sexta-feira, dezembro 31, 2010

terça-feira, dezembro 28, 2010

Abatem-se gatos

Não custa nada, a sério.

Do Natal - versao 2

O Natal está mais leve. Longe dos tempos de missas à meia noite e caras pesarosas à mesa, os putos vão infernizando toda a gente, guincham, pulam, babam-se, os mais velhos jogam incessantemente no telemóvel ou no computador, os velhos resmungam sobre os tempos que correm e riem-se com vontade de coisas que se passaram há 50 anos. E estão nisto uma noite inteira. Só assim é que se aprende a fazer ginja à mesa de jantar, alternando licores. No dia seguinte, ainda o estômago a remoer coscurões, vá de voltar à mesma sorte, noutra casa. Mais uma dose. E depois, não sei como, chegar à cama e ter fome.
Claro que voltar ao Saldanha e ficar sozinho, depois de 3 dias de almoços e jantares com 15 pessoas à mesa, é um descanso. Abençoado.

E mais uma novidade: Missão Take Us to iPod Touch chegou ao fim. A seu tempo, o PPC vai fazer uma comunicação à altura do acontecimento. Prezado é um homem feliz, vai a pé do trabalho a casa, de phones nos ouvidos a degustar fado, assobiando deliciado o caminho todo e assim que chega a casa o filho da puta do gato - não tem outro nome - atira com o iPod ao chão passados 4 segundos de o pousar na mesa. Bom, não vou descrever o que fiz ao gato. E não vou descrever o que tive vontade de fazer ao gato. Já passou (apenas porque o iPod saiu imaculado da queda) .
Mas a menina do trombone vai ouvir a famosa intro "Temos de falar. Agora.".

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Do Natal - versao 1

Bom, o Natal já não é o que era. Na verdade tentei encará-lo com humor, mas não tem piada, é simplesmente trágico o Natal não ser o que era. É um Natal sem nata, um Natal sem jeito. Natal natal Natal Porra Natal farto Natal.
Uma trampa de Natal. Nem dá para rir. Não foi mau, atenção. Mas não foi Natal. O Natal é suposto ser um monte de coisas e não uma altura em que não consigo encontrar-me com os amigos que vejo porque quero ver porque estão todos num stress, à procura de prendas para pessoas com quem não estão. É um Natal desnaturado. Natal manhoso, cada vez mais. Felizmente empanturramos os miúdos com prendas e alguns deles ainda têm entusiasmo nisto tudo do Natal. Natal a chegar ao fim e eu com prendas por entregar ainda porque não dá para encontrar as pessoas que interessam. Natal sem pica nenhuma.
Um Natal de bazar.

Processo de rejeição felina avançado

É que se destruindo coisas que não são minhas eu já brindo o pequeno prédio onde vivo com berros a horas erradas, imaginem com coisas minhas. De que gosto. Rachá-los ao meio é o mínimo que me apetece fazer. Mas já passa...

domingo, dezembro 26, 2010

Deformação profissional

Prezado regressa do Natal na terrinha, com mais 3 kg. Posts gargantuescos estão na calha. Até lá, fiquem com uma breve explicação sobre o que é CMYK.

CMYK é um sistema para reprodução de cor. C é Cyan, M é Magenta, Y é Yellow e K é Black. Compondo estas cores, obtém-se a cor que podemos observar em material impresso, nomeadamente por sistemas planográficos, como o offset. Exemplo de cor:


"Essas filhós estão mesmo 0/30/100/0! "


E o colesterol está a 1000. Já volto.

sexta-feira, dezembro 24, 2010

fade out

Vou afastar-me lentamente, sabendo que o terror da ausência se vai instalar aos poucos, prolongando esta ansiedade que teima em alapar-se a mim. Sei que custa, mas não consigo largar de uma vez. Vou. Sim, vou de uma vez. Até amanhã ligação à internet.
Apre como custa.

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Já começaram as prendas

Longe vão os tempos da surpreendente sageza e agilidade dos gatos. Outrora discretos ocupantes das suas casas, pouco alarido faziam. Tomavam o seu espaço, pé ante pé, ludibriando espaço, frestas e gravidade sem denunciar a sua tão desejada presença. Por isso, no Natal, tinham por hábito esconder prendas no sapatinho dos mais pequenos. Os movimentos audazes e discretos dos gatos mantinham viva a lenda do velhinho de barbas brancas, pois nenhuma criança os via ajudando na árdua tarefa de plantar presentes nos sapatinhos sem ninguém ver.
Bons tempos.
Já hoje, topei-os. A sageza e habilidade desgastou-se. Muita comida de lata, dirão. Incautos e lerdos, fui dar com eles a preparar uma prenda para a menina do trombone, na cozinha. Não é que os 3 juntaram-se para lhe oferecer uma Vista Alegre?

