Mais um visitante dos states e novamente, insistem em levá-lo à Expo ou ao Eleven para mostrar como Portugal é um país desenvolvido. Sendo que os taxis ainda têm janelas, acho que este tipo já deve ter reparado que isto não é o Dubai. Basta sair do aeroporto em direcção ao centro e já se viu que não é por isso que Lisboa é procurada. O drama à volta do hotel a aconselhar pareceu-me algo entre a censura salazarista e o Goodbye Lenine. Somos um país pequeno e tudo se atropela: a distância entre o bom e o péssimo pode ser só uma esquina ou uma travessa. Especialmente no centro de Lisboa. Quase tratado como um turista chegado a Pyongyang no primeiro dia, restou-lhe explorar a cidade no dia seguinte quando se viu à solta.
- So should I worry about robbers?
- Not really. Just be carefull with the camera and your wallet. No big deal.
Como explicar que naquela rua específica há pessoal menos recomendável? é só naquela.
- Someone offered me hash downtown.
- Near Chiado? don't buy anything from people in the streets. That's not even drugs, its just some pills and weird stuff grinded together.
O engraçado é que as perguntas são sempre iguais. Só tenho pena de não ter tido oportunidade de ensinar caralhadas. É a nossa exportação principal a seguir ao bacalhau.
4 comentários:
Na verdade, o bacalhau é importado. Só isso já diz muito.
Foda-se para a macro-economia. Há 5 anos ninguém sabia nada de import-export.
Como se a expo fosse grande coisa. Tirando um ou outro mamarracho residencial, está praticamente na mesma desde 98. Mais lhe vale ir parar ao Cais do Sodré, aí sim, um verdadeiro parque das nações.
Vintage é o futuro. Pensão amor com eles. Ou Alfama.
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