segunda-feira, julho 15, 2013

Autismo

2 imagens opostas, quando se fala de autismo: Os lovers, aquele pessoal que ainda acredita em fadas e anjos e golfinhos e assim que ouvem "autismo", a caixa de serradura que usam no lugar do cérebro lembra-se logo de personagens de filmes de há 20 anos, esperando capacidades fantásticas - mas que não servem para nada - como decorar baralhos de cartas com 17 naipes, trautear todas as musicas de elevador que ouviram até hoje e lembrarem-se do cheiro do orvalho da manhã de 25 de Outubro de 1983 em Salvaterra de Magos. Não.
No outro extremo, aquela corrente de pensamento medieval imagina putos a viver debaixo da mesa da cozinha desde os 2 anos e a bater com a cabeça nas paredes. Não.
Eu penso no gajo que apanho no trabalho que deve ter escapado a todos os diagnósticos, ainda conseguiu tirar a carta, enganar a mulher, os filhos, o patrão e os professores mas que esbarra todos os dias na distinção entre a Helvetica e a Georgia e o que é que quer dizer "espaço em branco" e "grelha tipográfica". Isto sim, são problemas graves.

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