Afio e faca e zás.
Começo o corte canhoto pelo perímetro longitudinal máximo. Dou-lhe a volta aos poucos até quase fazer uma volta completa, parando no pé. Repito, na direcção oposta, seguindo o sulco gravado antes. Acabado isto dou-lhe um jeito com a faca, usando-a como alavanca. Nada. A carne é mole mas o caroço agarra-se a ela. Mais uma volta, agora a delinear bem o caroço com o fio da faca. A carne amarela espreita. Faço mais força sentem-se os veios de dados de jogar o seis de um dado de jogar é especialmente texturado, a faca assobia como quando passa num osso de uma galinha e arrepia-me pelos canhotos. A faca é alavanca novamente fulcro dado mas no 3, 9noves fora nada vai à mão. Espeto-lhe os dedos dentro primeiro a medo depois com força nada, o contorno do corte já aberto, perdeu a forma, o que era uma linha feita à imagem do fio da faca é agora bulbosa, pisada. Separo os hemisférios já quentes das mãos as minhas não. Dos hemisférios nada nada nunca vi puta de fruta assim. Volto à faca, sigo a geometria sagrada feita a bissectriz faça-se uma outra quartos feitos quartos cheios. Arranco-lhe a pele rasga cima abaixo, desfia-se como as costas de um gato que se arrepia.
Pensei sempre que fosse um abacate.
2 comentários:
Ai...deu-me a volta ao estômago, a autópsia...
Fraquinha. Nem abusei muito.
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