Desde sábado que ainda não tinha parado, entre jantares leituras copos fritos almoços reencontros encontros trabalho e finalmente quando paro, o que acontece?
Silêncio no quarto Nem o iTunes rodava músicas de encher chouriço, trabalhava focado. Quando trabalho é raro é fico mesmo concentrado, 10 cm mais pequeno, estático. A mão do rato rodava a roda roída do scroll e eu calmo. Nisto,
Gato. Do inferno salta voa trespassa o éter o ar e todas as dimensões que o compõem, galga o firmamento no vácuo da velocidade e aterra onde?
Nos meus ombros. Como? ganchos de unhas quais sabres vivos a esgadanhar-me as costas fico parado no mesmo sítio aos berros - nesta altura ainda o pensamento, quente do susto, se sobrepõe à dor lancinante e fresca, ainda a percorrer os parcos e velho nervos abençoada quantidade deve ter sido a contar com os gatos que deus os fez assim espaldar o seja. Acordei novamente os vizinhos a gritar asneiredo impróprio pois, a dor entretanto já tinha chegado ao seu centro nevrálgico, o Sector 4, onde o cérebro armazena as terminações dos nervos das costas - nas pontas dos nervos há algo como que anilhas de pombos, A23 liga com A23 na outra ponta - e certos vocábulos, como "foda-se", "cabrão" "filho da puta do gato" ou "Pedro Passos Coelho". Levanto-me e o gato cinza como Jupiter enrola-se yo à minha volta de unhas cravadas às costas e eu a tentar arrancá-lo e ele a fazer de cilício, lá consigo extraí-lo, chão falhei o pontapé pulha anormal perseguição no corredor toma cabrão ainda te apanhei na linha de grande penalidade.
6 comentários:
Laughing Out Loud, literalmente e com lágrimas :D (também tive um gato cinza que me espetou até às veias profundas de um pé - descrição exacta, precisa e concisa :P)
É um artista, o cabrão. Obrigado biobloga.
Isso é uma relação amor ódio. Amor às tuas costas, ódio ao gato.
Por essas e outras é que me mantenho afastada desses felinos perigosíssimos :P
Alguma lhe devias ter feito.
(muito bem escrito!)
Nunca tomei iniciativa. As ideias peregrinas são sempre de suas excelências, os gatos.
Obrigado Maria
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