Deficientes motores pela cidade. É vê-los a andar pelo meio da estrada, porque os passeios são estreitos, sem rampas, com buracos, estão forrados de carros. É sempre bonito de ver. Mas percebe-se. São uns chatos, os gajos. À noite, apanho um na discoteca - pergunto-me como vai ao w.c., que é depois de uma escada - e é sempre um pincel. Ocupa mais do triplo do espaço de qualquer pessoa ( giro: o Alberto João Jardim ocupará sempre espaço a mais, não importa o ratio) , e além disso, dança mal e porcamente, com as rodinhas em cima dos pés dos outros.
Não admira que não ponham rampas para entrarem em lado algum. O passeio é estreito, e os gajos são gulosos. Não bastando, há tipos gananciosos, que não sendo deficientes, querem abarbatar mais espaço do que precisam. Jovens casais, saudáveis, com a desculpa de terem um recém-nascido, compram os sacrossantos Maxi-cosi e afins - aqui, carrinho-de-bébé está para passeio como Humvee está para rua-de-alfama - só para experienciar a vida de deficiente. É vê-los tentar entrar no autocarro de cadeirinha, ou a tentarem encaixar-se num restaurante à cunha... A vida pode ser simples. Dêem espaço, pá: Comprem um Smart para o miudo, dá mais jeito. Sempre podem estacionar dois no lugar de um.
E lá vão eles, pelo meio da estrada...
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