Subi à praça do Camões para continuar mas vi as igrejas abertas. As 3, que antecedem a praça que dá entrada ao Bairro Alto. Duas frente-a-frente, uma mais abaixo, todas à hora da missa. Se uma estava cheia, as outras estavam à moscas. Numa dessas rezava-se o Pai Nosso, parecia-me, mas olhava para o altar e não via lá ninguém. E era a voz de uma mulher, mas não percebia nada, não parecia português. Só indo até ao altar-mor percebi.
Na primeira fila, duas velhas revezavam-se no microfone, uma fazia o Pai Nosso, outra os Avé Marias. Só que como esta espécie de karaoke katoliko não tinha ecran com a letra a passar sobre um fundo de mar ou um por do sol, as velhas já não sabiam o que estavam a ler e trocavam os tempos e a entoação:
"avéé mar-ia cheiaA de graçaaabendi-ta sois vózentreAs múlhe-res e beeen-di-to é o fruuotoo do vózzoven..."
soando a uma ladainha polaca continua ( somem ainda o efeito do eco ).
Claro que a igreja estava vazia, porra.
3 comentários:
Então mas agora qualquer um se chega ao púlpito, agarra no microfone e faz-se à vida?!
Modernices... ;)
Naaa! as velhas não partilham, ficam na primeira fila com ele.
Ahahahah! Avéééééééé, avéééééé, avééééé (parece-me sempre meméééé), Má-riiiii-a!
Enviar um comentário