Golpe baixo: saber nomes de ruas conhecidas por alguma particularidade que um taxista consiga reter como de interesse como o número de buracos, a quantidade de semáforos verdes, a presença de polícia chulos putas velhas arrumadores agarrados arrumadores ciganos monhés e afins, sentidos proibidos faixas bus guinadas invulgares etc, e usar isso numa frase.
- Não é preciso ir pela Almirante Reis até ao fim, vire aqui e apanhe aquela que vai dar à Rua de Timor, aquela zona que é uma confusão com os autocarros aquilo é só buracos - É esperar a reacção -
- ah sei esses filhos da puta do governo é que têm a culpa sabe
*Taxismo: Arte de capturar histórias caracteres ou segredos de taxistas dado um espaço extenso num tempo exíguo.
quarta-feira, agosto 31, 2011
domingo, agosto 28, 2011
Castigo
O universo embrulha-se sobre si mesmo, parte-se em dois desafia a sua cardinalidade e arranja estes dias de sol quando eu tenho trabalho sério para fazer. São provações eu sei deus desdobra-se em infinitas escolhas mas eu já vi demais para assinar de cruz um boletim de totoloto.
sábado, agosto 27, 2011
Cenário
Sol glorioso entra pela janela ricochete no gira-discos e nos cadernos de esboços espalha-se pelo gato pelo chão, no estirador ouve-se Stevie we lay beneath the stars desenha-se a mina HB2 nas folhas de A4. Não era preciso mais nada.
quinta-feira, agosto 25, 2011
terça-feira, agosto 23, 2011
Complicado
Complicado é partilhar uma cozinha do tamanho de 4 mosaicos com 2 pessoas e 3 gatos sendo que quando me desvio das pessoas acerto num gato quando vou buscar um garfo acerto num gato quando acerto num gato acerto num gato e quando piso um gato também é provável pisar um gato (ou dois) e quando me vou sento à mesa a comer é provável que um gato já tenha comido antes do prato caso tenha tido de desviar-me de uma pessoa.
segunda-feira, agosto 22, 2011
Maldito apanhei-te
Cheguei a casa cansado e sem paciência para fazer mais nada. Quando entrei na sala não dei por nada. No quarto, a cama é bem melhor que o sofá mas não há televisão é que as televisões nos quartos dão cabo da relação por isso, esteja ou não numa relação nunca mais tive televisões no quarto memória futura mantenho não repito asneiras passadas, fui para o sofá da sala.
Gosto da televisão porque tudo nela é aleatório, não tenho sequer de pensar o que vou ver, se aparecer um filme mau vejo-o se aparecer um filme mau não o vejo importante é ir vendo o que dá no outro canal. Fui-me alapando às almofadas e não dei por nada nas primeiras horas, depois uma pontada. E outra. E levantei-me dei a volta às almofadas para ter o lado fresco pra cima a ver se melhorava e apre outra pontada. A noite corria e o filme que já tinha visto 3 vezes antes comecei a vê-lo por entre pálpebras é um descanso não mais acordei do filme que via. Televendas acordam-me garantindo que tivesse eu enviado um cheque de 199 euros mais portes de envio 3 horas antes de dormir estaria a acordar com um sixpack californiano bronze incluído sem esforço. Mas não, acordei com o torcicolo. Devo-o ter deixado no meio das almofadas mal sacudidas e só a dormir é que o apanhei.
Gosto da televisão porque tudo nela é aleatório, não tenho sequer de pensar o que vou ver, se aparecer um filme mau vejo-o se aparecer um filme mau não o vejo importante é ir vendo o que dá no outro canal. Fui-me alapando às almofadas e não dei por nada nas primeiras horas, depois uma pontada. E outra. E levantei-me dei a volta às almofadas para ter o lado fresco pra cima a ver se melhorava e apre outra pontada. A noite corria e o filme que já tinha visto 3 vezes antes comecei a vê-lo por entre pálpebras é um descanso não mais acordei do filme que via. Televendas acordam-me garantindo que tivesse eu enviado um cheque de 199 euros mais portes de envio 3 horas antes de dormir estaria a acordar com um sixpack californiano bronze incluído sem esforço. Mas não, acordei com o torcicolo. Devo-o ter deixado no meio das almofadas mal sacudidas e só a dormir é que o apanhei.
domingo, agosto 21, 2011
Fado I
Fado da tristeza
José Mário Branco
Não cantes alegrias a fingir
Se alguma dor existir
A roer dentro da toca
Deixa a tristeza sair
Pois só se aprende a sorrir
Com a verdade na boca
Quem canta uma alegria que não tem
Não conta nada a ninguém
Fala verdade a mentir
Cada alegria que inventas
Mata a verdade que tentas
Porque é tentar a fingir
Não cantes alegrias de encomenda
Que a vida não se remenda
Com morte que não morreu
Canta da cabeça aos pés
Canta com aquilo que és
Só podes dar o que é teu.
sábado, agosto 20, 2011
Bracara Augusta, mística resumo e conclusões
Uma igreja espia os transeuntes. |
Destaco como obra prima da arquitectura civil corrente estética não-secular do seculo XX o reservatório de água benta no topo de uma das 7 colinas da cidade - A Braga atribuem-se 7 colinas por imposição de deus apesar de não as ter - fornecendo beaticidade corrente a todos os habitantes. Atenção, evitar lavar as alfaces com esta água.
