Sabemos como é: chegamos a outra terra e não temos ninguém conhecido, ninguém a quem damos importância, nenhuma família num raio de 2000 km e começamos a portar-nos de maneira diferente. Agora imagine-se um continente inteiro feito de emigrantes. Aqui ninguém tem problemas em fazer figura de emigrante, tanto que é a figura habitual que fazem. Acho que é isso que é ser americano: ser um emigrante à vontade. Ninguém deve nada a ninguém, não há horas para nada, metem conversa sobre qualquer assunto com qualquer pessoa - um género de Bairro Alto nos anos 90, onde havia tertulias em cada mesa - que encontram na fila do supermercado ou na paragem do comboio, debatem todo o tipo de temas no autocarro e desmontaram o significado de despropositado. Pode-se fazer tudo até que a lei diga alguma coisa em contrário.
2 comentários:
Caro Prezado,
Estou a gostar destas "crónicas americanas".
Quando andei por aí também fiquei com estas sensações que o meu caro amigo tão bem retrata.
Boa continuação de estadia.
Abraço
Obrigado, António. Vão ser mais uns meses de National Geographic Califórnia e depois logo se vê.
abraço
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