Conversa sobre género

Pela conversa que ouço, começo a achar que só existem dois tipos de pessoas: os homens e as mulheres.

Bom ano, se não vos vir antes.

Vá lá....

Tenho, pelo menos, um bom motivo para ir ver este filme.

Making of

12 fatias douradas, 3 postas de bacalhau, 10 kg de arroz ( 3 de arroz-doce),9 fatias de bolo rei, 2 de bolo rainha, 2 perus, 357 batatas gratinadas no forno, 1 borrego, 16 taças de mousse de chocolate, 46 broas de mel, 2 garrafas de vinho,24 ginjinhas de Óbidos, 3 kg de filhóz, 12 litros de gasosa, 3 kg de passas, 124 pevides, 1 jarro de lemon curd e 3 furos a mais no cinto fizeram este natal.
Próximo fim-de-semana, continua. Alka seltzer, please.

Cat Power -The Greatest

Música para me sentir pequenino.

Balanço

Este blog, vendido que é, vai nas modas todas. E fim de ano é tempo de balanço, claro. Está a ser preparado o post com os pontos altos de 2007. Talvez arranje uma taça. Não dou notas como o outro, senão este ano era tudo negativa.

Vai querer um tremoço com isso?

Na tasca, estiveram à altura, tinham chá.
Agora peçam um na marisqueira...

Ui, que rico buraco precisei eu para me esconder...

Forum de discussão

Drogas, mezinhas, comprimidos, rezas, exorcismos, dicas, ampolas, zaragatoas, orações, búzios, elixires, cartas, emplastros, hipnose, massagens, qualquer coisa. O que é que cura ser distraido? Existe cura?
É urgente.

Almoços e género I

Os homens vão à tasca, as meninas vão às saladinhas. Regra geral.

E quando as meninas querem ir à tasca? É constrangedor imaginar alguém ( que está à nossa frente na mesa ) a pedir vinagre balsâmico a alguém cuja noção de "boa refeição" é simplesmente encher-o-bandulho-até-à-morte. Em geral, aproveita-se a presença da menina para ir a um restaurante minimamente decente: exagera-se a brutalidade dos empregados e a pacatez do menu - "só têm alheira... " - e assim evitam-se momentos embaraçosos.
A menina insiste? Lá vamos. É como um episódio da BBC Vida Selvagem, é tudo uma descoberta.
"O quê, então o peixe gralhado não tem salada? Mas 'tá aqui..."
Bem: alface, cenoura ralada, tomate e 3 pickles não conta como salada. Segue....
"...Cafés?"
"Eu quero um chá." ( e leia-se "chá" numa voz doce, suave como veludo, baixinho)
Mas...
O gajo da tasca tinha chá. Vários. E soube dizê-los. Vários.
Que silêncio que se fez na mesa.

Aos 3 empregados de mesa que seguem este blog ( eu sei que estão aí, estatisticamente) : apliquem-se. Afinal, há uma Bica do Sapato em potencial dentro de cada tasca. Esta tasca ainda vai aparecer no Guia Michelin, vão ver.

Red Water (Christmas Mourning)

Red Water (Christmas Mourning)
Type O Negative

Wake up, it's Christmas mourn
Those loved have long since gone
The stocking are hung but who cares
Preserved for those no longer there
Six feet beneath me sleep

Black lights hang from the tree
Accents of dead holly

Whoa mistletoe
(It's growing cold)
I'm seeing ghost
(I'm drinking old)
Red water
Red water
Red water chase them away

My tables been set for but seven
Just last year I dined with eleven
God damn ye merry gentlemen

Whoa mistletoe
(It's growing cold)
I'm seeing ghosts
(I'm drinking old)
Red water
Red water
Red water chase them away.


Letras: you know the drill.

Habilidades

Se há capacidade de que me orgulho, é de saber todas as letras de EnaPá2000 de memória.

Deve ter sido a última coisa que consegui fixar.

State of the art

E pronto. Sou um Artista-Contemporâneo. Também posso forrá-lo de crochet, mas não me apetece.

Alguém me explica esta cena dos artistas com os veados? Sem piadas fáceis, por favor.

Edit - Em resposta a um comentário meio-elogioso, junto anexo um veado de minha autoria. Tem o tal crochet que o anterior almejava.

Nervo I

Se há coisa que me entra no nervo, é a crónica semanal da SIC chamada "Mundo Perdido". O tom, as historias, a narração. E eu sei muito bem que posso mudar de canal, só não queria que as pessoas ficassem a pensar que aquilo é "televisão".

It's a cliché, but I really really admire your work. Thank you so much.

Nas alturas mais prementes, não sai nada de inteligente. Foda-se.

Não é meu género por pessoas em altares. há quem os ponha: Jogadores de futebol, actores, actrizes, cantores, escritores, políticos. Francamente, acho isso meio parvo. Afinal, são só pessoas...
Abro a excepção para estes senhores, tótó que sou. Há muitos anos que quero, pelo menos, conhecer os responsáveis pelo humor que mudou a minha maneira de ver o mundo. São as únicas pessoas públicas que digo que gostava de conhecer, os únicos ídolos da minha vida.

E tenho o livro autografado... UAHAHA LINDO.

Não me vou adiantar muito nisto, é torturante para algumas almas que não puderam estar na companhia de Mr. Terry Jones, Monty Python.

Um dia animado

Ouvir Strokes 35 vezes de seguida, sempre a mesma música. Ter de sair do escritório ao som do alarme de incêndio, numa estúpida simulação de emergência que só nos dá vontade de morrer queimados, sentadinhos no mesmo lugar. Perder as minhas definições todas do Firefox, por causa do bendito alarme que fez o quadro desligar sem aviso. Perder trabalho que não estava gravado ( não tão grave como perder as definições do firefox). Provar que a escada de emergencia esta mal desenhada, quando acerto com a porta numa menina que descia a escada ( azaruco. Se fosse uma emergência real, tinha-lhe partido um braço. ) E sair a esta bela hora, para ir ter com este senhor.

Português-Redux

É o tal que é divulgado pela televisão, em especial nos telejornais. O léxico é limitado, mas capaz de captar a atenção de qualquer desafortunado por mais de 2 segundos. Os termos usados são apenas 37, geralmente combinados em sequências-chave de 3 ou mais palavras. As combinações são semanticamente ricas, ao ponto de poderem ser utilizadas todos os dias, várias vezes ao dia, para notícias diferentes.

