Disclaimer

O autor deste blog não gosta de Sara Tavares. É meio anacrónico.

Tabliers que falam nunca vão passar de moda.

Fim de semana

Resumo telegráfico.
Discussões em sérvio. Videos manhosos. Clube ferroviário. Queques. Betos. Pitas. Gajos de pólo bege por dentro das calças, cinto de pele, relógio grande. Fuga. Picanço. Roterdão. O D'artgnan que não muda. Dançar. Encontrar pessoal. Jamaica. Passarem 2 socos a 10cm da orelha esquerda. Disorder. Góticos. Skins. Bimbos. Campeonato de Air Guitar. You give love a bad name, Bon Jovi. Plataformas de 10 cm. Dormir. Trabalhar. Grelha de ventilação do Chiado. Cuecas de algodão brancas num sábado à noite. Catacumbas. Blues ao vivo. Falar pelos cotovelos ( não eu ). Bica, em passagem. Lounge. Encontrar mais pessoal. Alugar uma casa. Left. Falar pelos cotovelos ( não eu ). Fechar o Left. Jamaica. Dançar. Playlist igual, como sempre. Fechar o Jamaica. Abrir o Copenhaga. Hotpants. Gajo vestido de branco. Não confiar. Pisar o mesmo gajo bêbado e pouco amistoso 2 vezes. Fotos. Sair já dia. Dor. Taxi. Taxista explicar que vida é complicada graças às mulheres, as relações dão trabalho, e ter uma mulher que já tem filhos de outro casamento é complicado, mas tudo se resolve. Dormir. Ressaca. Almoço com a família. Ressaca. Trabalhar. Dormir.

O que é que estão a fazer?

Sábado à noite, a ler blogs? vão apanhar ar.

Para ali para os lados de Santa Apolonia

É raro encontrar sítios que não goste mesmo, mas o Clube Ferroviário ontem ganhou o selo de desaprovação oficial do PPC. Nem me vou dar ao trabalho de bater no ceguinho.

A indignação é tal, que faço este post em sofrimento, a dever horas à cama.

Cinefilia gravis

Este Agosto, ficando em Lisboa, deu-me um caso de cinefilia grave. Além das tretas de filmes do costume, deu-me para ver daqueles que ganham óscares, palmas de Cannes e afins. Até dos que ganham Sundances, que são todos iguais, mas pronto. Mas o filme do mês é este:

Férias a acabar, por Lisboa?

O Prezado percorre Lisboa inteira a pé - menos os Olivais, Beato, Intendente, Xabregas, Chelas e Expo - e lembrou-se de partilhar umas dicas, em jeito de iniciação ao pedestrianismo e aproveitando estes últimos dias de Agosto. Aqui fica o Micro-Tour de hoje:

Vão de carro ou apanhem o metro até à estação Baixa-Chiado. Apontem em direcção à Praça Luis de Camões. Subam-na, para Oeste, e visitem o quiosque ao topo da praça, onde podem encontrar uma limonada para o caminho. Depois, comecem a descer a praça, em direcção ao Chiado, lá mais abaixo. Guardem a limonada para mais tarde. Ao chegar ao fundo da praça, à esquerda, próximo dos semáforos, está um banco de pedra. Chegados aqui, descansem, aproveitem a melhor vista de Lisboa, logo à frente, providenciada pela única grelha de ventilação do metro em Lisboa com vento e localização para capturar potenciais Marilyns em passeio. Uma tarde inesquecível.

Este é o primeiro de uma serie de Micro-Tours. Enjoy.

O individualista

O individualista vive da forma que entende e faz tudo da maneira que entende. Vive pelas suas próprias regras, pronto.

Agora comparem-me isto com o Lambert. Categoria.

O ponto mais baixo da minha vida

Acordei hoje a meio da noite com suores frios. Sentei-me na cama, cabeça entre as mãos, ofegante, a tentar esquecer o pesadelo ainda vivo e fresco na memória. O ponto mais baixo da minha vida, há anos atrás: Eu vi logo, quando pegou na pandeireta e distribuiu folhas com versos, não podia ser nada para melhorar a minha vida.
Depois, foi ter de ouvir pessoas que cantam tão bem como eu - minto, eu canto melhor - a seguir uns versos escritos por um superior hierárquico com parcos conhecimentos de métrica e pudor, sobre a linha melódica do Jingle Bells. Isto, prezados leitores, é como Auschwitz, recibos verdes ou José Castelo Branco: ninguém merece. Para quantificar a vergonha alheia que sofri, imaginem alguém a roburescer de moreno a moreno, passando por todo o espectro visivel de cores - e com picos de ultra-violeta - e no fim cheguei a ouvir apitos e ver triangulos às cores.
Tomei 2 guronsans, 3 xanax, dialoguei 10 minutos com uma meia enfiada na mão que insistia que eu devia tomar mais um xanax e fui deitar-me outra vez.

A pé, devagar, que a idade não perdoa.