Estes serviços modernos deixam-me meio estúpido, mas eles conhecem melhor a dona que eu. E com tanto esmero os vi a juntar as peças do serviço no chão que não quis incomodar. Tirei a foto às escondidas. Xiu. Que bela surpresa ela vai ter.

à chuva também

Trabalhar ao pé de casa é uma garantia que o caminho de volta a ela será mais longo e apreciado. Memória de outros tempos, chegar tão depressa a casa é quase um desperdício. Meto-me a inventar o caminho mais longo possível, feito em slalom gigante a subir avenidas, travessa esquerda, travessa direita.

O tempo da família

A minha família foi desfalcada. Há alguns anos.
Desde aí o Natal é sempre um manhoso substituto do Natal que me lembro.
A família vai sendo desfalcada aos poucos, muitos no fundo, e vai sendo cada vez mais estranha. Os miudos fazem mais barulho que os velhos, mas nem o barulho me distrai muito.
E assim a família vai sobrando.

Fruto de muito fado e alguma família a ler o blog - provavelmente, digo -não me estendo. Porque o potencial da família para histórias à PPC é algum, disseram-me hoje. Talvez no Carnaval. Agora não. A nostalgia está a tomar conta do estaminé.

terça-feira, dezembro 21, 2010

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Eu até queria ser bom menino

Eu até queria ser bom menino. Não é que do emprego enviei trabalho para casa para acabar ( trabalho extra, diga-se ) e quando chego a casa, vejo que me enganei no zip. Agora resta-me ir para a cama e descansar. Sabendo que me vão tentar dar nas orelhas por não ter sacrificado a minha vida por um trabalho extra, fora de horas. Ah, a vida é tão injusta tão injusta. Não vou ter nada no sapato este ano, por este andar.

Mas vocês podem compensar: Adiram à promoção Take us to iPod Touch. Não custa quase nada e ainda podem ganhar o melhor cabeçalho que poderão ter na vida. Afinal, é feito por um profissional vintage muito dedicado à profissão.
Cliquem no botão laranja.

domingo, dezembro 19, 2010

A antecipação do evidente

O Tolan falou disso e acertou. O pipoco também. Eu digo que ontem descia o Chiado e vejo 99% do pessoal de uma empresa, conhecidos de outros tempos, completamente tortos, efusivamente celebrando o encontro fortuito, pegando-me ao colo, tentando 4 vezes 4 fazer um high five mas nunca conseguindo acertar com a mão na minha, pegando um desconhecido ao colo depois de me largarem a mim, 10 minutos de riso a ocupar a rua toda e lá seguiram.
Lição numero um para jantares de natal de empresas? toda a gente deve estar bem etilizada, patrão incluído, como foi o caso. É a única forma de evitar team-building.

Ainda falta o meu jantar de Natal da empresa, mas isso conto com algo bastante sóbrio, sem espalhafato. Team-building sei que não há. O que já é óptimo.

E agora vou ali perder-me a outro lado.

sábado, dezembro 18, 2010

A mais longa odisseia

Metro às 11 da madrugada de Sábado. Direcção a Norte. Todos com o mesmo objectivo. Corrida. Passo largo. Corrida. Entrar no centro comercial à pinha. Corrida. Passo largo. Atropelo. Elevador. Escada rolante. Loja de livros do logótipo amarelo. Corredor. Corrida. Loja de brinquedos originais. Loja de brinquedos mais originais. Loja de desporto. Livraria indiferenciada.
Do topo, perscruto o horizonte.

Mapa. Corredor à direita, elevador, loja com versão carrinhos-de-choque de red hot chilli peppers. Barretes para pilas. Sim vendem-se barretes para pilas foda-se para a minha vida mas ca coisa tão estúpida senhor quem é que paga 10 euros - olha lá vão duas compradas pela mesma menina - por uns barretes ridículos para a gaita nao percebo isto ah e aquilo são velas em forma de mama uau como é que a humanidade chegou a 2010 sem isto deve ter sido difícil nem sei. Corredor. Hipermercado do engenheiro Belmiro. Compro almoço. Compram-se prendas não pá um lego com 7 peças não poderia ser vendido a esse preço e ninguém o devia comprar mas lá vão mais 3 e por favor deixem lá passar eu tou aqui por acaso e porque tenho fome porra. Metro. Casa. Paz. Gatos foda-se não há um segundo de paz nesta casa enforco o gato mais pequeno com o cinto das calças um dia destes cabrão tira as unhas das minhas pernas estou só a escrever um post comes daqui a bocado cabrão.
É Natal.

