Idealista eu, hoje quando olhava distraído para um pombo só com uma pata a patinhar em cima de uma caixa de estore toda cagada comecei a pensar sobre a vida, as amputações a que os pombos estão sujeitos e à condição de que tendo só uma perna, têm de fazer da vida um jogo do pé-coxinho ( ficam assim remetidos a uma condição sub-pombal, como que pardais que só saltitam em merda ).
Lembrei-me então das minhas ideias sobre trabalho e lógica, sempre associei os dois, a eficácia dos processos é um tema que me preocupa porque sou extremamente preguiçoso, as tarefas são muito pensadas para serem resolvidas à primeira. Hoje percebi que aquela imagem dos 3 - 2 só a ver - tipos que andam a calcetar a rua e depois de acabar aparecem os gajos da água e os gajos da eletricidade e removem a calçada e fica o buraco 15 dias e depois lá voltam os calceteiros e finalmente acabam o trabalho pela segunda vez, não só é uma alegoria, um cliché ou uma metáfora, é principalmente a realidade.
E os processos de trabalho que não são assim serão a excepção. Pena só ter reparado nisso em 2012.
6 comentários:
Não tão a despropósito mas quase, na Noruega, sempre que há uma intervençao desse tipo num passeio ou numa rua, sao convocados todos os interessados: a luz, o gás, o telefone, etc. Quem quiser aproveitar o buraco que fale agora ou se cale nos próximos 5 anos.
Jiboia, isso estraga-me a teoria, mas tudo bem. Tinha de haver uma excepção.
Acho a metáfora excelente. Em termos profissionais, farto-me de escavar buracos que acabei de tapar. Devia haver uma cadeira da faculdade que ensinasse esta arte.
posso dar-te umas dicas. Estive um ano a fazer este tipo de tarefa em contínuo. Só não consigo é garantir felicidade no trabalho. Mas quando chegas a casa és feliz.
Eu sou logo feliz no comboio!
Sei de que falas...
Eu depois de descer o elevador e meter os headphones e o Stevie...
Enviar um comentário