Cliquem para versão Roland Emmerich

Fui até ao Miradouro do Monte Agudo, com a desculpa do Bibliotecário de Babel. Livros nem vê-los, mas a vista valeu a pena o passeio a pé, desde o QGPPC ( Quartel General do Perdido Pela Cidade) . Uma zona que conhecia bem, mas o miradouro, nunca tinha dado com ele.

Este gajo é bom

O Miguel Esteves Cardoso deve ser O gajo responsável por eu ter a mania de escrever. É que eu e ele temos bastante em comum, na escrita: Ambos usamos um teclado QWERTY, e as semelhanças acabam aqui.
Mas a maneira como ele olhou para os vícios de linguagem que o português ganhou é algo que tenho abordado em conversa, depois de ver entrevistados na TVI. Senhoras e senhores, MEC, no Público.

Mesmo quase a passarem 3 anos, há pouco vi um artigo interessante na net e lembrei-me de o enviar ao meu pai. Por momentos, esqueci-me.

Lambert bashing III

A candidatura a património mundial da Unesco já foi enviada.

Quem conhecer o Lambert e me conhecer a mim, vê logo que aquilo não casa. É como meter um cigano a viver na Suíça. Aqui a comparação é fraca, porque eu sou mais parecido com um cigano do que o Lambert é parecido com a Suiça. O Lambert é mais um género de conjunto playmobil acabado de estrear. Tudo novo, tudo com a mesma cara, o polícia ri-se, o ladrão ri-se, o bombeiro ri-se, o homem do lixo ri-se e por aí fora. Aqui é diferente.

Retro-space-age

Uma amiga minha disse uma vez "eu gosto de conhecer pessoas diferentes. No outro dia conheci um engenheiro e gostei muito.", ela não entendia bem o alcance de "pessoas diferentes". O género de pessoas que enche a entrada da garagem de recuerdos, até ficar uma espécie de sala de estar. No Lambert está tudo normalizado, pois. Como o pessoal que sai do emprego de carro e não erra no caminho para casa, meses de seguida.

Era uma vez um prédio tão estreito que

Aqui pensamos duas vezes quando dizemos que a casa de banho tem uns azulejos maus e que os deviamos pintar. Há quem os tenha reservado para a fachada. E se descermos mais um pouco, encontramos um prédio onde 4 azulejos chegavam para tapar a largura da fachada. Sim, é mesmo só aquilo. Aqui, em 10 minutos de rua tenho mais para contar do quem em 3 meses de Lambert. E como eu gosto de contar histórias.

Praia

Fui à praia aqui em Lisboa. Curto praia. Muito. A praia foi feita para mim. Mas, há uma especie de lei do mínimo denominador comum que impede as pessoas de chegar à praia e de a usufruírem com recato.

A praia pareceu-me um arraial em Cernache de Monjardim em cima de areia. Não é que queira o oposto, como acontece no Algarve, a merda da Lounge-ização da praia. Não preciso de espreguiçadeiras ao som do Buddha Bar de 2001, a dar ares de uma Ibiza que não temos, mas igualmente dispenso Quim Barreiros.
Concessionários: pensem neste nicho de mercado. Imaginem o pessoal que gosta de sair à noite e beber um copo, num barzinho despretensioso com uma musica agradável, chamemos-lhe indie, pronto, pessoal que curte andar vestido de preto e tal, pessoal que no fundo também pode curtir praia mas que não acha que é preciso vender a alma ao diabo para dar umas cacholadas na água. É que gostar de nadar à cão não faz de mim um labrego sequioso por musica de feira e bolas de berlim.

Maldita multinacional que vende móveis!

Passei a noite numa multinacional de mobiliário e artigos para o lar, que não quero publicitar. Estes senhores, munidos dos mesmos manuais por onde estudei, espalham objectos coloridos no meio de espaços brancos e vazios, colocam grupos de objectos iguais em destaque, pintam objectos baratos e acessórios com cores garridas e explicam que é tudo para simplificar a minha vida. E eu, compro estas merdas como se não conhecesse a canção do bandido.

Emboscadas, do SG

"Quatro vezes fiz o ninho num beiral do teu jardim."
Sergio Godinho

Boca de cena

À janela, apresenta-se:
A manhã, com o pessoal da casa de ferragens a mandar caralhadas a torto e a direito. Têm um Spitz branquinho e fofo, porém não notam a possível incongruência. Nas marquises da frente, estores fechados, continuam os aparelhos de ginástica, amontoados, - as bicicletas de ginástica em segunda mão devem vender-se por bons preços, ninguém as usa, acho - no mesmo sitio desde que aqui cheguei. No andar abaixo, descansa o pessoal do Skype, pessoal que passa a noite a falar de janela aberta, em conferência com a rua inteira. Os cabrões dos pombos reunem-se logo acima de mim, olham-me em modo parabólica quando espreito para lá para fora.

E estou a pensar, passo a fazer assim, às sextas-feiras passo a fazer post com direito a ilustração, e passa a ser o friday special da casa.