Adenda: já sei quem compra barretes pra pilas e velas em forma de mama: universitários.

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Mundo Perdido

Em 2010, a fotografia digital, contra a qual resisti algum tempo - a paixão pelo P/B e pelos negativos, o carregar a máquina, o peso da Pentax, as lentes de baioneta muito custaram a largar - andando com 2 máquinas ao mesmo tempo quando ia fotografar e muitas vezes a fotografar temas em duplicado, com as duas, feito teimoso, finalmente conseguiu trazer-me uma sensação igual à fotografia analógica:
A menina do trombone pediu-me uma máquina emprestada. Fui desenterrar a minha segunda digital.
- Vê se não tem fotos de gajas nuas. - disse ela, esperando vaga pista sobre o que estaria lá dentro.
- Não deve ter muitas, não uso essa máquina há anos. - O tanas que lhe digo o que lá está.
- Vê lá.
Prezado descarrega a máquina e descobre que realmente tem fotos. Não tinha de gajas nuas, maldição! Mas tinha muitas fotos.
E ao fim de muitos anos digitais, tive aquela sensação de rolo-esquecido-na-máquina, de tesouro perdido, fotografias espectacularmente anacrónicas e felizes de dias de festa esquecidos há muito.
E assim sendo, estarei nostálgico o resto da noite.

Só depois dos 30 aprecio I

O Neon Bible dos Arcade Fire, hipermercados com corredores largos e lápis mina 2B.

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Ao natal futuro ( próximo )

A Lívia tem uma nobre causa. Chamou-a Take us to Mais Livros Pá . Não sei porquê, empatizei logo com o nome. Quer 13 livros. porque? porque eu quero um iPod e porque a Maria quer ir para Bruges.
Como eu sou totó, meto aqui o link para o blog dela e apelo a todos para a ajudarem: carreguem no botão cor-de-laranja - recta final para o Natal - e ajudem com tudo o que puderem, o iPod está longe de pago e eu quero vê-lo no sapatinho deste ano. Seguidamente vão ao estaminé dela e ajudem. É só um livro. Ajudem. É o mínimo que posso fazer. Ajudem. Afinal, partilhamos profissão e eu posso dizer-vos que, legalmente, é a coisa mais próxima de prostituição. Vida dura. Ajudem.

Cadáver por descrever

Eu até queria contar qualquer coisa do fim de semana, mas não me lembro dos pormenores porque não tinha a máquina fotográfica. Às vezes calha sair de casa todo contente de máquina fotográfica, e ao primeiro tema de interesse na rua, descubro que está sem bateria.
Insulto a minha reduzida memória e sigo, a remoer a minha estupidez momentânea que me vai custar tanta foto genial. Tanto prémio Magnum perdido, Deus.
Deixei assim de poder recordar o que se passou neste fim-de-semana inteiro, estando agora dependente das informações que me possam dar sobre onde andei. Espero que possam partilhar comigo todas as informações que possam ter. Tentarei juntá-las todas e fazer disso o post de fim de semana, em jeito de cadáver esquisito.

sábado, dezembro 11, 2010

A Cidade da Luz


Depois de passear pelo Chiado, pela Baixa e voltar a pé para casa a ver as decorações de Natal, devo dizer que se queremos ter os olhos a brilhar de fascínio, não podemos contar com a CML para isso. Felizmente há quem leve a iluminação de Natal a sério. Levem os míudos à Alameda e deixem-nos deslumbrar-se.

Já voltei. Isto hoje foi particularmente rápido.

Quem estiver a ler o tasco acuse-se, por favor.

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Wiki Leaks

Vou ali e já venho. Amanhã também é dia.

Até lá, lembrem-se que cada dia deve ser vivido como o ultimo, que devemos ser frontais assertivos honestos e afoitos, que não deve ficar nada por dizer sob pena de se arrependerem mais tarde, que no meio está a virtude, que a felicidade está ao virar da esquina, que não há formulas mágicas, que o importante é o percurso e não a meta e que por vezes dão a volta ao mundo à procura da flor mais bela e ela afinal esteve sempre no vosso jardim.

Porra, sem querer dei-vos o sentido da vida em todas as versões vendidas na secção "espiritualidades" da livraria do logo amarelo. Olha, que se foda. Processem-me, agora que revelei a Verdade, já não me ralo. Aproveitem antes que mandem o blog abaixo ao abrigo de uma legislação bilderberguesca qualquer.