Sono, tanto sono. E agora de seguida vou apanhar um taxi. Já estou a tremer com as piadas... " A esta hora, pró cemitério..? Nudge Nudge"

inspiração / fraude

Inspiração é bom. Vem de mãos dadas com a Humildade. Fora disso, bardamerda. Posers.

Detesto gente que faz carreira a inspirar-se no trabalho dos outros e passa a vida a gritar bem alto a sua originalidade...

Sketch da Manhã

Levantar-me da cadeira, virar-me para trás ao mesmo tempo, e enfiar a cara com toda a pujança numa porta de vidro acabadinha de lavar.

tive ali uns segundos a pensar se ia cair ou não, mas aguentei. Valente.

Update: A expressão "bater com os cornos" vem de ocorrências destas, de certeza. Tenho um galo que me apanha a testa e o nariz. Galo no nariz... estranho.

R.I.P. Cardinal

Desde há uns anos para cá, A televisão tem contribuido para a morte da língua portuguesa ( aqui também vou dando umas machadadas, mas é com boa fé) , com a criação do Locutês, uma espécie de português-redux, onde só se usam 37 vocábulos diferentes. Das primeiras coisas a serem abolidas, para facilitar a vida a todos, foram os cardinais. Não ouço " Fechou a ducentésima vigésima terceira urgência do país, em Vila Nova de Poiares", mas sim "fechou a urgência número 233 do país, em Vila Nova de Poiares", o que me soa a um ligeiro atraso mental. Na segunda classe, sim, porque não se sabe mais... Depois, é feio.

A última campanha do Media Markt vem esquartejar este cavalo, já morto, que é o cardinal.

Como é que isto se lê? "Grande Abertura Quingentésimo "? ou é quingentésima abertura, ou a "número 500" agora assim, não é. O que parece é que se chegou à conclusão que "º" se lê "número", mas ainda assim...
Irgh.

Mais videovigilância?

Claro que sim, venha ela. Já me estou a sentir mais seguro, é mesmo eficaz. Ui, tão seguro que me sinto.

Bowling for Colombo

Querem realmente compreender porque é que há gente que pega numa caçadeira, entra numa escola e faz uma chacina? Entrem no Colombo num domingo à tarde.

Ultrapassou a minha capacidade de People-watching. Eu sei, ninguém me pagou pra ir lá.

Fónix!

Se ouço "Kadafi" mais uma vez, vomito.

O que vos traz aqui (3)

"Guguele, ò oráculo dos tempos pós-modernos, responde-me: "Qual é a idade do meu cérebro?""

"Qual é a idade do meu cérebro?"? Com perguntas destas... E a resposta não estava neste blog, de certeza.

Da sic: "Pode um chimpanzé ser mais inteligente que um estudante universitário?"

Inserir piada sobre politico em voga.

E não é que...

Sou mais anarca do que julgava.

Vodafone backup

"Perdi o telemóvel. Felizmente, fiz o meu Vodafone backup em boa hora ( ler em tom de jingle natalício a vender banha da cobra) ."
Mas... Afinal... Não é que passado uma semana de ter um novo telemóvel ( que também acho que fui papado ) continuo a não conseguir recuperar os contactos online...? E não é que os simpáticos senhores da vodafone falam como se o site não fosse deles? "áh, não está funcionar? Ó, assim que estiver bom, chamamos. Obrigado".

Não façam, que não vale a pena.

Isto vai.

Lá la la não há-de ser nada.

Reflexos condicionados

Se for a um sitio almoçar onde digam "encha o prato, pague 5€", eu vou encher o prato - e aqui "encher" não é preciso ler como "carago, é o prato cheio, é mesmo cheio! vou encher o prato! Prato cheio. Cheio até entornar!" Não. - Dentro das regras da decência e da física.
Nas Amoreiras, dois restaurantes: Num paga-se bem por um "prato cheio". E enche-se. Até acima. No outro, paga-se pouco por um "prato cheio", mas só se enche meio prato. Estranho, porquê?

E se o restaurante for desenhado para nos embaraçar, e obrigar-nos a não nos servirmos?
Se tiver de gerir um restaurante, já sei o target: a menina da salada.

Ela não vai levar mais do que 4 folhas de alface ( com vinagre balsâmico, se houver) , 1 colher de arroz, e uma fatia de pizza, pague o que pagar. A menina seguinte na fila, faz o mesmo, para não dar parte de fraca. E os homens na fila não vão encher o prato para fazer figura de brutos em frente às meninas. Lindo.

Tenho de por Adsense no blog, isto de andar a fazer publicidade de borla... não 'tá com nada.

Cultura

Afinal, não é que o Polga é brasileiro? Com um nomes destes, sempre achei que era russo. Ou croata. Arménio. Qualquer coisa.

Fados.

Estou além
António Variações

Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde

Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só:
Quero quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder

Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar

Vou continuar a procurar
O meu mundo
O meu lugar
Porque até aqui eu só:
Estou bem aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só quero estar
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou

Não sei se já disse que odeio postar letras e poesias. É do pior.

Porto.

Discotecas. Francesinhas. Finos. Mitra.

Gosto do Porto. Acho que é mais cosmopolita, mais europeu do que a capital. É claro que há focos de resistência, como à volta do maior andaime-iluminado do mundo, onde não se podia andar. Nem a pé, nem de carro, nem de dia, nem de noite.

Fica muito por dizer, mas é para outra altura.

Ora bem vinda

Cumprimentos à Blogger da janela da frente.
E boa sorte.

Já ali à frente

Ora revejam lá isso

Depois de ver isto ali na rua, tenho de dar aqui uma rápida "introdução à publicidade". Eu bem quero evitar trazer essa porcaria aqui à baila...
Quando se pensa numa campanha, tenta-se encontrar um conceito amplo que consiga abrigar várias formas de contar a mesma história e através de vários meios: mupi, imprensa, tv. Aqui, o recurso foi "o seu escritor favorito" como foco principal, oferecendo um jantar exclusivo. Sendo o "meu" favorito a promessa, depreende-se: Há vários escritores. Vários escritores, repito. Havendo vários, quem é que quer ganhar um jantar com o José Rodrigues dos Santos?

Foi ele o primeiro a ser lançado. O único com a agenda desafogada?

Presunto de Chávez

Estou à espera do momento em que o presidente Chávez chame "fascista" ao nosso Primeiro ( as premissas estão lá: um é comunista, o outro governa com políticas de direita ) . Quem o mandará calar, D. Duarte de Bragança...?

Peço desculpa pelo título, mas estava ali parado, tão indefeso, à espera...

Das Notícias

"Grupo de jovens estava a planear suicídio" inspirados nos ensinamentos contidos num site, o Orkut. Não consigo exprimir o quão revoltante isto é e o quanto me choca saber que um site de rede social pode influenciar tão negativamente jovens em idade de incertezas, levando algo tão universal como a Internet a ser julgada como um mal na sociedade. Uso aqui a influência cada vez mais berrante deste meio para deixar um apelo:

Atirem-se para um poço.

Espera, melhor: Dêem-me todo o vosso dinheiro, antes.

Edit - Falso alarme, falso alarme. Afinal não aconteceu NADA...

Espera, espera... Mas... estamos a falar do Orkut! Combinar uns encontros, conhecer pitas, ter 2000 amigos virtuais, percebo. Ter 16, 18 anos? Já tive. Ia atirar-me pra um poço se alguém num site me fizesse essa sugestão? Acho que o fenómeno Emo está a chegar em força...

TV WC II

Esta linda ave, o Maçarico-de-bico-direito, foi apresentada como o animal "que vai impedir a construção de um aeroporto", no telejornal da SIC. Estranhei. Depois Rodrigo Guedes de Carvalho lê rapidamente e com empenho um teaser com ritmo de fundo. Mau. Ainda ouvi um resumo das noticias já dadas esta noite, e uma antevisão das que estão por mostrar "mais à frente". É impressão minha, ou estamos a nivelar pela TVI?

edit - Confirma-se. Coroado com uma chalaça final, trocada entre os dois locutores, eis o novo telejornal de SIC, mais um prego no caixão da TV WC. Mais uns tempos e só vejo youtubes.

Conversa de barbearia

O Paulo Bento é do Sporting, é o treinador. Arduamente, fixei esta informação irrelevante para poder dizer no cabeleireiro "Quero um cabelo-à-Paulo-Bento" e rir um bocado. A cabeleireira aceita o desafio ( eu convencido que esta trunfa é impossível de domar ) e diz que consegue mesmo, explica que faz isto e aquilo e que realmente fico com aquele risco ao meio ridículo. Pronto, deu pra rir. Mas a cabeleireira continuou:

Ela:- "o Paulo Bento este ano não merece é nada", a picar.
Eu:- ....
Ela:- "Pois, ele este ano merece é sair..."
Eu:- "...."

Nem com a cabeleireira, pá? Eu, que peguei num tema a jeito (cabelo-de-treinadores) , um meio termo entre um tema do dia-a-dia e um tema mais interessante (cabelos) e a conversa mesmo assim vai para a porra da bola... Se é assim, passo a ir ao barbeiro.

E o moicano voltou em força.

TV WC

Ontem pude assistir a um quase-parto em directo pela Sic.
Quase, porque quiseram fazer o brilharete de seguir um parto em directo, mas a futura mãe não quis colaborar. Quase, porque ela afinal não queria epidural, e não iam acelerar o processo ainda a tempo do directo. Quase, porque não sabiam se ia ser cesariana. Quase, porque o médico que foi entrevistado, não era quem faria o parto. Quase, porque afinal não rebentaram as águas, foi só o rolhão mucoso.

Isto não pode ter passado em prime time.

Fiquei triste, porque só não disseram quantos dedos de dilatação. Fora isso, fiquei a saber tudo.

Netiqueta: dúvidas

20 linhas só de asneiredo, conta como post?

Atalho cognitivo

Mesmo que aparente nada se passe, as coisas são pensadas de um modo invisível, e geralmente com razão. O "geralmente"Faz disto uma regra, porque é a tal excepção.
Deslarguem-me!

Notícia do dia

Criança vitima de maus tratos, perseguida por pedófilo cadastrado, solto com pensão de miséria, quase é atropelada por camião carregado de tecidos, cortiça e acendalhas, depois de atravessar passadeira sem semáforos, próxima de passagem de nível sem guarda.

Ando a ver muita TVI.

O que vos traz aqui (2)

"como está o transito na cidade?"

Cá está, o Google como oráculo...

ui!

E cá vou eu prá caminha...

vide hora do post.

A cidade dos pequenos ditadores

Do taxista, porque a estrada é o seu local de trabalho. Do condutor do autocarro, que pode, pelo tamanho. Do policia, só porque pode. Do empregado de mesa, porque pode sempre cuspir no prato que vai servir. Do cliente, porque no fim, é ele que paga. Do revisor da Carris, porque tem um gizmo estranho que analiza passes. Do gajo-do-BMW, porque o carro é 40% maior do que os outros à volta. Do segurança, porque é responsável pelas entradas. Do tipo de fato, porque é doutor. Da velhinha. Afinal, a antiguidade é um posto.

É hoje!

Os rios de tinta (e bits) que correm na expectativa do debate desta tarde na assembleia, quase fazem esquecer o que se vai passar: são só ...Santana Lopes ( relembrar) e ... Sócrates ( relembrar) . Era bom que o destaque dado a esta futura-picardia correspondesse a um real interesse pela politica e pelo país. Mas não estamos na Noruega, sabemos o interesse que o tuga tem pelo estado da nação, é vê-lo no café a seguir o debate.
Nada vai mudar, só queremos ver a barraca a arder.

A começar o fim de semana no campo

Os pequenos almoços de pequeno, ao fim de semana, eram uma festa.
Eram "na terra", na casa dos meus avós. Pão mal cozido, frio, pesado como tudo. Em fatias sempre grandes a lembrar solas de sapatos, com manteiga com sal (que ainda não havia Becel-maricas). Malgas de café com leite enormes a acompanhar. A televisão gigante a preto-e-branco, com um acetato azul à frente - assim já era uma televisão a cores? - com o 70x7, que nunca mais acabava.
E os cheiros. Além do pão e do café, a madeira. Do soalho, das paredes.
E os sons. Do soalho de madeira, com uma tábua solta. Paredes-meias com a sala, a mercearia e os clientes a serem atendidos, a manhã toda. E o sino. O sino da gaveta dos trocos que passava o tempo a tocar; O miúdo ( hoje já deve ser avô ) que conseguiu ir à gaveta umas vezes e lá foi apanhado pela armadilha da gaveta amarrada ao sino, à espera do outro lado da parede, na sala. Mesmo por cima da cadeira do meu avô.

Há gente mais nostálgica que o tuga?

Macaquinhos no sótão

Agora o passeio diário mudou. Deixo de ir aos filhos de uma ursa menor e passo a ir aos macaquinhos no sótão, mais à frente.
Diz ele: "a internet, a maior invenção do Homem depois do fogo." É verdade.

Edit - Esqueci-me de referir que o blog fez o 1º aniversário.

Pedem-me ajuda pra mudar templates do blogger para ficar tudo preto? Nem uma corzinha, uns gifs animados com estrelinhas ou um badge no canto a dizer "Stop world hunger", miséria... Davam outra pinta, mas nada.

Coisas que deviam ter acabado junto com as cassettes

Quem entrou num casamento, baptizado, Carnaval ou bailarico sem ouvir esta pérola que ponha o dedo no ar.
E pensar que me lembrei disto porque alguém na sala pôs isto a tocar...

Idade das perguntas

Não sei se à primeira vista parecem o que é suposto, mas são mamas. Mamas de peluche.
Claro que é japonês, ok. Fofo, ok. Giras e tal, ok. Mas, peluche? É um brinquedo, mas para que idade? É pra ser educativo? Uma mama com bico de pato? Pata? Com lacinho? Mamas com personalidade? As perguntas são muitas... Vou pensar sobre isto mais logo.
Porque vale a pena, deixo a história da Ookiku, a mama triste.

Via Wired
Mais manga com mamas de peluche aqui



Andava eu a passear pelos blogs do costume e aparece-me esta pérola. Chiça, agora é que o tráfego vai subir por aqui. Mamas.

Il pleut

Logo agora que me estava a habituar ao verão. Damn.

Sou um gajo mesmo cosmopolita, pá. 3 línguas diferentes num post tão curto. Ve-se logo que sou um tipo moderno, informado, actual. É digno.

Greve do pilotos

"100% de adesão"? Que eu saiba, baldou-se um.

é uma private joke.

Medos

A Ana Malhoa mete-me medo.

via Lioncaps

Ai a minha vida

Ai tão entalado que eu estou hoje. Nem vou poder armar-me em esperto.

O Bruno Nogueira tem umas crónicas na TSF. Esta é politicamente incorrecta, e um bocado de mau gosto. Mesmo como eu gosto.

Também quero, porra.

Há hipóteses de me perdoarem uma singela divida que tenho, também? não é nem perto de 12 milhões... Nem um centésimo.
Eu percebo, não é incobrável. Afinal, eu trabalho todos os dias e por este andar, em 30 anos está pago. Eu até sou um gajo que não se chateia muito a trabalhar, 30 anos vão passar a correr. São só 30 anos. Duas vidas. Tudo bem.

What kind of blogger are you?

Lá está...

Taxista de ontem à noite:

-"É para onde?"
-"Para o cemitério de Benfica, por favor." - A partir daqui, fico à espera.
-"Eh, mas a esta hora tá fechado. É para dentro do cemitério?" - sorriso maroto na cara, a olhar para trás.
-"eh-eh não, é cá fora.."

Para os taxistas que lêem este blog: Ouçam coisas novas. Re-inventem-se, como dizem as bichas.
O Tony de Matos já morreu há 20 anos, UHF tem um careca gadelhudo a "cantar" sempre o mesmo, O Bruno Nogueira tem mais piada que os Parodiantes. As Nossas-Senhoras com o semáforo-miniatura no tablier não vos vão salvar. Pouco cabelo muito comprido, a dar a volta à cabeça e a acabar na testa não é uma "farta cabeleira". Sim, comprem TomToms, mas usem - eu sei que assim é dificil ir da Portela ao Rossio passando por Sintra. Não partam do princípio que toda a gente é do Benfica. O Berardo não é um heroi nacional. E, por favor, não peçam para o Salazar voltar, já temos um governo à altura.

Deitem fora o livrinho das piadas que vinha com o taxi, vá lá.

Bookmarks

Já devo ter tido uns 5000 bookmarks, no total. Só que a cada crash, formatação ou mudança de OS, fui perdendo tudo o que tinha. Porque gravava os bookmarks no disco...

Agora ficam sempre online. É só escolher o melhor serviço.


Por isso é que encontro qualquer coisa em menos 1 minuto. ( sim, orgulho-me disso, chamem-me geek)

Impossível contar

Fiquei quase em Espanha ( parece que tenho uma fixação por pousadas esquecidas na fronteira com Espanha), ali perto de Paredes de Coura. Um descanso.
Podia ficar aqui a descrever o verde interminável das encostas forradas de fetos, o céu e as estrelas que não acabam, a paz que é andar no meio de nada, what a wonderfull world como musica de fundo, montanhas, vacas, a comida ( vacas ), o vinho verde, os espigueiros. Mas não. Tanta paisagem e ainda assim o ponto alto ( ou baixo ) da viagem não tem nada de natural. O que nunca vai ser apagado da minha memória é:

A Quinta de Santoinho

Vou esquecer-me de muitas coisas, mas cá vai: A quinta é um "restaurante" para 3000 pessoas 3000. É onde os velhinhos atestados de viagra vão para se divertir. É onde as velhinhas de mini-saia vão encontrar os velhinhos. Onde vão todos comer sardinhas assadas e beber tinto baptizado à descrição. Onde há 2 pistas, uma com 12 cantadeiras de malhão e outra com uma desfolhada ao vivo, debaixo de um funil gigante. Onde ia ficando surdo. Onde há marchas populares com arquinhos e balões. E cabeçudos. O Apocalipse num bailarico.

Fui ao engano, claro. Dito isto, digo que vale a pena. (Sublinho pena) É que isto foi mais do que um case study de sociologia, isto chega para 3 cadeiras de antropologia na Sorbonne. Detalhes como o culto da personalidade do falecido fundador do império em estátuas e retratos espalhados pelo complexo ( ao lado de chaimites e comboios decrépitos ) fazem-me acreditar que há aqui material para uma tese.
Enfim.. Do site da quinta, vem o resumo:

Impossível contar
O que vi e o que senti
Neste INÉDITO ARRAIAL:
-"Quem vier ao Minho
E não for a Santoinho
Não conhece Portugal".

