domingo, janeiro 25, 2009

Mim caçar teatro

Fui ver a peça Caveman. É daquelas que metem nojo e odeio, género peça-genérica, que é adaptada para 175 países e anda 30 anos a ser feito pelos mesmos actores, que deixam o papel como herança ao primogénito. Não é Ionesco, não. Não vão entrar em contacto com os vossos medos e receios mais íntimos, nem com situações de psicose extremas, lutas interiores com o vosso ego face ao drama do pós-guerra na Checoslováquia nos anos 20... E ainda bem. Ao inicio ainda fiquei com medo que fosse demasiado linear, mas lá se aguentou... O tema "guerra dos sexos" dá sempre para rir um bocado, já se sabe. Pude ouvir os clássicos "eu não sou tua mãe!", "até parece que não vives nesta casa!" ou "nunca limpaste uma casa de banho, pois não?". Aos 10 minutos da peça, ao meu lado, o senhor a aparentar uns 60 anos, que veio com a mulher, chorava a rir e olhava para mim com uma cara de "epá, elas são mesmo assim, não são..?".

Vão ver. Não é genial, mas é certeiro. Vão com a mais-que-tudo, para poderem dizer "vês, não sou só eu que deixo a toalha molhada em cima da cama..."

3 comentários:

Anónimo disse...

Entre Ionesco e Beckett, acho que um Caveman caíria bem :-) Não sou muito para teatro, mas se poder rir (e compreender, também se possível...)...

Maggie Gonçalves disse...

Antes demais, amigo "brunikas" (eheheheehehehehehehe, acabei de passar a minha própria certidão de óbito :D).
Parabéns pela escrita fluida, com tanta tralha na CuCa nem sei como as coisas fluem, mas a realidade é que fluem!;)*

As mulheres não são todos iguais, assim como os homens também não o são.
E ainda bem!!!!! (pensa no que seria tudo exactamente igual*), Uma Margarida por vezes, custa a aturar, quatro Margaridas, Dassssss! :D*
Na minha modesta opinião, cada um de nós é livre de escolha, de se experiênciar como quer.

Cada acção tem de facto a sua consequência, não é um castigo, nem uma benção, apenas tem uma consequência.
Passo a citar alguns exemplos de como pode ser complicado por vezes agradar a "Gregos e Troianos" e ainda mais complexo, ao mesmo Grego e ao mesmo Troiano:

Se uma mulher corre para matar uma barata, não é feminina.
Se corre da barata é medrosa.
Se é uma mulher trabalhadora, empreendedora, é uma AMBICIOSA.
Se não está nem para aí virada é uma dondoca.
Se aceita tudo na cama, é uma Sra. Puta.
Se não aceita, está a fazer-se difícil, não se sabe dar ao respeito.
Se gosta de falar de assuntos da actualidade, de politica ou economia, é femininista.
Se não liga nenhuma é alienada, uma fútil.
Se gosta de se vestir com roupas de marca, de se maquilhar, é uma narcisista.
Se não gosta é desleixada....
Enfim, dava para escrever um livro...

Talvez se compreendermos as pessoas tal como elas são, e dar -lhes a devida liberdade para serem exactamente como são, levamos á consequencia, de elas também nos aceitarem tal como somos, incondicionalmente.

É uma excelente partilha de evolução... A liberdade exactamente como ela é! ...livre!!!!
Por isso vão, levem as vossas (mais-que-tudo), assistam á peça, divirtam-se e gozem ambos dos vossos próprios "defeitos"! é uma verdadeira delícia*****

Beijoka grande, de uma amiga que te admira muito!
Margarida.

Prezado disse...

Minha cara: estive indeciso entre publicar o teu comentário e abrir um novo blog com ele...