Fomos ao encontro do monstro. Há meses que ele não encontra o grupinho do costume. Perguntávamo-nos se o monstro ia dar parte de fraco. É que os monstros não são muito bons com sentimentos e não se sabem exprimir, no meio de urros, grunhidos e socos. Só sabem falar gentilmente por meio de discos de 33 rotações, colunas de som e luzes às cores. Tentam a custo refrear os impulsos selvagens, a fim de mostrar alguma humanidade, mas a falta de habilidade é tal que preferem continuar a distribuir estalada e barbaridades ao público.
Perante o reencontro, uns diziam que não ia desmanchar, outros arriscavam que ia haver lágrimas.
Afinal, houve abraços, elogios e celebração. Por pouco tempo, o monstro amansou. No próximo encontro, já não vai ser assim. No máximo, vamos buscar peixe frito ao Tejo e ouvir uma caralhada das fortes.
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