António Cunha


É tão triste isto ser verdade...


Antes de me ir deitar, disse que não ia conseguir dormir com a quantidade de informação que tive de encaixar. Enganei-me. Dormi, mas com uns sonhos kitsch só com cores e barulho e mais cores. Pesadelo.

Novo B.I. a caminho

o Simplex leva-me um mês a fazer o B.I.. Bem me parecia que as medidas anti-burocracia estavam reservadas aos grandes centros urbanos, onde o descontentamento público é mais visível e capaz de chegar aos media... E ainda por cima, a foto de passe é tirada de frente. Moicanos de frente não tem lá muito jeito. Não podia ter a foto de lado, no B.I. ?

Excessos

De volta do Minho. A emissão segue dentro de instantes.

Preciso de recuperar de uma overdose visual, vinícola e gastronómica. Água das pedras, please.

What goes around comes around

Mais taxis, pois.

Fique registado: 4 gajos vitimas de um mau almoço, entretidos a gozar a péssima escolha que fizeram ( mercado da ribeira, evitem) , são capazes de calar um taxista. Ao inicio ainda conseguiu lançar um "era uma avião vindo de angola e cair em cima da assembleia, isso é que era" ( angola?), uma jogada certeira, é verdade. Mas depois... Não conseguiu acompanhar o ritmo.
Fica aqui a dica: 4 gajos, nem um segundo sem se calarem.
Combinem, façam turnos, convidem o tio. Agora já sabem.

Quatro para um não muito honroso, mas é um taxista. E bom fim de semana.

Um público lixado

Entro no taxi, - boa noite - digo para onde quero ir e começo a rezar aos santinhos para que o taxista seja um pulha mal-humorado, um eremita de automóvel, anti-social que chegue para me poupar do sketch habitual.
Assim que digo "cemitério de Benfica", há uma pausa. Ambiente tenso, taxista entra numa busca espiritual, passam uns segundos largos. Ouço-os a pensar : " epa... p'ró cemitério, pois, mas não é bem. Mando a piada?.. ah, o gajo tem cara de que se vai rir. Cá vai..." De sorriso gingão, disparam:

- É para o cemitério, mas para o lado de fora, não é amigo?
- eh-eh-eh... é sim.

Bolas. E nem um buraco para me esconder. Merda. Merda. Merda. Pronto, já passou.
Pior é quando insistem e perguntam do campeonato ou pelo jogo de ontem.

- Então, o benfica? aquilo ontem é que foi uma tourada, o Katsouranis...
- Eh, eu não ligo muito a futebol.

Os taxistas deseperam comigo. Caladinhos que nem ratos.


E como não sou como o Luis Filipe Menezes, cito as minhas fontes: para escrever Katsouranis, fui ao Mais futebol ver o plantel do Benfica. E neste post não usei advérbios.

Não sei se já disse

"Stay On These Roads" - A-ha

The cold has a voice
It talks to me
Stillborn, by choice
It airs no need to hold

Old man feels the cold...
Oh baby don't
'cause I've been told

Stay on these roads
We shall meet, I know
Stay on...my love
We shall meet, I know
I know

Where joy should reign
These skies restrain
'Shadow your love...'
The voice trails off again

Old man feels the cold
Oh baby don't
'cause I've been told

Stay on these roads
We shall meet, I know
Stay on...my love
You feel so weak, be strong
Stay on, stay on
We shall meet, I know
I know
I know, my love, I know

Feel the cold
Winter's calling on my home..



Mas estou a ficar velho.



Ouçam no deezer

O que vos traz aqui (1)

São as keywords que vos trazem aqui, geralmente do google. Quando me lembro, vejo que keywords vos orientam ao meu cantinho, no analytics ou no sitemeter. Tenho andado a evitar posts com isto, mas são um comic relief que não posso deitar fora. E esta semana este fica no top:

"Com quantos dias uma amarração começa a dar resultados?"

Impressionante... Quando toda a gente sabe que são 7 dias para as mulheres e 8 para os homens.

( Adoro aqueles que se dirigem ao Google como se ele fosse bruxo e fazem perguntas directas. Lindo.)

Lá se foi a média

A minha paciência para posts atingiu um mínimo. E não sei porquê, as pessoas pararam de perder coisas.
Ou então sou eu que ando a olhar para o céu.

Quadratura da bola

O mundo dá cada volta, que me vejo a ter de concordar com Santana Lopes. Pelo que disse sobre a chegada do Mourinho ( o ultimo D. Sebastião ) ao interromper uma intervenção sua na Sic noticias. Mal vai o mundo, quando até o PSL diz coisas acertadas.
O Pacheco Pereira concorda comigo, por acaso. E ontem na Quadratura do circulo tive de concordar eu com ele. Dizer que a bola ocupa demasiado tempo nas nossas vidas e que toma uma importância desproporcionada nos media não é ser anti-futebol, ok?

E se fosse?

...

De volta. Foi uma semana muito longa, com coisas para esquecer e cheia de coisas para lembrar.
Lembrar-me porque tenho uma poupa à Elvis, porque leio o jornal de fio a pavio, porque quero saber tudo, porque estou grisalho, porque quero ser melhor, porque gosto de engenhocas, porque cultivo a ironia, porque tenho paciência, porque ligo à politica, porque continuei a desenhar, porque gosto de aviões e coisas com botões: Por causa do meu pai.

Tralha

Perdida por outros, encontrada por aqui.

Via Caixa da tralha

Inspira.

Maria José Nogueira Pinto acusa Bloco de esquerda de intolerância para com as suas ideias para as lojas dos chineses. O Scolari resolve o jogo no prolongamento, a soco. convidamos o Dalai Lama a ir beber uma bica ao café do parlamento, mas só como líder espiritual, nada de oficial: O governo não quer o nosso enorme peso na politica internacional pressione o estado chinês, e mete-se em bicos-de-pés a mostrar como está bem treinado e servil. O P.C.P. calado que nem um rato. 21 membros do governo andam a distribuir computadores pelas escolas, Sócrates responde: "Antes pelo contrário.". A TV Cabo quer ultrapassar os 100 canais de televisão até ao final do ano, mesmo que se continuem a ver sempre os mesmos 6-canais-6 decentes. Rússia lança bomba amiga-do-ambiente. Fátima Campos Ferreira continua a apresentar um programa de televisão.


Expira.

