terça-feira, setembro 17, 2013

O meio é a mensagem

A teoria é velha, mas não é muito falada. Diz o senhor que o meio ( de comunicação ), seja rádio, televisão, jornais revistas e afins, e todos os formatos que possam ser divulgados nesses meios, influenciam a mensagem que veiculam. Isto é: vender batatas na rádio é uma coisa, vender batatas na televisão é outra coisa, e o peso ( ou ausência dele ) do meio condiciona o receptor. Neste momento, 2013, televisão por cabo youtube blurays netflix jornais e revistas, calha haver designers a trabalhar em todos estes meios. E qual é a coisa que todos os designers notam?
Não é de agora, mas ninguém perde tempo a ver as batatas com olhos de ver e limita-se a ligar-se ao meio. Ver televisão é ver séries ver séries é ver séries americanas ver séries americanas é ver as mesmas sequencias e tipos de planos. Ver youtubes é ver videos de gatinhos, há videos de gatinhos com mais gatinhos, ha videos de gatinhos com menos gatinhos, há videos de gatinhos que não usam gatinhos. Ler revistas é ler artigos, ler artigos é ler estórias ler estórias sempre contadas pela mesma ordem ler estórias que só mudam as personagens, ler estórias que só muda a altura em que se passam.
No meio disto, há a publicidade.
Que nisto é como o design:
Todos sabem fazer publicidade.

Uma mensagem que é rápida de consumir, só pode ser fácil de fazer. E é tão fácil, que nem precisa de ter nexo. Basta parecer real, como quem olha para algo de olhos semi-cerrados para ver se a mancha está porreira - aqui só colegas de profissão percebem, lamento. É uma técnica para perceber se os elementos numa página estão equilibrados sem a influência do conteudo - mas que, abrindo os olhos,  a tal mancha mantém-se. Não há uma ideia, há só uma mancha de uma ideia, não há um headline, há só uma frase, não há a fotografia que conta a estória, há só uma fotografia qualquer.
A pergunta que fica no ar é se isso faz assim tanta diferença: alguns notam, a maior parte não ( conscientemente não, mas inconscientemente sim? ), e no entanto, ninguém morreu. Se calhar é mesmo assim.

4 comentários:

Sexinho disse...

McLuan

SJ disse...

Fazer publicidade é meter gajos estrangeiros a dizer que o serviço de telecomunicações em portugal
é muita bom.

marta morais disse...

Gosto muito de ti mas odeio pessoas que escrevem "estórias" em vez de "histórias" por isso agora fiquei confusa.

Prezado disse...

Engano meu, o Houaiss diz que realmente não há acordo entre as academias brasileira e portuguesa e "estória" limita-se a ser um neologismo brasileiro. Live and Learn. Só caindo é que um gajo se levanta.