segunda-feira, julho 29, 2013

Estudos indicam I

a) Gráfico inter-relacional socio-temporal


Patrocinado pela Fundação, publico um paper sobre a saída de sexta à noite, uma área de estudos em franca expansão. Saindo à noite com pessoal mais novo, observam-se fenómenos ontológicos interessantes: Se a miúda confirma que não estou morto para o universo útil, ao mesmo tempo confirma que ser mais velho é, além de uma variável constante relativamente a alguém mais novo, uma queda na foleirice. Talking heads já não é bom, nem é vintage: é musica de velhos. Dizer "está aqui muita gente de publicidade" não é um sinónimo de "está aqui muita gente espetacular" mas "isto está cheio de velhos". Assumir não saber o nome de nenhuma banda posterior a 2008 só tem piada entre pessoas nascidas na mesma década que eu. Cure já não é bom. Nem para velhos. Pensar "Strokes! é-a-nova-banda-cool!" por default mas saber que a música já tem 12 anos já é só deprimente e é coisa de velhos. Mais: todos os velhos dançam da mesma forma quando a música tem pinta, mas só alguém vindo de décadas posteriores é capaz de o ver. A explicação é simples mas novamente, deprimente: Pessoal que cresceu a ouvir Metal e que ainda associa - Pavlov, esse génio - uma grande malha a abanar a cabeça à anos 80. Visto de fora, é estranho. Segundo o gráfico a), podemos visualizar que a soma de 2 angulos em planos perpendiculares origina este desfazamento: alpha, definindo o angulo de divergencia temporal e beta, para o angulo de divergência existêncial - Diz Deleuze, o "ângulo bimbo" - definindo o plano omega, de onde o observador mais novo pode confirmar, dado viver num futuro relativo, que faço a chamada figura-de-urso muito facilmente.

3 comentários:

calhou calhar disse...

Ainda não tens 40, que raio é isso de sair com pessoal mais novo? :p

Prezado disse...

É mesmo pessoal mais novo. Eu já sou dado como morto, derivado do cabelo.

calhou calhar disse...

Isso o cabelo é o que (a)parece. A alma é jovem :D