A história com o Portas e o Governo está a esgotar-me. Lembra-me os tempos do Santana Lopes, em que tinhamos piada fácil todos os dias, mas que a partir de certo ponto já era infertil fazer piadas porque a realidade a cru era bem mais eficaz para chamar o riso. Quando a realidade já é muito absurda, é complexo exagerá-la e mostrar o exagero como elemento disruptor, como intervenção cómica: perdemos a vantagem sobre a realidade, a tensão, a explosão depois do inesperado acontecer. Tudo é permanentemente inesperado, já nada tem piada. É assim isto tudo. Estou esgotado.
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