Reservatório de água benta Dona Maria Pia |
Cónego Dildo Báculo |
20 cêntimos de manteiga: 3 dedos de altura. |
Sobre a gastronomia destacam-se:
Os finos, espécie de copo alto estreito com cerveja fresca servido em esplanadas tradicionalmente após o Angelus.
A manteiga. A particularidade e é nisto que deus se manifesta nos detalhes da manteiga, que por imposição da Sé depois de um surto de ranço que dizimou passou a taxar-se o seu uso prevenindo a sua presença entre fatias de pão livrai-nos do mal.
quinta-feira, agosto 18, 2011
Bracara Disneylandica
Mais igrejas que bares, ainda assim fui visitar a Disneyland dos católicos, o Bom Jesus. Depois de passarmos o promessodromo uma escadaria brutal cheia de gravilha miúda mesmo bom para ir de joelhos até lá acima, há um feature principal, com muitos santos cada um tem um slot moeda no slot dá direito a uma vela acesa, tem um altar principal muito dourado e oferecem remissões depois se 3 voltas. Depois há esplanadas, descansa-se um pouco e pode seguir-se para os outros carroceis. O descimento da cruz gostei, a ressurreição achei meio monótono mas andei em todos uns fechados para manutenção mas paciência. Trouxe um genuflexório de recordação. Dica: levem tudo benzido de casa que lá em cima é tudo muito caro.
Bracara Augusta II
Terra onde se perdeu pouco tempo a fazer outra coisa que não igrejas pastelarias e ourivesarias sendo que as igrejas há-as em número superior a 3 por ourivesaria e estas são contadas uma por habitante. Ruas há que são pavimentadas de terços usados e as sotainas por messa feita são usadas como guarda sol nas esplanadas.
quarta-feira, agosto 17, 2011
Bracara Augusta
Pois é, agora mais a norte. Pergunto, onde é que se está bem nesta terra à noite? Ajudem o prezado.
Dias longos
Há uns 2 ou 3 anos tinha posts com títulos cripticamente simples pensava eu que eram puzzles complexos finas ironias e coiso. Eram resumos de dias como estes dois que passaram. O gato que se atirou do 3º andar - lá gastou mais uma vida acho que a 2ª - , as despedidas de quem vai para longe que ainda estão a meio e as saudades que já custam, as conversas de café que se prolongam, os encontros, a porra dos pagamentos em atraso, os nós no estômago, os clientes melga, os poucos preparativos para a nova partida.
segunda-feira, agosto 15, 2011
Algarve místico
No mais longínquo - bolas tive saudades do teclado, uma semana a enterrar os dedos na areia não é o mesmo - dos Algarves fui procurar sentido à existência e tenho algumas revelações importantes:
Isto é uma foto tirada de uma gruta. Entrei nela à laia de caminho iniciático não sem algum medo pelo que poderia revelar-se, o cheiro a mijo foi uma constante passo a passo, lá ao fundo revelou-se: a dualidade de opções, 2 janelas como caminhos alternativos, a incerteza do devir. À incerteza seguiu-se a certeza vinda da falésia percebi, avançando por qualquer uma delas janelas revelar-se-iam os conteúdos do crânio do iniciado/finado.
Segui caminho, entrando numa das muitas casas de deus procurando ainda o mesmo sentido teimoso eu. Foi-me dado a experimentar o sagrado e o profano num mesmo sítio, em Aljezur.
A foto novamente é testemunha da catarse imagética que recebi quando frente a este altar num lampejo vi fogos pelejas contendas sinónimos de combate na velha Albion. Chocado não queria acreditar pensei que fosse um erro tipo box mal sintonizada mas agora que volto a casa e tenho acesso a notícias em português, vejo ser verdade.
Finalmente a luz. Depois de atribulado e tortuoso caminho, descendo escadas forradas de silvas, ao cair do dia - ironia maior - debaixo das árvores de uma fenda numa fertil várzea surge a cascata iniciática - não vou dar o nome, é muito giro escrever parvoíces, meter lá o nome do sítio e depois querer nadar a vontade e tar aquilo cheio de bloggers, todos corcundas feios e mal fodidos a ocupar o espaço todo - onde o iniciado tem de percorrer 3 caminhos 3:
O caminho cheio de lixo, o caminho cheio de lama e o caminho cheio de pedras. Ultrapassados os 3 testes pode então banhar-se no conhecimento ou só ver ninfas a banharem-se no conhecimento. Também é bom.