Eu não percebo muito de futebol, mas...

O treinador da selecção andar ao soco a jogadores da equipa adversária, é coisa para um cartão vermelho, no mínimo.

Hoje passei ao lado do estádio quando o jogo estava a começar. A energia e a força que senti com o estádio inteiro a cantar o hino é impressionante. É pena só termos energia para alguma coisa em comum quando há futebol... Lembrem-se dessa energia quando pensarem em votar no Sócrates outra vez, ok?

Cantinho do mau gosto

A BBC vai contratar os McCann para fazer test-drives.

Visitas curtas

No hospital, a hora da visita é dura. Hoje custou muito. Mas tem pontos altos, graças ao meu pai. Relembrou-me de onde vem o meu adorável sentido de humor ( negro ). E suspiro.

Já disse isto antes: A genética é lixada.

O dia em que a terra parou

É o titulo de um filme de série B que adoro, e foi há seis anos que tudo parou, à volta do mesmo sitio. Eu estava no pc ( para variar) , a fazer um portfolio e a ver o Pixelsurgeon.com. Achei que era tanga, um daqueles ensaios de designers intelectuais , mas o feed de notícias insistia no tema. As noticias dessa manhã vieram todas da net, ao início.

Entretanto, há um palhaço, presidente de uma nação militarista, que teima em justificar tudo o que (mal) faz com este trunfo. E safa-se.

Don't believe the hype

Hype: súbito interesse e empolamento do que é normal, sem interesse, ou simplesmente estupido. Vulgar, corriqueiro, inconsequente, porém badalado. Vide McCann, vide futebol, vide empresários, vide iPhone, vide incêndios, vide criminalidade, vide celebridades, vide ratos, vide Portas, vide blog-plagiado-e-feio, vide alarmismo, vide sociedade de mercado, vide novo-rico, vide politicas.

Acho que vou cortar radicalmente na dose de telejornais, deixam-me nervoso.

( há algum mantra para isto?)

Em Destaque

Estive um mês em que não encontrei nada de relevante nos jornais. Razão: o Destaque parou para férias.



Voltou, e pergunto-me:

Como é que se tratam cáries de fetos?

Resolver problemas

Sair de casa, todos os dias, bem cedo. Antes de sair, ter o cuidado de não esquecer o rolo de fita-cola. É pequeno, cabe no bolso. Lá vamos.
O autocarro diário tem o ar condicionado sempre ligado. Há saídas de ar para cada pessoa e mais uns buracos extra por arranjar. Toda a gente sabe como uma pontada de ar no pescoço pode estragar-nos a saúde. Como a saúde é um assunto sério, há quem resolva o problema dos buracos extra do ar condicionado: tira o rolo de fita-cola do bolso e cada fresta é coberta de fita cola, até ter a certeza que não sobra um fiosinho de vento que o lixe pelo caminho. Se na viagem seguinte não conseguir sentar-se no mesmo lugar, forra as novas frestas que encontra ou renova os pedaços de fita-cola já velhos.

Bad hair day

Felizmente a lei da gravidade ignora o meu cabelo, senão parecia o avô Cantigas.

Artesanato das Caldas

Pronto, se calhar não parece das Caldas, à primeira vista. Mas pode enganar... Quem conhece, sabe do que falo.

Intelectual de serviço

Morreu o arquétipo do intelectual em Portugal, Eduardo Prado Coelho. Há muitos anos que acompanhava as crónicas no Público religiosamente, mesmo quando ( ou especialmente) numa teorização sobre as banalidades da vida conseguia abarcar metade dos pensadores contemporâneos franceses, 3 humanistas, Platão e 2 sociólogos alemães, lançando a confusão numa cabecinha pequenina como a minha. O excesso do EPC afastava-me, mas prendia-me pela coincidência em posições politicas ( tinha dias) , pela cultura e pela argumentação certeira.

Louça das Caldas

O meu hobbie começa a dar frutos.

Fotos em preparação ( o tema "ólaria" é complicado de fotografas decentemente ).

Já me estragaram o dia.

Já me estragaram o dia. E bem cedo. E com tão pouco. Assim não consigo alinhar os chakras, porra.

Edit> Passei-me. Hoje. Este ano é a primeira vez. E pronto, já atingi a minha média anual.

Estou a ouvir

Continuamente, over-and-over, repetidamente, incessantemente, uma e outra vez.

Do tálamo

Está calor ou não? é verão? mas está frio, não? Edredon é coisa de inverno, vai fora. Fica uma colcha, só. "Ai, afinal está frio hoje". Colcha, edredon light. Mantinha do sofá. Roupão por cima dos pés. Parece um ninho de ratos. A minha cama tem andado a indagar-se a ela mesma, em introspecção profunda. E não chega a lado nenhum.

Expliquem-me

Expliquem-me porque é que peço 100% ( ou mesmo 90%) de uma tarefa, apresentam-me 40% do que pedi e perguntam-me se tenho alguma coisa a dizer? Apre!

The dark side

Luto por um mundo melhor, com campanha publicitárias bonitas, fotografias lindas a cada esquina, logotipos inteligentes, pessoas felizes.
O cérebro não deixa, e não consegue mais que uma campanha que funcione, que cumpra. A glória fica para outros dias, mas sei que o Império não levou a melhor e os rebeldes contra-atacam. Salvamos a face, vendemos o nosso trabalho o melhor que podemos, explicamos porque é que ainda não é desta que com dois anúncios de imprensa metemos a empresa no Nazdaq e ganhamos 3 Leões.

Um dia destes tive de fazer o oposto. Mal dei por isso, o trabalho já estava vendido. Mas era dramático de mau, um tiro no pé.

Todas as apreciações-de-cliente coleccionadas ao longo de anos serviram finalmente para alguma coisa. Utilizei a estrela-da-morte da argumentação no meu próprio trabalho ( argh). Funcionou.

A propósito, porque é que a Superbock não faz hara-kiri na sua campanha? "fino-dental" ...? santa mãezinha...

Tardes lixadas...

Ultimamente, os almoços têm sido regados a vinho branco. O cromo que manda vir as garrafas, trata-as afeiçoadamente por "bazucas", que pinta... À tarde, o trabalho é (ainda) mais divertido. Os resultados não são maus, até. O verão dá origem a estas coisas.

Eu ainda sou do tempo...

Eu ainda sou do tempo em que os intelectuais não discutiam sobre bola.

