A divisibilidade do ser é constante, Uno que se foda. |
segunda-feira, abril 30, 2012
quinta-feira, abril 26, 2012
Gosto ainda mais deste país em dias de bola
Em dias de bola, o português tem uma meta a atingir. Tem um objectivo real, alcançável, algo que só depende dele. Não é um bónus que não vai receber, uma palmada das costas, uma promessa embrulhada em saco roto, mais uma tanga costumeira. Está já ali.
Só tem de se despachar. Não vai fazer nada de especial, vai só concentrar-se e acabar hoje o trabalho que tinha para hoje. Vai falar com o patrão e o patrão vai perceber que ele tem um motivo - que também é dele - para sair do trabalho a horas. Vão trabalhar para um objectivo comum, colaborar. Vão aprovar-se trabalhos, vão despachar-se tarefas pequenas grandes muitas. Tudo para levar a melhor ao tempo.
O 25 de Abril, por exemplo, aconteceu num dia de Benfica-Leixões, depois de perceberem que se tinham de despachar se queriam chegar a tempo do jogo.
Para mim que não ligo a bola, é um dia bom para largar o trabalho mais cedo, passear, fazer compras, ir ao cinema e afins, que está tudo vazio.
Só tem de se despachar. Não vai fazer nada de especial, vai só concentrar-se e acabar hoje o trabalho que tinha para hoje. Vai falar com o patrão e o patrão vai perceber que ele tem um motivo - que também é dele - para sair do trabalho a horas. Vão trabalhar para um objectivo comum, colaborar. Vão aprovar-se trabalhos, vão despachar-se tarefas pequenas grandes muitas. Tudo para levar a melhor ao tempo.
O 25 de Abril, por exemplo, aconteceu num dia de Benfica-Leixões, depois de perceberem que se tinham de despachar se queriam chegar a tempo do jogo.
Para mim que não ligo a bola, é um dia bom para largar o trabalho mais cedo, passear, fazer compras, ir ao cinema e afins, que está tudo vazio.
quarta-feira, abril 25, 2012
Marcha
Pois choveu mas teimoso lá fui.
Polícias havia, até os fotografei. Estes só vinham armados com paus de bandeiras. De resto, mesmo com a chuva vi putos de colo miudos miudas adolescentes jovens velhos velhotes avós netos pretos indianos brancos paquistaneses sindicalistas anarquistas comunistas desalinhados gays lésbicas djambés do Barreiro do Alentejo do Algarve do Seixal de Benfica reformados desempregados arrumados pensionistas alojados desalojados atolados afónicos protestantes metalurgicos polícias médicos estudantes de tambor gaita de foles pandeireta bombo alta voz e não eram poucos.
Polícias havia, até os fotografei. Estes só vinham armados com paus de bandeiras. De resto, mesmo com a chuva vi putos de colo miudos miudas adolescentes jovens velhos velhotes avós netos pretos indianos brancos paquistaneses sindicalistas anarquistas comunistas desalinhados gays lésbicas djambés do Barreiro do Alentejo do Algarve do Seixal de Benfica reformados desempregados arrumados pensionistas alojados desalojados atolados afónicos protestantes metalurgicos polícias médicos estudantes de tambor gaita de foles pandeireta bombo alta voz e não eram poucos.
terça-feira, abril 24, 2012
Exausto, derrotado
Está um gajo a revolucionar a tarde toda e acorda a saber que o Miguel Portas morreu, a confirmação do que debateu, a vida é de lutas curtas mas importantes e pouco vale a pena mas vale mesmo a pena, sem recuos. A sério, este mundo é lixado.
Estes gajos andam a gozar
Estou eu muito bem a contar ir à marcha da Avenida amanhã, 25 de Abril, como é meu hábito e aparecem estas notícias a circular: "PSP com tolerância zero". Pá, é à conta destas é que metem o pessoal pacífico a ferver pá. Fazem de propósito pá.
Dados os tempos de incerteza, a PSP tem de mostrar trabalho e sublinhar como é importante para a paz nas ruas. Os jornalistas, também à rasca, têm de dourar a pílula senão vão todos corridos do estágio. E as pessoas que, como eu por exemplo, se estão a marimbar para esta conversa e vão à marcha todos os anos, que sabem que é um género de Woodstock dos históricos do PC sem (muita) droga onde os momentos de agitação mais perigosos são quando estamos a contar os trocos para pagar uma rodada de ginjinhas no Rossio ou ir buscar uma mini a descer a Avenida com famílias inteiras a passear a pé, onde os ferrenhos se encontram todos os anos - não combinamos nada, mas encontro amigos de infância, acabo por me cruzar com o meu irmão ou esbarro em pessoal que não vejo desde a marcha do ano passado, é uma violência pegada - e aí confesso, sim, dizemos do Passos o que Maomé não disse do toucinho e do Relvas ui.
Por isso, resta-me um taxismo: vão mas é prender bandidos, pá.
Dados os tempos de incerteza, a PSP tem de mostrar trabalho e sublinhar como é importante para a paz nas ruas. Os jornalistas, também à rasca, têm de dourar a pílula senão vão todos corridos do estágio. E as pessoas que, como eu por exemplo, se estão a marimbar para esta conversa e vão à marcha todos os anos, que sabem que é um género de Woodstock dos históricos do PC sem (muita) droga onde os momentos de agitação mais perigosos são quando estamos a contar os trocos para pagar uma rodada de ginjinhas no Rossio ou ir buscar uma mini a descer a Avenida com famílias inteiras a passear a pé, onde os ferrenhos se encontram todos os anos - não combinamos nada, mas encontro amigos de infância, acabo por me cruzar com o meu irmão ou esbarro em pessoal que não vejo desde a marcha do ano passado, é uma violência pegada - e aí confesso, sim, dizemos do Passos o que Maomé não disse do toucinho e do Relvas ui.
Por isso, resta-me um taxismo: vão mas é prender bandidos, pá.
segunda-feira, abril 23, 2012
Canivete suíço
Estrelas guiem este post |
Alguém me explique o que é um baile krug porno |
Cobertura
sábado, abril 21, 2012
Riscos Pedidos X
Pack cliente: Colher enferrujada, lápis mal afiado, escova dos gatos, lâmpada ainda boa, moeda.
O Otelo deu-me gozo. Com este lembrei-me que quando tinha uns 12 ou 13 anos tentava desenhar cartoons políticos, a copiar o Augusto Cid e o António.
Acho que as piores torturas são efectuadas com objectos comuns. O ser humano é capaz de imaginar o pior. |
O Otelo é assim um género de revolucionário-on-dope. |
quinta-feira, abril 19, 2012
Caridade
Ontem vi este video pela primeira vez e deixei passar. Hoje já vi o post que queria ter feito sobre o assunto, resta-me o óbvio. Propor uma letra nova:
Eu sei o teu nome
E sei que te posso ajudar
Sei que deves andar a passar fome
Já nem consegues pensar
Essa letra não se aproveita
não dá nem para reciclar
Ó Tim não tens jeito
para escrever nem para cantar
E acordar e acordar
e acordar e acordar
Vejo esta grande idiotice
parece um mar de ignorância
não custa nada ter ideias assim
se estiveres na primeira infância
Os cantores já deitados fora ( até o Jorge Palma acordaram só para isto foda-se )
Mais ou menos na validade
metemos todos no mesmo video
sobra espaço fiquem à vontade
Tu abraça esta ideia
Temos todos de ajudar
paguem ao Olavo Bilac coitado
Depois vão-se enforcar
Deviam ir para a cadeia
Eu dou-vos uma mão
( Sérgio Godinho o que é que tás aí a fazer pá, larga estes fascistas )
Esta campanha tem coisas
Que me deixam a pensar
O Fernando Girão ainda é vivo
A Rita Guerra não sabe cantar
E tu arrasa esta ideia
Temos todos de a enterrar
Vamos metê-los na cadeia
Vamos dar as mãos
rap: Sei que foi com boa intenção mas dessas o inferno tá cheio esta campanha é uma merda podes crer não há meio quem escreveu esta merda vê-se que não comeu nada se não soubesse que foi o Tim diria que foi o b fachada fachada grande é esta campanha yo
Foda-se. Portugal, 2012. Estou vivo para assistir a estas coisas.
Bolsa de valores
Distraidamente dei um terceiro pontapé num gato e pensei, os egípcios deificavam esta espécie porquê? Tirando um outro gato de cima da caixa do bolo em cima da mesa da cozinha e um outro de cima do estirador a roer pinceis depois de tropeçar em três brinquedos deles no corredor, percebi: porque alguém decidiu que fosse assim. Ao longo da história devemos ter tido estas figuras decisoras - vão mudando de nome, de farda ou de chapéu mas são iguais - que, a fim de protegerem o seu status quo, foram inventando secretamente deuses, infernos, mitos, tabus, regras, normas. Fizeram com que essas normas se fizessem cumprir, sabendo que eram meras invenções, fantasias estranhas mas que todos tentariam seguir à risca, ganhando eles o espaço preciso para actuarem como bem entendessem: no fundo, cumprirem-se como pessoas que eram.
Percebo assim que valores que me venderam como basilares sejam tão difíceis de apanhar: Respeito, honra, honestidade, rectidão, heroísmo, altruísmo, frontalidade infravermelhitude e cabrões de clientes pagarem-me a tempo e horas - inserir busílis - são coisas que no fundo, nunca existiram. São meras abstracções criadas para pensarmos que há algum controlo sobre o dia a dia, deixando quem sabe que não existem com tempo para tudo. A mim que ainda me calhou uma nesga de senso-comum, lixo-me na mesma.
Percebo assim que valores que me venderam como basilares sejam tão difíceis de apanhar: Respeito, honra, honestidade, rectidão, heroísmo, altruísmo, frontalidade infravermelhitude e cabrões de clientes pagarem-me a tempo e horas - inserir busílis - são coisas que no fundo, nunca existiram. São meras abstracções criadas para pensarmos que há algum controlo sobre o dia a dia, deixando quem sabe que não existem com tempo para tudo. A mim que ainda me calhou uma nesga de senso-comum, lixo-me na mesma.
terça-feira, abril 17, 2012
Eureka
Todos os dias arranjo teorias no caminho de reduzir o mundo a uma teoria geral unificada que me mostre a Verdade. Hoje encontrei mais uma. Corolário:
Se visito vários blogs e falam todos no mesmo tema, dirigindo-se a uma mesma entidade abstracta, é porque o arrumadinho postou qualquer coisa sobre um projecto dele.
Se visito vários blogs e falam todos no mesmo tema, dirigindo-se a uma mesma entidade abstracta, é porque o arrumadinho postou qualquer coisa sobre um projecto dele.
Andante
O Salazar a cada esquina |
Agora. |
Estrela |
Manifestação de pessoas satisfeitas com o país |
Carro azul |
Entrei na Igreja das Mercês. Aqui não há missa mas há muito movimento na sacristia, um dia percebo se as igrejas precisam de sapatos de vela como os dojos de kimonos, desço a Santos. Nada de novo, sigo para o Cais do Sodré com paragem para comer um donner ali ao pé. Aqueci do vento que me cortava as orelhas enquanto ouvia os italianos a cacarejar e segui. As arcadas da Praça do Comércio vazias, autocarros poucos, sigo à Casa dos Bicos, passando na Rua dos Bacalhoeiros ainda a semana passada jantei lá, patrocinado pela minha vontade e pela menina do trombone que fez anos e bancou o champomix.
Restaurante desconhecido para mim. |
Devia ter voltado atrás para buscar a máquina, se não registo tudo passo a passo esqueço-me de por onde ando.
segunda-feira, abril 16, 2012
PPC, parabéns
O tasco faz uns longuíssimos 6 anos. Não custou nada, blogar é uma tradição de familia que já vem de longe e prova disso é que recebi este blog de herança. A condição, que não o largasse e que sobretudo, não repetisse os problemas de partilhas que surgiram com este - uns ficaram com o CSS, outros com o CMS, outros com o PHP, os posts das 3ªs foram expropriados, a barra de scroll ainda está a ser vista na comarca de Valpaços para saber quando é que a posso reaver - e que muito tempo consomem. A longa linhagem de bloggers está representada na heráldica do frontão, que aqui fica, por ordem cronológica:
a fase Viajante |
A fase Viajante espiritual |
A fase Viajante Espiritual letrado |
A fase Citadino em potencial |
A fase Urbano ( foi curta felizmente ) |
A fase Urbano-Progressista |
A fase Lisboa literata |
A fase Lisboa sem aberração cromática |
sexta-feira, abril 13, 2012
YO!
Ontem fui àquela distribuição de concertos gratuitos da OPTIMUS no Cais do Sodré. Burro, associei a iniciativa ao antigo Cais do Sodré, o que não tinha pseudo queques queques betos e chão cor de rosa, o que garantia espaço para andar. Tudo cheio. Todos os concertos com uma fila gigante para entrar. Sendo que cada discoteca do Cais do Sodré leva no máximo umas 80 pessoas - tirando o musicbox, esse leva umas 500 - resta-me como a um bom tuga, consumir o que for, dado que é de borla. Calha-me o quê? Hip Hop.
Depois de ter começado o concerto com uma barreira de máquinas de filmar que não deixavam ver nada - ridículo, esta merda da nova proporção dos media nos concertos, 3:1 espectadores - felizmente a dada altura entram 6 pretos que dão cabo dos brancos betos e metem aquilo a mexer, a coisa acaba com o paternalista conselho "ouçam boa música, mesmo. Promovam a boa música!" e eu com a certeza a absoluta que o faria, assim que chegasse a casa.
Depois de ter começado o concerto com uma barreira de máquinas de filmar que não deixavam ver nada - ridículo, esta merda da nova proporção dos media nos concertos, 3:1 espectadores - felizmente a dada altura entram 6 pretos que dão cabo dos brancos betos e metem aquilo a mexer, a coisa acaba com o paternalista conselho "ouçam boa música, mesmo. Promovam a boa música!" e eu com a certeza a absoluta que o faria, assim que chegasse a casa.
quinta-feira, abril 12, 2012
Não levei a máquina
Vi algures que é importante ler de trás para a frente, especialmente quadros, a vista preguiçosa engana-se a ler sempre na mesma direcção. Troquei-lhe as voltas hoje e ao contrário do que é hábito, subi a Almirante Reis até casa. De trás para a frente, vejo outras coisas. As ruínas no Desterro, a praça nova do Socorro, a pensão com janelas bizarras atrás da sede de um partido ali, de palmeira à porta, a China-Town em miniatura que ali se compõe. Ainda estive a tentar decifrar embalagens nas lojas em que parei, para desistir sem comprar nada, continuei a casa de tabaco que fechou, a das palmeiras de pedra é agora um AliBaba, os turcos atropelam-se, entro no Rigueirão dos Anjos, um grupo já de meia idade ou se calhar mais novos, que a rua ajuda a envelhecer, a fazer uma broca, passo as traseira da sopa dos pobres, as portas dos prédios aqui são couraçados ferrugentos uns a seguir aos outros, desemboco na Rua de Arroios, As lojas de móveis mais acima fecharam, o Look Obama continuava aberto, a oficina dos taxistas continua cheia. Depois do túnel, no meio da praça em frente à igreja, a família do costume, vive com tudo o que tem dentro de malas e caixotes, lavaram a roupa que está a secar nos arcos de metal dos canteiros do jardim. Outra loja que fechou e mais outra, até casa contei umas 8 ou 9, os tesos estão claramente nas encolhas.
quarta-feira, abril 11, 2012
Vómitol
Mixórdia típica depois de um jantar |
terça-feira, abril 10, 2012
Saraiva, trolling em papel
Ontem apareceu este magnífico artigo do Saraiva, diz-se de opinião, acrescento eu de merda. O Saraiva, na fome de atenção que lhe toma os dias, deve ter andado a ler os comentários das edições online do Sol, Público e Correio da manhã e achou ali um filão de ideias: Trolling offline. Tem as suas vantagens, numa edição impressa não é possível meter comentários.
Deus
Vou começar a contar isto devagar: Abomino o Rock in Rio. É mais forte que eu.
O Rock in Rio (RIR) está para a música como uma diarreia está para a música. É uma fantochada. Mascaram aquilo de tudo e mais alguma coisa, é um mundo melhor, é ajudar não sei quem é ecologia é sustentabilidade é o apoio social é os volun(ó)tários, é lojas, é uma percentagem para o gatinho de uma criança com fome em África da conta de ajuda aos familiares mais pobres das vitimas de herpes simplex que ajudam o canil de animais surdos abandonados de Cascais da Pólo Norte, o caralho a 9. Mas - novamente respiro, pausa - percebam, um concerto é um concerto. Não é mais que isso. Impingirem-me tanto tanto tanto a ideia oposta é a prova disso mesmo. RIR e eu? nunca.