Deitado-morto

Um dia ganho o hábito de me deitar a horas decentes. Mas é que nunca, mas nunca na vida, gostei de dormir. O apelo da cama, para lá do óbvio, é apenas o da ronha. Usar uma cama para dormir e dizer que é bom dormir é tão bom, é tão obviamente errado como dizer que uma operação ao coração a céu aberto é bom é tão bom. Estamos a dormir. Não o sabemos. Não notamos. Estarmos inconscientes com uma almofada debaixo da cabeça ou com um bisturi espetado num orgão vital, é igual. Nunca saberemos. Estamos a dormir.
Já a ronha, reservada aos que sabem apreciar um colchão, é o prazer supremo, é como ter um ferrari testa grossa em ponto morto no mais liso dos alcatrões e nada fazer. Saber que o verdadeiro gozo é ficar enterrado nos estofos de pele a olhar para o tecto.
Dormir? Não me lixem.

iPod Touch, essa maravilha da tecnologia - porque é que não há um tipo na Apple que veja isto e aproveite a minha obsessão para criar uma camapanha inteligente, promovendo-me como personagem kafkiana, perdida no autocarro a desenhar compulsivamente, na casa-de-banho porta fechada a desenhar , no elevador a desenhar, no bar a desenhar? eu sei que isto não é bem o género de campanha da marca, mas daria uma boa publireportagem, um feature no fim de um telejornal ou num digest de tecnologia, bem light. Mostravam o Prezado sempre a desenhar, vendiam-me como maluquinho e eu contente, com um iPod Touch dos novos. Botão cor-de-laranja.

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Gato novo

Arranjei um gato para mim. A menina do trombone que fique com os dela.
Raça chinesa. Branco. Vantagens claras, muitas. Menos pêlo. Tão fácil de treinar e tão ou mais obediente que os outros gatos - obedece a dois comandos fulcrais, "parado" e "quieto" - casmurros e lerdos. Aquece-me a cama. Não mia. Não arranha. Aquece-me a toalha de banho de manhã, sem largar pêlo. Come pouco. Não ataca o frigorífico. Chamei-lhe Orfeu.

quarta-feira, dezembro 08, 2010

A margem sul

Esse oásis distante, a margem sul. Se eu fumasse, estaria a dizer isto sentado à beira rio, no Cais do Sodré, calmamente, o fumo levado pelo vento, sem esforço. Perscrutava o horizonte, o olhar sereno registava o casario distante, as gaivotas, os cacilheiros no seu lufa-lufa eterno, a bruma a dissolver tudo isto numa mescla de rio e de cidade.
E é assim que vejo a margem sul. À distância. Só com distância surgem laivos poéticos.
A bruma denuncia a distância, aliás.
- "Bruma? foda-se, aquilo deve ser já longe, não?"
Eu já vivi longe de Lisboa. Bem longe. A distância era (como no caso da margem sul ) psicológica, mas também era física e bem física. E dizia eu a toda gente:
- Longe? não, apanho o autocarro e estou cá em 15 minutos.
- 15 minutos? ó pá. São 90km tás parvo?
- Juro. Podes perguntar por aí.
Estão a ver o padrão. Porque por mais que me digam "ah, é só apanhar o barco.", atravessar o Tejo é dobrar o Cabo das Tormentas. Não há quem dobre cabos por dá cá aquela palha. Sem dose extra de coragem e sede de desafios. Muita fibra. cascos dela.
E este rio que separa as cidades faz a diferença. Construiram pontes, obrigam-nos a pagar a entrada na Cidade a euros, mas o regresso no cacilheiro a óbolos - apesar do barqueiro ir de trimaran.
A margem sul é diferente. É isso que define a margem sul. E se eu fumasse, acabava o cigarro agora.

adenda: o Prezado é um cidadão do mundo. Mas vive em Lisboa, de momento. Mas vê-se em qualquer lado. Paris, Chelas.

terça-feira, dezembro 07, 2010

Wishlist

Só quero é saúde e paz no mundo.

edit> Agora que cheguei ao trabalho, posso acabar o post com tempo.

Quero o iPod Touch, óbvio.
Quero um iPad, só pelo gozo de ter um touch gigante.
Quero um telemóvel novo, que o antigo é uma miséria.
Quero um relógio decente. Tipo Lip.
Quero posters. daqui.
Quero uns óculos novos.
Quero uma Herman Miller mas não tenho onde a por.
Quero uma máquina digital nova.

edit>
agora que voltei a casa, posso acabar o post.

Quero uns Toys. Daqui.
Quero um relógio de parede.
Quero um pogo stick.



segunda-feira, dezembro 06, 2010

Stevie, explica-me.



