sexta-feira, agosto 16, 2013

De volta à cidade

Terminou uma semana num país distante.
Calhou ter como vizinhos um casal com 2 filhos, que achei necessário serem estudados a fundo. Infelizmente não consegui isolar o fenómeno nem a uma distância segura para uma observação imparcial nem para meu descanso. As férias transformaram-se assim numa viagem de trabalho. Apresento um dia normal, como anotado detalhadamente no local.


8:32H - as crianças acordam.
8:35H - os adultos acordam, começando a discutir alto com as crianças.
10:16H - a discussão finalmente acaba, com a minha ida para a praia.
13:20H - volto à base, onde adultos e crianças continuam a discutir alto.
13:22H - uma das crianças passa por mim e cumprimenta-me com um "olá". Respondo.
13:26H - outra das crianças passa por mim e cumprimenta-me com um "olá". Respondo.
13:32H - uma das crianças passa por mim e cumprimenta-me com um "olá". Respondo.
13:36H - outra das crianças passa por mim e cumprimenta-me com um "olá". Respondo.
13:38H - um dos adultos passa por mim e tenta interagir, verbalizando essa vontade*.
13:40H - o outro adulto urra em sinal de desacordo com as crianças.
13:55H - Saio para a praia, usando os óculos escuros como modo de evitar contacto visual e iniciar um novo ciclo de olás e cumprimentos repetidos.
20:50H -
uma das crianças passa por mim e cumprimenta-me com um "olá". Respondo. 
21:20H - uma das crianças informa-me que já me disse olá hoje, e que me viu de manhã na praia.
21:34H - o adulto mais pesado, a femea, urra de novo, terminando as brincadeiras das crianças. 
21:37H - a criança mais velha, uma pré-adolescente, chora, clamando justiça.
21:38H - Torno-me campeão nacional de Angry Birds.
21:56H - saio para o café, deixando todos os 4 sujeitos a discutir alto.


*Aqui começa um fenómeno sociológico raro, que amanhã trarei a lume de modo mais estruturado.

Sem comentários: