Em 2013, depois de uma temporada de manifestações a fazer lembrar os tempos do secundário e dos ministros da educação do Cavaco, o paradigma da manifestação mudou. Com uma amostragem tão grande e frequente à disposição, pude, com a ajuda de vários amigos - os bloquistas, ex-bloquistas, desalinhados e afins usam as manifs para se encontrarem - recolhendo e testando ao longo deste ano dados estatísticos concretos e agora posso divulgar conclusões espantosas sobre o mundo das greves e manifestações.
Mito 1
"Quem vai a manifs é comuna."
Mito. Esta não esperava, mas há muitos comunas que não vão a manifs. Vão para a praia.
Mito 2
"Esses gajos dos sindicatos prejudicam mais do que ajudam."
Verdade. Metem-se no caminho do plano do Passos de nos por no patamar dos chineses com a promessa de mão de obra barata e obediente. Isto pode ser bom ou mau conforme tenham uma Sonae ou não. Depende.
Mito 3
"Fazem greves e é vê-los é a ir para a praia."
Verdade.
Em 2013 registei um não-comuna que conseguiu no mesmo dia trabalhar, ir
à praia e ir a uma manif. Esta para mim era a mais complexa de provar.
Mito 4
"Não sei o que é ganham com as greves! Trabalhar que faz bem é que não."
Mito. Trabalhar nunca fez bem. Perguntem a qualquer Jota. O que faz bem é colar cartazes e distribuir canetas.
Notas: a) descobriu-se também que existe a liberdade de, depois de subtraído o salário do dia de trabalho correspondente ao dia da greve, poder usar-se esse dia como se entende. Este facto está por atingir por taxistas e ressabiados. b) toda a gente pode fazer greves.
2 comentários:
"toda a gente pode fazer greve"'! isso sim, é um mito.
Toda a gente pode. Nem todos conseguem. Arranja-me lá um sindicato dos criativos ou dos designers para as organizar.
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