Sai-se a correr, com o gelo ainda nas ervas e nos vidros dos carros. O vento a congelar-me. O passo acelerado dá direito a tornozelos torcidos e a um coxear precoce, a juntar à falta de força. Chega-se depressa ao Metro, ao pé do campo. O vizinho do lado vai há meia hora a olhar para um sudoku e vejo a miúda dos brilhantes na ponta das unhas a ouvir a-ha no telemóvel. Lá mais à frente, o puto da guedelha colada à cabeça, a ouvir MGMT no mp4. Subo o elevador da estação, ouço a Rihanna. A subir a rua do sol às costas, à porta da loja de ferragens, ouve-se um fado.
Chegado ao emprego, tiro os phones, bem enfiados nos ouvidos.
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