Quando estou prestes a fundar a Igreja do Stevie dos Grandes Dias, tenho uma crise de fé. Das graves.
Estava eu hoje a trabalhar e ouvia o Stevie. Ouvia uma música das mais singelas, o My Cherie Amour. Nela, Stevie Wonder conta genialmente como sonha com uma miúda que encontra no café. Reza mais ou menos isto:
"Num café ou numa rua cheia de gente, estive perto de ti e não reparaste em mim. Ó pequenina linda, diz-me como podes ignorar que por detrás do meu sorriso, desejo que sejas minha."
Vamos lá ver. Por partes.
Começo pela parte que pode passar mais despercebida: O Stevie Wonder é bastante cego. Muito mesmo. No entanto, ele anda atrás de uma miúda bonita, linda diz ele. Factos 1 e 2.
Depois, Stevie diz que ela não repara nele. Não acreditando que ele parte do principio que ela é cega, coincidência macabra, fico a pensar que é um pouco arrogante de um tipo bastante cego - e preto, mas isso é outra conversa - queixar-se que uma miúda gira não olha para ele. Facto 3.
Finalmente, lembro-me da primeira mulher do Stevie. É linda. Facto 4.

Conclusão: O Stevie é um sabido. Nunca viu a mulher mais gorda, mas ela é gira. Ora o Stevie é como todos os outros, provas cegas, só de vinhos. Não escolheu ele, pediu a ajuda do público ou a de casa e assim acertou. Assim também eu. Alguém aqui arrisca escolher uma mulher pelo cheiro? eu não.

E pergunto: Um tipo bastante cego precisa de uma mulher bonita? bah.

Isto é um ovo

Este fim de semana, descubro que o mundo é muito pequeno, graças a duas manias dos humanos: fazer amizades e ter filhos. Assim, pessoas que não deveriam ter qualquer ligação descobrem que têm amigos em comum, primos em comum, namoradas conhecidas, irmãos amigos de conhecidos de amigos de amigas em comum e assim. Basicamente: toda a gente se conhece em Lisboa.

Excesso

Depois de um amigo de infância desaparecido redescobrir que as capacidades sociais do Prezado estão em forma, vá de abusar. Agora vejo-me num despique semanal, género troca de cromos, em que cada um mostra - lá está a típica cena de gajos, o desafio a-minha-pila-é-maior - o bar mais bizarro que se lembra. A parada está alta e acho que mais uma saída e perco o concurso. Sou um menino. Esta sexta foi por pouco e tive de abdicar do Sábado para sobreviver.
E como sempre, a culpa foi do croquete.

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Da semana

O trabalho em certas alturas assemelha-se ao mecenato e é nessa altura que tenho a certeza que estou na área certa. Mas também com a certeza que isto ou uma fábrica de enlatados, pouco difere. Bom fim de semana.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Pois que...

Saio de casa na bisga, passo as obras que não acabam, a romena que pede à frente do mini-mercado, passo aos prédios antigos, apanho sol no Saldanha, desço às profundezas do metro.
Meto-me a pensar no post que vou fazer daí a bocado. Bolas, que teoria vai o Prezado encontrar? Em quê? num saco de plástico bucólico levado pelo vento ou na velhinha que fica entalada no Marquês, numa treta dita por um bate-chapas de Valadares que teve de vir para Lisboa para pagar a escola especial à filha que é surda depois de um acidente numa fábrica de pirotecnia em Oliveira de Azeméis, ou um palhaço de fato e gravata que pisou cocó de cão bonito karma dirão, ou outra coisa menos chata. Penso penso tanto tempo nisso, uma dará bom tema. Afinal, se eu não contar a história, o vizinho conta. Ou o taxista. Ou o gajo da bomba de gasolina. Mais vale ser eu, que já vi mundo.
Saio, subo as escadas a correr. A porta entala-me pela 4ª vez de seguida. Vejo o marquês enquanto olho para trás. Passo o franjinhas, mais um dia de trabalho.

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Ronha

Depois de escavar um buraco na tralha em cima da mesa, encontrei o teclado. E pronto, já estou cansado.
Descanso.

Nisto da vida

Percebam que a questão de andar a pé, mais do que dar para com este tempo manter a parka forma e ajudar a digestão, é fulcral para ser Prezado.
Andar pela rua não é só não ter carro nem carta.
Andar pela rua é achar por não procurar.
Andar pela rua é ter a vida dos outros.

Hoje vou ficar em casa. Acho.

Ficam estas de outros dias. O iPod continua a ter contos de Napalm. A contabilidade do PPC está optimista. Mas, ainda não chega. Força no botão laranja. Vocês sabem que eu preciso.