes onde se tenha de esperar muito. Deixei de ir a restaurantes deste, do outro, ou do outro lado da cidade.
O que me vale, é que quando almoço sozinho, como numa tasca qualquer.
Os meus almoços são muito criteriosos. Se conhecerem algum sítio que cumpra metade destes critérios, força.
Mas com o andar dos anos, a juntar à falta de tempo, junta-se o síndroma do consumidor ético. Para juntar mais do que 2 humanos, deixei de ir a restaurantes sem pratos vegetarianos. Deixei de ir a restaurantes em que se fume. Também passei a ir a restaurantes onde se pode fumar. Deixei de ir a restaurantes muito caros. Deixei de ir a restaurantes muito baratos. Deixei de ir a restaurantes que deixem a roupa a cheirar a fritos. Deixei de ir a restaurantes com empregados manhosos. Deixei de ir a restaurantes sem lugar para o carrinho de bebé. Deixei de ir a restaurantes chineses. Deixei de ir a tascos. Deixei de ir a restaurantes com muito barulho. Deixei de ir a restaurantes onde se tenha de esperar muito. Deixei de ir a restaurantes deste, do outro, ou do outro lado da cidade.
O que me vale, é que quando almoço sozinho, como numa tasca qualquer.
Os meus almoços são muito criteriosos. Se conhecerem algum sítio que cumpra metade destes critérios, força.
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
quarta-feira, fevereiro 04, 2009
Hiperconectividade é:
Acordar e ligar o Touch, onde vejo as primeiras páginas de todos os jornais, depois de ter visto o gmail, dado uma volta pelo twitterrific e as piadas habituais do Markl e uma espreita ao facebook e ao Flickr, à procura de fotos novas. Ligo o fring e vejo quem está online. Saio de casa, e passado 40 minutos, o processo deve repetir-se, agora num ponto fixo.
Lembrei-me agora que não tenho mobilidade universal nos meus bookmarks do delicious. Bolas.
Lembrei-me agora que não tenho mobilidade universal nos meus bookmarks do delicious. Bolas.
domingo, fevereiro 01, 2009
Descendo a rua
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