Queixo-me muito dos meus clientes. É verdade. Tenho aquela merda daquela postura de artista incompreendido e vá-se lá saber, é porque sou mesmo. Não digo artista, mas digo incompreendido. Não digo incompreendido pelo que faço, mas digo pelo que dizem. O que me custa realmente não é não compreenderem o que fiz, é não haver um léxico comum entre clientes e designers. É um problema de vocabulário, não de estética.
Um trabalho pode ser só "giro" ou pode ser só "uma merda", ou poder não ser aquilo que queriam, ou poder ser um monte de outros adjectivos que não estão propriamente na lista dos mais correctos para descrever o que querem, mas isso nem é o que me queixo. Isso só fico apreensivo e penso no que poderia ter feito melhor. O que me fode é haver gente que acha que domina o léxico e diz que quer uma coisa mais "funk" ou "trash" ou "clean" quando na verdade "clean"quer só dizer "isto é uma palavra que ouvi e que não reflecte obrigatoriamente um conjunto de características reconhecidas por um grupo de profissionais nem é uma opinião objectiva". Por isso, fiquem-se pelo "giro" ou pelo "está uma merda", evitem usar termos reconhecidos. Dá-me para o paternalismo e começo a explicar teoria do design e é chato.
4 comentários:
Eu gostei muito do meu maço king size verde lima :D acho que é apelativo e a gata leopardesca com ar de Poison Ivy vai bem com o que gosto... com o meu mundo, digamos. tank you very nice ;)
minimalista é do pior
Ah aquilo era um maço? eu nem percebi bem o que era. Mais uma cliente satisfeita.
"minimalista" é tudo o que que faço. O pessoal gosta de clichês e eu gosto de os evitar...
então, o que é o "autocolante" no topo do cartaz? era para dar um ar vintage? :D foi ao que associei, mas podia ter que ver com... não sei...artigos de papelaria?
bom, não interessa. eu gostei do conjunto. acho que funciona. :)
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