domingo, fevereiro 26, 2012

Lisboa, à volta da Feira da Ladra

Rua de Arroios

Tinha de passar por um trecho da Rua de Arroios onde ainda não tinha passado com máquina fotográfica. Ia fotografar um edifício neo-clássico de propósito mas uma caravela em barro bate essa treta aos pontos. Continuei a descer, atravessei a Almirante Reis, o mercado do Forno do Tijolo, passei novamente pelo prédio bizarro que tem a grelha de cimento cima abaixo, passei o tasco que está sempre escuro e segui para a Graça.

Sei lá o nome da rua

A feira estava cheia. Acho que com o frio, procuraram nos sotãos por coisas boas para fazer lume e chegaram à conclusão de que os quadros nem na lareira seriam brilhantes e por isso hoje dei com muitos.
 
O menino chateado que chora

Não bastava ter um filho na guerra, um gajo ainda ficava com isto em casa.

De volta a casa deparo-me com isto e pergunto-me se algum dia voltarei a ler em alguma rua de Lisboa a palavra "coluna" e se o autor destes versos foi o O'Neill.
Edições Pouco Fica Por Contar

5 comentários:

Carlos Caria disse...

Trastes velhos, e mudanças a 25 euros é o que dá.

Bluesy disse...

Desde quando é que o menino da lágrima tem cabelinho à foda-se?

calhou calhar disse...

e compraste alguma coisa?

Prezado disse...

Bluesy, por acaso reparei agora que é parecido com o meu. Repara que este menino da lágrima é mais velho, já é adolescente, eu acho que está meio fodido com a vida, é um choro meio contrariado.

Calhou, cheguei-me a uma banca que só tinha um puto, tinha um pino de bowling ou qualquer coisa do género, porque era em plástico.
- Quanto é isto?
- ah... - grande pausa, olhos em todas as direcções, puto a pensar a mil - é.. era 20 mas eu faço-lhe a 15.

agradeci ao puto bem treinado pelo pai e bazei. Andava à procura de material de desenho antigo, nada.

Izzie disse...

Damasceno Monteiro? Sempre é mais suave e bonita que a Angelina Vidal, rua feia, essa.
Saudadinhas da Feira, não vou lá há mais de um mês (quase nunca compro, mas adoro charaviscar)