sábado, outubro 09, 2010
Feira da Ladra
Hoje fui por um caminho mais tortuoso, aproveitando o sol. Em vez de apanhar o topo da Penha de França, fui descendo a Almirante Reis, até onde sei que a carteira está a salvo. Porque tenho de subir para a esquerda da Almirante Reis evitando uma zona do Intendente que não me inspira. Atravessei o Mercado do Forno do Tijolo, subi até à zona da Senhora do Monte, onde apanho esta vista.
Passo pelos prédios antigos da zona, que apesar de terem só 3 andares, parecem montanhas.
Atravesso a Graça já a chover e desço para a feira. Com a chuva, forram-se as bancas de plásticos, as que têm toldo servem de abrigo a todos. Os que não têm plásticos marimbam-se. A quantidade de coisas que apanham chuva faz-nos saber que aparelhagens, violas, banjos, acordeons, relógios e telefones comprados na feira serão bons apenas para bibelot. A chuva ia e voltava. Os vizinhos de banca comentavam-na, sabiamente, como só velhos podem comentar:
- Já viu, esta chuva? Não dá jeito nenhum.
- Só água... Eu gosto é vinho. Vinho e cona.
A sabedoria dos mais velhos é comovente na sua simplicidade.
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11 comentários:
Esse remate lembra-me outro adágio magnífico: «há quem coma para viver e quem viva para comer».
comer o quê, Rachelet...? Co...
anda profundo o blog.
Tenho fotos bem porreiras de Lisboa.
discutível.
Volta amanhã. Hoje estás intratável.
Eu gosto das fotos. Bonitinhas, não estão tremidas, bem focadas... que mais?
Devias ter ido fotografar a loja dos Amores de Tóquio
Não reparei no nome... Mas só pode ser aquela no edifício do mercado, do lado de baixo, não? supé-fofa.
a minha avó mora a meio dessas escadas da primeira foto. eu fazia de escorrega esses corrimãos todos.
ehehe lindo. Esta zona é linda, tem uma vista impagável. abraço, pá
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