Fui para Alfama com netos de fadistas, para uma casa de fados. Não estava por dentro do sistema mas é assim: Pertence-se ao fado como se pertence a uma religião. Se o avô cantava fado, os netos cantam mesmo que não tenham voz. Juntam-se todos no mesmo sítio, debitam as letras que sabem de cor, uns arriscam cantar, aplaude-se o esforço, a vontade ou a presença. Depois rega-se isto com tinto rua abaixo, desviamo-nos de 3 socos do segurança, encontramos mais gente, despedimo-nos doutra tanta e volta-se a casa a tempo de dormir.
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