quinta-feira, janeiro 10, 2013

Pois, o tema do dia. Porque foi um dia divertido, graças à Pépa.

Como é sabido para quem segue aqui o estaminé, o Prezado está a maior parte do tempo à esquerda do Bloco, a resvalar para o anarco-nacionalismo. O que pode dar azo a despejar uma tonelada de impropérios a uma beta queque afectada desfasada da realidade sem noção e tal, mas não. Não vou dizer que a Pépa é uma beta queque afectada desfasada da realidade sem noção. Porque não é isso que me interessa apontar, já que uma beta queque afectada desfasada da realidade sem noção é coisa que não me faz grande confusão, sempre houve por aí muita beta queque afectada desfasada da realidade sem noção. O que me faz confusão é haver uma marca - que não vou fazer publicidade porque não merece a publicidade que não soube aproveitar - que faz uns videos para um nicho de mercado ( umas 15 pessoas, Fashion Bloggers ) e espera que a internet seja um meio estanque, onde só outras betas queques afectadas desfasadas da realidade sem noção vejam os videos e não achem estranho o facto da Pépa falar como se o seu maxilar tivesse tomado um Atarax - publicidade ao Atarax, sim - e doze minis em cima.
No meio da barrigada de riso da tarde, a tal marca puxa a ficha e tira os videos da net. O que é impossível, como é sabido por todos menos pela tal marca: Tudo o que já esteve na net, estará para sempre na net. E se toda a gente visse o video? não é esse o objectivo da publicidade? o que era o pior que podia acontecer? haver que gente que não gosta ( mas vê )? a tal marca implodiria de vergonha? Bom, em publicidade acho que todas as marcas já deram tiros nos pés bem maiores e piores, por serem voluntários. Este não era grave, parece. Pior, pedem desculpas por fazer uma campanha. Bimbos.
É um dos problemas do pessoal do Marketing que não percebe muito de net. Vê aquilo da net como um sítio onde tem o facebook e uns likes e é como uma televisão sem comando. Uns bimbos, na prática. Têm a tecnologia mas ainda não têm a cultura da tecnologia. Aquela onda faz-me-aí-um-print-do-email-para-enviar-por-fax.
Do pessoal e eu sei mesmo eu sei não se fala mal dos colegas mas do pessoal que se lembrou de fazer os videos fico sem saber se vivem num meio profissional tão fechado assim que chegaram ao ponto de não perceber que a dicção da Pépa é ridícula, e não perceberem também que ela é um arquétipo perfeito para comédia ( e não o aproveitarem ).
O maxilar da Pépa sozinho é melhor que um Nilton inteiro.

6 comentários:

Cat disse...

Prezado, não é "queque". É muffin qu'é mais fashion... ;P

calhou calhar disse...

Gostei do post e da clarividência. Infelizmente, a maioria das pessoas não sabe distinguir o trigo do joio e o que lhes interessa/ou foi o desejo da Pepa ter uma mala, (como se a maioria dos tugas não jogasse no euromilhões para ficar um "excêntrico" - como diz a publicidade).
Acho que é mesmo como diz o ditado: "em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão".
Enfim.
Move on.
Hoje vão todos falar na dislexia do Berardo, que troca o nome da mulher quando a apresenta publicamente, ou na gravidez da Assunção Cristas ou...

Prezado disse...

Cat, a miuda da-me pena, deve ser complicado articular palavras muito longas, o maxilat fica dormente a meio.

Calhou,, essa do Berardo psrece-me que tem potencial.

Rachelet disse...

Bom, não será isto que me fará não comprar coisas da marca, tal como não seriam estes anúncios (como dizes, virados para um nicho que, em PT, é tão mas tão limitado que nem um S. João lá caberia) que me fariam comprar coisas da marca.

Tal como faço questão em não comprar produtos/serviços que me venham vender à porta, também faço questão em não comprar produtos/serviços por recomendação de personalidades, sejam elas quem forem.

Prezado disse...

Sim, não é isto que vai fazer diferença. Telemóveis não são compras de impulso, não me parece que faça mossa. Agora gostava de perceber que mundo obscuro é este e quem anda nesta cena da "moda" à tuga. São mais de 15?

Rachelet disse...

Devem ser mais de 15 (seguramente, se contarmos com a malta das unhas e vernizes), mas como não podem uns com os outros, a premissa de identificação com esta campanha é um bocado fail.
(É a realidade do «opá, fazemos ambos a mesma coisa, odeio-te, vais roubar-me clientela» típica dos nichos em Portugal, suponho.)