quinta-feira, agosto 01, 2013

Tasco

Fui ao tasco habitual. Um deles. Ao almoço rodo entre 2 tascos: o barato e o bom. No bom, como é apanágio dos bons tascos, é muito raro comer o que quero.

- Ora boa tarde.
- Boa tarde, amigo. Já trago o menu.
- Hoje vou para os secretos.
- Estão muito bons. Mas olhe que o ensopado de borrego está espetacular.
- Quero mesmo secretos hoje, está bem? - esta frase soou bastante a pedido de clemência.
- O amigo é que sabe... - E esta soou a profunda desilusão.

O homem só quer o meu bem e nota-se.

2 comentários:

Mak, o Mau disse...

E quando eles metem a chancela de qualidade opinativa que é "Vá por mim,....", adicionando a seguir o prato que recomendam, contrariamente ao que queremos.

Mas também gosto de um empregado, num dos sítios a que vou almoçar por vezes que, quando há cozido, me roga simplesmente: "Amigo, nem lhe vou dizer que o cozido é óptimo, isso já se sabe, só lho recomendo porque se sobrar sou eu que o como ao jantar e eu já deito cozido pelos ouvidos".

É nessa altura que uma refeição passa a ser uma ajuda humanitária. E eu escolho bacalhau à lagareiro.

Prezado disse...

Esse argumento tão complexo merece atenção. Isso é conversa de ex-vendedor de tapetes ou agarrado.