domingo, agosto 04, 2013

O horror

Nada me preparou para aquilo. Estava muito bem, nem me sentia cansado, tenho feito checkups regulares e está tudo ok, estava até a sentir-me bastante bem, bem disposto, depois chamaram-me, fui em direcção à porta, estava lá mais gente até, pareciam bem também, alguns riam-se outros conversavam, e eu nisto, a três passos da porta começo a ver algo estranho, e não é que

dia. Já é dia. Luz. Lux. Porra sempre que vou ao Lux é a mesma coisa. O sol não o sol o sol queima os meus pulmões os olhos ojolhosojmeujolhos não é a ressaca já estou a ressacar o sol queima a pouca água que tenho no organismo ressaca imediata sono sono. Tanto sono. Fome tanta. Vou morrer de fome antes de chegar a casa. Tenho de ir comer. Ah um tasco. Vou comer. Vou fazer que estou sóbrio espera ele vai atender-me sóbrio sim ó a minha fala está meia entaramelada não consigo abrir ojolhos é uma sandes de fiambre para levar tombo para a rua, porque é que de manhã os ténis parecem botas da tropa? piso o caminho para o taxi, novamente tenho de dizer um caminho tenho de ser soar sóbrio sim consegui enganá-lo não me vai levar a Sintra passando pela Nazaré não me vai aldrabar, só quero ir dormir.

1 comentário:

Dinis disse...

LOL, o que me ri com este relato...uma vantagem do metro é realmente não ter que dizer para onde é...