Mas agora as coisas complicam-se e eu consumidor ético vou vender a alma ao diabo. Porquê? Porque vai lá o STEVIE WONDER, - gosto, não sei se já disse - e eu que tenho no curriculum episódios como estes:
Como não quero voltar a passar por estes episódios e sentir-me estúpido anos a fio, vou sim vou ao RIR. Mas com a certeza que com os 60 euros do bilhete para UM DIA podiam pagar um poço de água potável num bairro miserável de Mogadishu. Roberto Medina, esse verme, sabe que a feira popular + centro comercial ambulante que é o RIR é uma máquina de fazer dinheiro melhor que o Colombo, não me engana. Putacopariu.
O Rock in Rio (RIR) está para a música como uma diarreia está para a música. É uma fantochada. Mascaram aquilo de tudo e mais alguma coisa, é um mundo melhor, é ajudar não sei quem é ecologia é sustentabilidade é o apoio social é os volun(ó)tários, é lojas, é uma percentagem para o gatinho de uma criança com fome em África da conta de ajuda aos familiares mais pobres das vitimas de herpes simplex que ajudam o canil de animais surdos abandonados de Cascais da Pólo Norte, o caralho a 9. Mas - novamente respiro, pausa - percebam, um concerto é um concerto. Não é mais que isso. Impingirem-me tanto tanto tanto a ideia oposta é a prova disso mesmo. RIR e eu? nunca.
Mas agora as coisas complicam-se e eu consumidor ético vou vender a alma ao diabo. Porquê? Porque vai lá o STEVIE WONDER, - gosto, não sei se já disse - e eu que tenho no curriculum episódios como estes:
- Bute bute epá é um granda concerto!!
- epá não tou com guito, tá bué caro, vou noutra altura. Eles voltam...
Passado uns tempos, o vocalista matou-se e eu foda-se já não os vejo pois não!! Essa banda era Nirvana. Passados uns anos:
- Epá bute epá granda concerto!!
- foda-se que cambada de chulos! eu curto aquilo, mas 40 euros só para ver aquele cabrão?
Passado uns tempos, o vocalista meteu-se na desintoxicação e acabou com a banda. Essa banda era Ministry. ( bom a ser verdadeiro, a banda até voltou ao activo o ano passado porque o vocalista precisava de pagar as operações e a desintoxicação e mais drogas )
Como não quero voltar a passar por estes episódios e sentir-me estúpido anos a fio, vou sim vou ao RIR. Mas com a certeza que com os 60 euros do bilhete para UM DIA podiam pagar um poço de água potável num bairro miserável de Mogadishu. Roberto Medina, esse verme, sabe que a feira popular + centro comercial ambulante que é o RIR é uma máquina de fazer dinheiro melhor que o Colombo, não me engana. Putacopariu.
segunda-feira, abril 09, 2012
domingo, abril 08, 2012
Riscos Pedidos, Night edition
As linhas estão abertas à vossa espera. Eu vou fazendo a digestão do almoço e dos chocolates no sofá.
Darwinismo
Sempre que vou ao ginásio e regulo a máquina nos 15 kg fico a pensar se bastarão os meus miolos para, em caso de fome guerra pestilência holocausto nuclear ataque de de zombies, conseguir ultrapassar o pessoal que usa os 175 que lá estão marcados.
quinta-feira, abril 05, 2012
A condição tuga
Ontem apanhei um discurso raro, da ala moderada do taxismo.
Dizia o senhor Zé que esteve nos Estados Unidos uns anos, esteve na Alemanha e esteve na França. Ganha-se bem por lá, disse-me ele. Mas trabalha-se muito.
Dizia-me que nos Estados Unidos não lhes pagam para pensar, mas trabalham muito. Cada um por si. Dizia que preferia os Alemães. Valorizam mais a iniciativa individual. Mas também se fartam de trabalhar. Então e em Portugal?
Em Portugal está-se bem. Não se arrisca muito, não se perde muito, mas também não se ganha muito. É mesmo assim: temos boa comida, temos sol, trabalha-se. Não vale a pena levantar cabelo por muita coisa. Somos poucos e o pessoal que manda são meia dúzia de famílias. É melhor passar despercebido. No fim de cada frase, ria-se. Disse que lá fora é tudo muito melhor, que ganhamos muito mais, mas não há sol. Como alguém me disse, provalmente estava sob o efeito de xanax.
Depois penso em notícias como esta, somo ao que ouço e vejo , recordo o historial de depressão do povinho, que não está habituado a levantar a grimpa e a quem pedem agora para enfrentar o futuro dando o peito às balas e obviamente o povinho não é parvo, faz como o governo, baixa os olhos, paga o que deve e bebe menos bicas, compra menos jornais, come menos e tenta passar por tudo isto sem se chatear. Empreendedorismo? dar a volta por cima? Arrisquem vocês.