Já cá faltava

É o facebook do Perdido pela Cidade. Até ao fim do mês, o Like é gratuito. Aproveitem.

Os trevos dão boa sombra.

Hoje só me deu pra desenhar.

hoje não tou para escrever a esta hora, mas não tenho mais nada para fazer

Por isso, aconselho este post. É um tema interessante, actual e a teoria está lá.

Medidas de segurança

Há aí blog que tem tanto medo dos hackers e do spam e do raio, que o nível de segurança é o equivalente ao de um aeroporto americano. Captchas? quando a password de acesso ao site é o nome de família ou o do gato ou a data de nascimento ao contrario? é como não em deixarem entrar com um tubo de pasta de dentes, mas deixarem-me levar um portátil para dentro do avião. É que eu não consigo ler estas merdas à primeira, tenho um problema cognitivo qualquer.

Investigações ao pé do Técnico

Devem ter-lhe dito "Cara séria. Determinada. Segura." Toda a gente sabe como é que é este pessoal do coaching, consegue incutir níveis de auto-confiança incomuns em personalidades introvertidas. Olhemos o Nuno Gomes, fã de film noir, agente imobiliário.

Oferece os seus serviços numa multinacional, como profissional independente. Descobriu o seu talento especial depois da cabine de foto-tipo-passe ter falhado nos cálculos, apanhando-o a 3/4 e a 1/2 luz. Atende, de lenço no bocal:
Não diga nada. Vá até à cabine telefónica do Arco do Cego, atenda a chamada às 17:34. Deixe tocar 3 vezes. Vá à pastelaria que indicarem. Nessa pastelaria, peça um mil folhas ao sr. Lopes. O mil folhas terá um papel lá dentro com a morada do apartamento que tenho para alugar. Não me ligue, eu ligo-lhe depois para saber o que achou. Não tente encontrar-me. O nome é Gomes, Nuno Gomes.

Sobre blogs

Isso do acordo ortográfico é bonito, mas caguei.

Quando me perguntam sobre conteúdos online em português, faço sempre a mesma careta e digo que estamos com um atraso enorme, que não há uma cultura online de partilha, que fazer dinheiro de um blog ou site é bastante difícil em Portugal e em português, porque somos um país pequeno. Depois lembro-me da careta que faço quando vejo um comentário de um dos 190 milhões de brasileiros que às vezes passam a fronteira.

Bom dia

Estou a fazer tempo para ir ao super. Com este calor, acordo às 7 da matina, é garantido. Os gatos ajudam, diga-se. Hoje acordei com um Sergio-Godinho-kinda-feeling.

Inspirado nos vizinhos do corredor

Lambert bashing II

Acordo cedo, com a luz lânguida e gentil a entrar na fresta da janela, a escorrer pela parede branca, clareando aos poucos o quarto já de si branco-yoko-ono. Vejo os estuques antigos carcomidos pela tinta, ouço o trote rebolado dos gatos no corredor, enquanto perseguem uma bola de papel, sôfregos. Lá fora, os pombos no telhado arrulham. Brisas de ar fresco lambem-me os pés.
Se tivesse acordado no Lambert, diria apenas "foda-se, já são 11 da manhã. Caralho p'ra esta merda não se ouve nada que me acorde, nem um cabrão de um pombo".

Sobre gatos a meias

Quando uma casa tem gatos, as prioridades alteram-se. Entrem em casa já tarde e descubram o que pode ser mais urgente:

Pagar a renda à dona dos gatos
ou
Alimentar os gatos

Aliás, se eu desse o dinheiro directo aos gatos, estaria a poupar trabalho a todos. Mas eles são uns pulhas, fingem que não sabem ir às compras sozinhos.

Até escrevia alguma coisa profunda, agora

Se tivesse algo de profundo a dizer aqui no blog, daria a entender que certos momentos na vida seriam pontos de viragem, que a importância do que revelam é incontornável e irreversível, ou de que podem mudar mentalidades e posturas. 
O que seria muito pretencioso da minha parte. Não é por dá-cá-aquela-palha que passarei a escrever coisas dignas de Nobel.


Fico-me por aqui, mesmo.

E ao 3º dia, ele achou a escova de dentes. Corações ao alto.

Farto de caixotes e sacos.

As emissões seguem dentro de momentos.

Lambert bashing I

Já não preciso de andar 3 km a pé para encontrar coisas interessantes para fotografar. Não que vá revolucionar a arte contemporânea com fotos de aldrabas antigas, mas sempre é melhor do que o possível pelo Lambert: um catálogo da fábrica de chaves do areeiro.

Finalmente

Estou instalado. 

Do meio da tralha por arrumar, ja desenterrei o importante: transformador do telemóvel, o computador, disco, máquina fotográfica, as canetas, um bloco, um candeeiro. O resto, logo se vê.

Voltando a ter o domínio sobre as minhas faculdades, descobri que tenho 9326 restaurantes à minha volta, e recordei o Lambert e os 3 restaurantes da zona. Nos próximos dias, prometo vilipendiar o Lambert o máximo que consiga.