...Bem como qualquer pessoa com mais do que a quarta-classe. Agora encontro um Rui Santos que fala do futebol com o mesmo garbo que o Nuno Rogeiro fala de geopolítica. Palhaço.

Um milimetro conta

O anúncio-de-uma-hora

É como o meu irmão chama aos telejornais, e cada vez mais tenho de concordar que não é exagero. Nas noticias da SIC, acabo de ver uma peça sobre MAGIA, a verdadeira. Não a magia do Harry Potter, a dos livros, ficcional, mas a real, a do dia-a-dia, a que usamos para encontrar os números do Euromilhões ou amarrar a pessoa desejada em 7 dias ( ou 8, depende do género ).
Avisa o jornalista da SIC, depois de extensa reportagem com astrólogos, videntes, pais-de-santo e afins, que é preciso saber distinguir entre os profissionais e as pessoas-sem-escrúpulos. Desculpe...?

Promover crendices e superstições, embrulhadas nas notícias... bonito.

A barraca a arder

Acerca do caso daquela menina raptada ( não digo nomes para não dar a ideia de uma réstia de proximidade afectiva) :
Jornalistas de um lado, jornalistas do outro; os terríveis tablóides ingleses enterram a policia portuguesa, os portugueses enterram a polícia inglesa, trocas de insultos, arrufos, recados. Mas para quê perder tempo a acusar a policia inglesa...?
Afinal, até jornais que têm como 1ª página gajas de bikini não conseguem fazer frente aos nossos pasquins, que revelam agora o que sempre soubemos: a culpa é dos pais. O ressabiamento tuga não perde tempo com analises profundas, nem quer desfechos bonitos: preferimos ver incêndios, morrer com ondas de calor ou à porta de um SAP fechado, só para poder ratar no abstracto. Os nossos jornais finalmente chegaram lá: mostram a barraca a arder.

Pasquins ingleses 0 - pasquins portugueses 1

Volvo cor-de-laranja*

Há bocado ouço no telejornal que uma tempestade de verão inundou e fez fechar todas as estações do metro de N.Y., onde todos os dias passam milhões de pessoas. Relata a jornalista: "os autocarros sofreram atrasos de uma hora." Uma hora?

Um pum de uma velhinha e fico na Calçada de Carriche pelo menos hora e meia.


*É o meu transporte oficial, usando uma graçola do tempo do António Calvário ( mezózoico inferior).

Os locals

Onde é que os turistas vão quando vêm cá? Aos sitios errados. Vão ouvir fado ( no fundo, não há muita gente a ouvir), vão ver touradas ( no fundo, não há muita gente a ver),vão comer sardinhas ( no fundo, não gosto nada de sardinhas ).
Em Peniche, há aquela fila de restaurantes na Avenida do Mar. Peixe fresquinho, e tal, Peniche, pois. Não. São os feitos-à-medida-do-camone. Servem de vedação aos verdadeiros restaurantes que ficam atrás. Nesses, comemos alfaquique com açorda de ovas, em vez de sardinhas. Seguindo uma intuição básica, é ir onde comem os locals. E na semana passada conheci um restaurante chinês onde vão os locals ( não de cá, mas de lá... ) onde não há a treta do costume, tipo chopessoi de gambas, chopessoi de galinha, crepes, etc. Pratos mesmo diferentes. É ali à frente da Portugália.

O meu cérebro

É como uma caixa de pregos todos diferentes, misturados à balda. Mas afiados e polidos.

Amanhã isto passa.

Keyword da semana

As keywords que trazem nova freguesia a uma blog são um tema bastante explorado. Como não vou acrescentar muito às experiências descobertas na Gota-de Rantanplan, deixo a keyword da semana que me pôs a pensar...

bandeirinhas para queijo

Como pensamos pequeno...

Só ouvia a voz, a televisão esta na sala, ao lado. O filme que imaginei era mais dramático do que depois se revelou. Ouvido da SIC:

" Ultrapassaram a mais complicada das fronteiras ( ...) The Gift em Espanha..."

Espanha? Se chegarem a França, é o quê? feriado nacional?

Agosto à vista

A cidade está a esvaziar... daqui a uns dias, os lisboetas vão replicar a sua existência diária para Albufeira ou Portimão, ponto por ponto. As mesmas filas, os mesmos stresses para arranjar lugar a menos de 7 metros da porta do super-mercado, os mesmos vizinhos, a mesma jardineira para o almoço agora feita num fogão de 2 bicos, a mesma vidinha.

E eu fico por cá.

Resiliência

Pronto, já disse.

Virtualmente

Adoro viver no futuro.

O Simão vai-se embora!

-""O Simão vai-se embora!" ? Qual Simão? "
-"O Sabrosa."
-"ah!"
-"Ele vai para Espanha, para o Atlético de Madrid. No caso de pensares que era o de Sacavém."
-"ah!"

Ainda bem que me puseram dentro do contexto...

É uma péssima noticia, porque tenho consciência que se perde com a troca. Porque sem ele, perco cerca de 40% dos meus conhecimentos sobre jogadores da bola. Há mais jogadores que apareçam na Caras?

Temos esta noite

É desta!

O nosso Primeiro quer que 1 em cada 2 salas de aula tenham um quadro interactivo.
C****LHO é desta que os miúdos vão aprender!

Nunca pensei ver-me a discordar de uma medida governamental envolvendo mais ecrans e teclas para todos, mas... Que mal têm os quadros com giz?

Haja dinheiro...

Deixem-me comer

Na crónica de hoje no Público, a Helena Matos ( desta vez até a percebo) procura bolas de berlim, fala de um fundamentalismo alimentar que nos anda a por obcecados pela alimentação e a confundir alimentos com medicamentos. E o protagonista é a nossa brigada dos costumes ( fica a ideia que são a única autoridade estatal que trabalha, não é? ), a ASAE.
Aceitar as medidas a que se propõem é perder o que é nosso, de cá. Sardinhadas, matanças de porco, chouriços, alheiras, galheteiros, pão, vinho a martelo, fruta com meio centímetro a menos e ginginha feita em casa.