( caso a gruta tenha dono retiro a foto ) |
Segui caminho, entrando numa das muitas casas de deus procurando ainda o mesmo sentido teimoso eu. Foi-me dado a experimentar o sagrado e o profano num mesmo sítio, em Aljezur.
Agora disponível em 16:9 |
Não é o prezado autor na foto, não. Aquilo é um labrego algarvio. |
O caminho cheio de lixo, o caminho cheio de lama e o caminho cheio de pedras. Ultrapassados os 3 testes pode então banhar-se no conhecimento ou só ver ninfas a banharem-se no conhecimento. Também é bom.
A ausência
Volto das férias e tenho mais uns quantos leitores. Com certeza que gostam muito do que deixei por escrever.
sábado, agosto 13, 2011
sábado, agosto 06, 2011
Opt out
Mas vais para onde? - disse ela, rastejando lentamente. |
A emissão segue, hiperconectividade o dita.
sexta-feira, agosto 05, 2011
Terminal de autocarros
Aproxima-se aquela altura em que, levado por uma camioneta, me fugirá o chão debaixo dos pés. Arrasada a placidez dos dias, paro de pensar em metáforas foleiras e chego ao destino.
quinta-feira, agosto 04, 2011
Optopções, um termo inventado.
Desce-se a rua rente à minha rente à Almirante Reis, os prédios roídos uns atrás dos outros seguem-se seguem-me, anoto os números dos prédios melhores aqueles onde um dia viveria, sigo passo largo aí abaixo, paço largo ultrapasso, prédios muitos. Tomo a rua do restaurante com taxis à porta, as portas fechadas mas as luzes fora de horas mostram que é ali que se troca o turno, come-se a bifana, bebe-se a mini segue-se logo depois. Ao lado é o albergue angolano. Um casal deles - podem ser só pretos pois - debate à porta. Ela sobe ou não sobe não subindo Soba ele não é. Passo ao paço antigo, à igreja moderna, subo a rua de luzes acesas fora de horas, depois da noite nos Anjos. O gato roi-me os pés enquanto ronrona e eu vou-em deitar.
terça-feira, agosto 02, 2011
Economia explicada às crianças
Agora que o novo tecto da dívida dos States foi aprovado, lá percebi a comparação e a frase "nós não somos Portugal ou a Grécia": Pois não. É mais isto:
Nós andamos sem dinheiro para pagar as prestações do Punto amarelo, os E.U.A. andam sem dinheiro para pagar as prestações do Bentley blindado. Não é a mesma coisa porque as nossas moscas são mais - apesar de tudo - democratas.
Por cá, pessoal do governo que percebe de economia sem ser por metáforas com automóveis como eu, faz o seguinte negócio: Para ganhar uns cobres que isto tá mal, vê-se livre de um Audi de 2008 por 40 milhões de euros mas incauto não se lembra que no porta-bagagens vão 2,4 mil milhões de euros.
Passos Coelho, o dono do stand, anda calado. Depois desta, aguardo ansiosamente a venda do restante parque automóvel do estado. Quero ver o lucro destas promoções especiais que se aproximam.
Nós andamos sem dinheiro para pagar as prestações do Punto amarelo, os E.U.A. andam sem dinheiro para pagar as prestações do Bentley blindado. Não é a mesma coisa porque as nossas moscas são mais - apesar de tudo - democratas.
Por cá, pessoal do governo que percebe de economia sem ser por metáforas com automóveis como eu, faz o seguinte negócio: Para ganhar uns cobres que isto tá mal, vê-se livre de um Audi de 2008 por 40 milhões de euros mas incauto não se lembra que no porta-bagagens vão 2,4 mil milhões de euros.
Passos Coelho, o dono do stand, anda calado. Depois desta, aguardo ansiosamente a venda do restante parque automóvel do estado. Quero ver o lucro destas promoções especiais que se aproximam.
Fiat lux
Cosmogonia Prezadiana, como imaginada por Proteu ( versão torcicolar direita ) |
segunda-feira, agosto 01, 2011
Café à bolina
As teorias avançadas tiradas sem carta de marear foram aplicadas em chapéus de sol e a sua capacidade ou não de dobrar com o vento. Isto foi em Belém. Por explicar fica porque há gente a frequentar o Vela Latina esplanada à beira rio mas virada para um relvado e para Pedrouços, 180 graus e viam o Tejo, outros 180graus 360 9oves fora voltavam ao mesmo.
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