Há uns anos a Street Art era subversiva e mal ou bem tinha, por vezes, uma função. Havia um pouco de tudo. Agora já não posso com esta guerrilha de pacote, dos famosos, do inesperado-para-consumo-fácil, do contra-sistema que precisa de autorização para pintar paredes, a profissionalização do hobbie, a masturbação gratuita, só visual. Um género de portfolio de tabalhos manuais ao vivo.
A street art só tem mudado em escala, cada vez maior e mais visível, como quem usa um megafone na feira para vender melhor 15 pares de meias. Não deixam de ser meias. Não deixa de ser uma feira.
Sim, estou a ficar velho. A street art só tem mudado em escala, cada vez maior e mais visível, como quem usa um megafone na feira para vender melhor 15 pares de meias. Não deixam de ser meias. Não deixa de ser uma feira.
2 comentários:
Já somos dois.
Este teu texto faz-me lembrar um vómito chamado Rui Moreira, que manda limpar murais políticos (pintados como prevê a lei) e depois contrata amiguitos para fazerem street art sem mensagem nenhuma onde ele decide que pode ser. E aparece nos tabloides como um político muito à frente, desses que consentem e não sei quê. Já não é subversão, é moda consentida, é uma azia de todo o tamanho, deus me livre, depois eu é que sou azeda.
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