Nestes dias apanhei com várias notícias e artigos de opinião à volta de religião. A religião é um tema que acho fascinante, porque quando era miudo tinha tempo para pensar. As minhas opiniões sobre religião não mudaram muito desde que era miudo, só ficaram mais completas.
Também melhorei bastante neste aspecto: Católicos apostólicos, budistas, mormons, ortodoxos, protestantes, espiritas, evangélicos e afins já não são automaticamente catalogados de atrasados mentais. Percebi que a religião é feita para facilitar a vida de quem a aceita. E é como todas as outras coisas: nada tem a ver com nada .
Por exemplo, não é por alguém fumar erva diariamente durante anos que fica estupido: A estupidez esteve lá sempre. Só veio à tona. Com a religião passa-se o mesmo.
César das Neves, especificamente falando, encaixa no género troll que usa a religião para validar a sua visão do mundo. Vive num universo só dele onde sente a presença do Senhor em tudo o que faz, menos quando é uma besta. Lavar os dentes? Deus. Esquecer-se da password do email? Deus. Ter um aumento? Deus. Gatafunhar um novo muro das lamentações em nome dos pobres empresários, fariseus dos tempos modernos? Aí troca-se todo.
Há 2 semanas, falava das mulheres-de-hoje por comparação às castas mulheres do antigamente - essa coisa do tempo e da distância como factores de santificação ou demonização é sempre engraçada - e de como se andam a perder no "altar do deboche". É de saltar em cima de um destes altares imaginários que César das Neves julga estar mais perto do nazareno. A soberba.
3 comentários:
Há um ponto em que não concordo, tanto a religião como a erva estupidificam.
A religião, o acto de ter fé, per se, não é estúpido. Eu quero crer que o Prezado tem fé em variadíssimas coisas que se afastam da lógica.
Talvez este seja o principal problema dos religiosos e dos ateus: tentar racionalizar algo que está mais próximo da metafísica; não é necessário explicar a fé.
Por exemplo, esta manhã, emprestei uma caneta a um Senhor que pretendia remeter uma carta. Fi-lo com a fé de que a caneta seria-me devolvida. O Senhor esqueceu-se, e eu também.
Esse é o tipo de fé que tenho. Em Deus é que é mais complicado. Mas gosto da abstração.
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