Desce-se a Baixa sem saber quando se vai voltar a ela. O arraial do pessoal mais xunga possível estava cheio, por isso vai-se antes às caves com o cofre-forte atrás do balcão. É onde guardam a reserva especial e limitada de zurrapas que servem à mesa - eu também as trancava, mas deitava fora a chave - a camones desprevenidos.
Descobrem-se vizinhos e aldeias no topo dos prédios, à altura da vista. Há vizinhos. Exemplo de vizinho: O cão da vizinha de cima quis vir à festa de anos, soube das pataniscas à pála, dos vinhos e dos poufs e atirou-se pela varanda. Acho que caiu de maduro. Morto. Foi pena, até fazia companhia.
Fecha-se o episódio com um tango improvisado.
O fim do dia, esse, ninguém o sabe.
3 comentários:
alguém filme isso sff!
Imagino isto numa onda Kusturica...
``A testemunha´´...!
O tango improvisado torna-se consequente de uma sombra (Tarantina)!
Morreu a companhia da vizinha patanisca, é verdade, mas pouco tempo depois subiu-lhe um "vizinho" oriundo de um planeta mental duvidoso.
Tudo se vai transformando e retomando um novo ciclo...
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