quarta-feira, setembro 19, 2012
A partir de agora as manifestações já não são lugar para crianças: não pela violência, mas pelo linguajar. Graças às ultimas declarações da classe política - sim, toda a classe, não há um único que diga qualquer coisa que me deixe satisfeito - vejo com alegria, nas ruas, nos cafés, nos restaurantes, no metro, o regresso do calão. Ouço com força e entusiasmo, sem rodeios, caralhadas infindáveis, asneiredo que julgava perdido no tempo ou só cá por casa - somos adeptos do asneiredo livre - mas agora nas bocas de toda a gente. A pseudo-eugenia lisboeta perdeu-se e parecemos agora felizes portugueses do norte, de vernáculo fácil e constante. Tudo porque nos estão a enrabar, a foder e esses cabrões filhos da puta devem ir, sempre que possam, para a merda, para a putacospariu ou para o caralho.
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7 comentários:
No dia em que o Passos Coelho falou ao país telefonei ao meu pai:
- Tá, pai, olá...
- Ah és tu. Tu viste aquele cabrão? Puta que o pariu (etc...)
A seguir telefonei à minha mãe
- Lady Di, como é que vai isso?
- Estou aqui a chamar nomes àquele pulha filho da puta (etc...)
Os meus pais são professores reformados e nunca dizem asneiras. Até ouvirem o Passos Coelho.
O meu passatempo nos últimos dias, tem sido ler os cartazes da manif…
http://expresso.sapo.pt/o-maior-album-de-fotos-dos-leitores-sobre-as-manifs-em-atualizacao=f753580
I.Punk
Eheh... Muito bom :)
Ah ah ah, é verdade! A minha mãe noutras circunstancias, sempre que me saía alguma asneirola, chamava-me mal-criada; agora abana a cabeça em consentimento :D
Eu já digo asneira da grossa à frente da minha mãe. Os debates com o meu irmão já levam mais asneiredo que retórica...
Ontem vi uma primeira página de um jornal com calão. Tá lançado, isto.
O melhor cartaz que vi na Manif do Porto foi:
Se quisesse trabalhar para Chulos tinha ido para puta
O melhor cartaz que vi na Manif do Porto foi:
Se quisesse trabalhar para Chulos tinha ido para puta
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