Parece que por predisposição genética, quando não temos nada para falar, falamos do tempo.
O tempo anda a foder-nos. Primeiro ataca os comandos de ar condicionado. Depois dá cabo dos miolos dos deputados. Faz o Porta numero 2 do governo. Aquece os capôs dos carros até deixarem de ser em francês. Faz os teclados quentes. As mesas quentes. As cadeiras quentes. Já nem venho à internet. Estou a perder as impressões digitais à conta de polir os dedos nos copos de imperial. Mas finalmente e ao fim de não sei quantos anos, cumpro o destino que este tempo dita: estico-me no sofá a beber litros de água gelada à frente da televisão e da ventoinha. Foi para isto que este tempo foi evocado.
2 comentários:
Pois caro Prezado, somos dois a fazer e a pensar o mesmo... menos as imperiais!
Não, Prezado, isso são pretextos para tu não largares o sofá: no Inverno provavelmente será a mesma coisa (...mas com uma mantinha nos joelhos)
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