terça-feira, março 08, 2011

Oporto, dia dois

Porra fosca-se o cabrão do despertador não tocou bolas perdi a manhã toda bolas levantar a correr porra que tenho de ir foda-se. Aliados abaixo, acima, abaixo a tentar encontrar as ruas do dia anterior para as ver como deve ser. Pelo caminho, pequeno-almoço.


Depois de ter visto em menus o Prego-em-prato, pensava que já tinha apanhado o jeito à coisa. É só dizer a mesma coisa, mas de maneira diferente. Género 15-para-o-meio-dia em vez de 11-e-45.
- Era uma sandes de fiambre com manteiga, se faz favor.
- Quer a frio? - mauuuuu "quer a frio" como? mas como, sem introdução, sem jeito, a correr, sem avisar o que é esta merda não posso ouvir bem será que uma simples sandes também tem truque caralho caralho não caralho já tás a apanhar os vícios de linguajar desta gente que tu nem és disto foda-se, lá parei pra pensar...
- Como?
- Se quer a frio?
- eh.. - Cara de estupido completo. É sempre boa solução, e no meu caso, nada difícil ( revirar os olhos aos círculos ajuda ).
- ... ou a quente. Dentro da ... - Ah, prensado! Já me tinham avisado do prensado e não fui capaz de me lembrar a tempo de evitar um incidente diplomático.
Depois, passado 20 minutos, almoço. Lembrando a frase o-melhor-de-Gaia-é-a-vista-para-o-Porto, lembrei-me, boa, isso é sinal que se come com uma vista decente e mais barato, desde que virado para o lado certo. Lá vai.
Dica para todos os brutos em visita ao porto: Quando torcerem o nariz ao vosso "meia-dose, s.f.f.", os empregados não estão a chamar-vos coninhas. Uma dose, no Porto - não tive coragem de pedir uma - deve ser algo capaz de alimentar um batalhão de cossacos, dado o que sofri com as meias doses.

Aqui neste sitio bonito há um bar que não entrei mas que prometia mas eu já estava cansado e de olho no Plano B. A ultima vez que lá fui estava fechado, ao abandono, acho. O que era uma pena.

À tarde, ao Domingo, pouco resta. Este pessoal estranho deixa o Magestic fechar a um Domingo e eu tenho de andar milhas, depois de atravessar a ponte à chuva, para encontrar um café aberto. Refugiei-me na Fnac a ler a "história da cinematografia portuguesa" - livro de grande interesse e com muitos bonecos e que era um alibi mais-ou-menos-cultural para me encostar quase a adormecer - durante um bocado e voltei à rua de Santa Catarina, aos espanhóis, aos vendedores ambulantes e ao sol.
Finalmente, já atrasado, percebi que só podia ir de metro. O que acho mais piada nas estações de metro no Porto é que se podem atravessar a pé, mas não convém. Apre cheguei mesmo à pele ainda me enganei no comboio caralho.
Gosto do porto, foda-se.

5 comentários:

mariazeca disse...

O porto é dos portuenses... ou implica treino!
Já que agora não estou por aí, empresto-to!
Cuida-o bem. Fotografa-o melhor ainda. ;)

Malena disse...

É impossível não se gostar do Porto! Tem aquela desarrumação esteticamente alinhada que entra pelos olhos adentro e nos apaixona. ::)

Maria Cardeal disse...

O bar (foto nº2) é o Alfaiate, a música é altamente dançável, sempre cheio, muito sub 20, mas é bom. Agora olha para a foto novamente e pensa que já foi uma fábrica de chocolates.

Maria Flausina disse...

Também adoro o Porto! Tenho saudades, já não vou lá há muito tempo.
Sou moura, mas tenho muita família no Porto e acho que a melhor maneira de dizer 11h45 em "portuense" é "meio dia menos 15".

Crenteoptimista disse...

O Porto é uma aldeia :) E a malta do Norte é de coração grande!
E embora o clima cá seja mais frio, as pessoas são quase sempre mais quentes ;)
Ainda bem que gostaste.