terça-feira, fevereiro 04, 2014

O país do Lessaz Faire

Sabemos como é: chegamos a outra terra e não temos ninguém conhecido, ninguém a quem damos importância, nenhuma família num raio de 2000 km e começamos a portar-nos de maneira diferente. Agora imagine-se um continente inteiro feito de emigrantes. Aqui ninguém tem problemas em fazer figura de emigrante, tanto que é a figura habitual que fazem. Acho que é isso que é ser americano: ser um emigrante à vontade. Ninguém deve nada a ninguém, não há horas para nada, metem conversa sobre qualquer assunto com qualquer pessoa - um género de Bairro Alto nos anos 90, onde havia tertulias em cada mesa - que encontram na fila do supermercado ou na paragem do comboio, debatem todo o tipo de temas no autocarro e desmontaram o significado de despropositado. Pode-se fazer tudo até que a lei diga alguma coisa em contrário.


2 comentários:

António P. disse...

Caro Prezado,
Estou a gostar destas "crónicas americanas".
Quando andei por aí também fiquei com estas sensações que o meu caro amigo tão bem retrata.
Boa continuação de estadia.
Abraço

Prezado disse...

Obrigado, António. Vão ser mais uns meses de National Geographic Califórnia e depois logo se vê.

abraço