Ainda fiquei a saber que há uns anos, havia muitos polícias que eram taxistas em part-time. Isto sim, é cultura.
Dizia o senhor Zé que esteve nos Estados Unidos uns anos, esteve na Alemanha e esteve na França. Ganha-se bem por lá, disse-me ele. Mas trabalha-se muito.
Dizia-me que nos Estados Unidos não lhes pagam para pensar, mas trabalham muito. Cada um por si. Dizia que preferia os Alemães. Valorizam mais a iniciativa individual. Mas também se fartam de trabalhar. Então e em Portugal?
Em Portugal está-se bem. Não se arrisca muito, não se perde muito, mas também não se ganha muito. É mesmo assim: temos boa comida, temos sol, trabalha-se. Não vale a pena levantar cabelo por muita coisa. Somos poucos e o pessoal que manda são meia dúzia de famílias. É melhor passar despercebido. No fim de cada frase, ria-se. Disse que lá fora é tudo muito melhor, que ganhamos muito mais, mas não há sol. Como alguém me disse, provalmente estava sob o efeito de xanax.
Depois penso em notícias como esta, somo ao que ouço e vejo , recordo o historial de depressão do povinho, que não está habituado a levantar a grimpa e a quem pedem agora para enfrentar o futuro dando o peito às balas e obviamente o povinho não é parvo, faz como o governo, baixa os olhos, paga o que deve e bebe menos bicas, compra menos jornais, come menos e tenta passar por tudo isto sem se chatear. Empreendedorismo? dar a volta por cima? Arrisquem vocês.
Ainda fiquei a saber que há uns anos, havia muitos polícias que eram taxistas em part-time. Isto sim, é cultura.
Desabafo
Prezado no meio de um processo de trabalho meio Absolutely Fabulous, cliente vive em planeta australopiteco-centauro, Prezado é burro e insiste em querer fazer mais e melhor trabalho do que lhe pedem, é burro burro burro e insiste. Claro que não o faz por amor mas por dinheiro, se o trabalho for para a frente fica contente e cliente também fica contente, mas cliente não gostar de trabalho bem feito gostar de pedras brilhantes e espelhos e ter medo de arriscar. Ainda pode ser que fique a ganhar... E é assim ser português.
quarta-feira, abril 04, 2012
Interregno familiar
Sobrinha emprestada de 2 anos dá com um cartão de visita do meu alter ego, dizem-lhe:
- ó isso é o cartão de visita do tio Prezado, é para depois falares com ele é?
- tim.
Passado minutos, está de cartão de visita na orelha, a tentar falar ao telefone.
Já estou a trabalhar no protótipo.
- ó isso é o cartão de visita do tio Prezado, é para depois falares com ele é?
- tim.
Passado minutos, está de cartão de visita na orelha, a tentar falar ao telefone.
Já estou a trabalhar no protótipo.
terça-feira, abril 03, 2012
E depois acontece
Quando tenho sono e sei que ainda tenho muitas horas de trabalho pela frente começo a ter alucinações imagino que vou ser pago a horas, vejo recibos passados por cada hora extra de trabalho que me pedem imagino até doces taxas de urgência a serem cobradas porque tenho de perder horas nocturnas preciosas horas nocturnas a queimar as pestanas mas os neoliberais dizem que é mesmo assim mas os neoliberais eles mesmos cobram sempre que mexem uma palha e se não cobraram é porque arranjaram alguém que fizesse por eles de borla ah a política económica a pulsar ah é dos primeiros sintomas de que estou a ficar rabugento com sono arh o Passos é Primeiro Ministro e nunca levantou um dedo para trabalhar ah tenho mesmo de comer qualquer coisa senão já não tenho alento para trabalhar foda-se é sempre a mesma coisa quando me dá uma política económica já não tenho descanso, só me apetece afundar os cornos na almofada fechar os estores e meter-me em silêncio só assim é que deixo de ver o cavaco e o bolo rei arhh o Pessoa a levar porrada da bófia na esplanada não não tenho de trabalhar.
segunda-feira, abril 02, 2012
É chato
Perdi uma argola. Era uma resistente, foi perdida umas seis vezes mas ela dizia sempre que me ia voltar às mãos. Desta, foi de vez.
More than words
domingo, abril 01, 2012
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