Ontem vim do Mercado Medieval, onde comer era com as mãos, em cima de uma mesa de madeira talhada a machado. Não morre ninguém, ok?

há 15 dias fui beber um so-called "melhor café de Londres" ( ainda estou nessa, pois...), onde sentado à mesa, tinha vários boiões de geleia abertos, com uma-colher-uma, pão e bolachas em cestos, e uma tijela ( mais tipo alguidar ) de açucar com uma-colher-uma, tudo em regime de self service. E a clientela estava mais para o lado da Bica-do-Sapato que outra coisa... Não vi muita gente preocupada em cumprir normas comunitárias.

Festa

Acabado de chegar do fecho do Mercado Medieval de Óbidos, que teimam em transformar num hipermercado de tralhas em madeira e feltro. Felizmente, os Els Berros de la cort, catalães cheios de espírito, fazem a festa toda e salvam a honra do convento.

Conseguiram que o domingo não fosse o domingo-deprimente.

Telenovela

A Carolina Salgado tem uma irmã gémea.
A quantidade de clichés que me passam pela cabeça...

No parque

Um cantinho de civilização. Sobras da cidade que já foi maior. E um dia destes, caem de velhos.

Lá fora é que é bom

Lá fora não cuspi no chão, nem nada. Nem um papelinho, beatas ou cascabulhos de maçã atirados pela janela. Apanhei o cócó do cão sem vacilar. Não fiz piqueniques de garrafão com tijolos aos berros, nem fui para a praia com uma geleira de 20 litros. Não meti as patas em cima do banco do autocarro.
Agora que estou em casa...

Sinceramente, é que isto por cá está parado. Saí de Warp 2 para 20 à hora.

Por outras terras III

Há dias em que nos limitamos a sair numa direcção qualquer e vamos apenas ver ruas. No domingo não, já havia planos: O Borough Market é o cantinho gourmet/biológico onde se vai almoçar, lanchar, passar o dia. Parámos para o melhor café de Londres, e o ambiente recomenda-se. Os pubs à volta estão cheios, as pessoas sentam-se na rua, conversam. Para quem gosta de comer, obrigatório.

Londres estava cheia de tapumes, andaimes, guindastes. As obras são muitas, e desde a ultima vez que lá fui, ganhou praças novas, sempre cheias de gente ( não façam jardins em Lisboa, não... ). Buzina, buzina, quase atropelado. Look left, porra.

Ainda deu para ir a mais um museu, antes de voltar ao hotel.

Hotel. Lá estavam os meus vizinhos do hotel da frente, de janela aberta. E ainda naquilo.

Por outra terras II

Outro dia. Chuva pela manhã, para variar. Até eles acham que já chega, há meses que não há bom tempo.

Passeio o dia todo. Sol a sol.

Directos ao Soho, jantar no Wagamama, um noodle bar. As ruas estão tão cheias como se fosse dia. A seguir temos o teatro, mesmo ali ao lado. Atravessar a rua. Look left.
A sala mais pequena que já vi. Na segunda fila, tinhamos o Eddie em cima de nós, a cuspir gafanhotos de rajada. Um senhor.

Chegados ao hotel mais mortos que vivos, com dores nos maxilares de tanto rir, cansados, ainda tivemos direito a mais espectáculo: Os vizinhos do hotel da frente, com a janela aberta, visivelmente menos cansados...

Por outras terras I

Cheguei a Heathrow dias depois dos quase-atentados, mas na cidade não havia diferenças visíveis. Os londrinos não têm tempo para reparar em tudo, nem se podem perder em coisas que nem chegaram a acontecer.






O ritmo do costume, agora: Chegar ao hotel, pousar as malas e sair, Victoria and Albert Museum, história de arte ao vivo durante a tarde, passeio pela rua. Quase ser atropelado. Esquerda. Look left.

Voltamos ao hotel. Brancos como todos os outros prédios, a rua tem vários. À porta, há teenagers americanos aos berros. É o 4 de Julho, dia de berrar o hino.

A rua é estreita e na janela frente à minha, aberta, há luz e gente lá dentro.
É demasiado perto, notei um certo clima. Privacidade é pouca.

Livros

Leio muito. Muito mesmo.
Leio jornais, de uma ponta à outra, obituário e secção de economia incluido ( às vezes, chego a ler as noticias sobre futebol ).
Leio blogs, leio revistas. Leio embalagens de shampoo.
Livros, vou deixando passar. Mea culpa.

E agora um fim de semana alucinante pede-me para escolher e propor cinco livros. É a vida. São antigos, pois. Não se queixem:

O Nome da Rosa, Umberto Eco. Lido e relido.

Segundo livro de crónicas, António Lobo Antunes. Historietas no bairro da infância, Benfica por coincidência.

Ensaio sobre a cegueira e Memorial do Convento, José Saramago. O que gosto é da imagem. E o que lembro é a facilidade com que construo um filme, cena a cena, a partir destes livros.

Paris, Os Passeios de Um Flâneur, Edmund White. Passear à deriva, numa escrita limpinha.

Agora passar a bola... Tenho de pensar nisso.


Voltei hoje, completamente exausto, a precisar de descanso das férias. O post ( ou posts ) de resumo das viagens por Londres não é hoje. Tou estafado.

From London

Estou num cibercafe com vista para a estacao de Earls Court, ( num teclado impossivel que nem me deixa fazer acentos ), depois de um dia de caminhada pelo campo em Hampstead Heath - Os jardins sao tao grandes que nos fazem esquecer que ha muita cidade a volta - e pela antiga vila de Hampstead, pouco a pouco absorvida por Londres, mas ainda muito tipica.
Hoje encontramo-nos novamente com uma amiga portuguesa que nos levou a estes sitios menos turisticos e mais apeteciveis. Menos gente, menos confusao, mais gourmet, mais scones, mais capuccinos...

Afinal, o stand-up do Eddie Izzard recomenda-se, mesmo nao apanhando as piadas sobre a pronuncia dos tipos de Brighton comparada com os de Liverpol... O meu medo de nao perceber ingles 100% british era real ( ha expressoes impossiveis ) , mas desvaneceu quando percebi que toda a gente fazia o mesmo esforco que eu para perceber o homem. Se ele nao tivesse fumado tanto....

"If you insert your fingers on a shark's nostrals, it will reset." Genius.

Este fim-de-semana foi dos mais movimentados dos ultimos meses ( terror, qual terror? ) , e juntou de tudo: A volta a Franca em bicicleta ( 1 milhao de pessoas na rua ) comecou em Londres ( nos temos o Paris Dakar em Lisboa... ), tenis em Winbledon, o Live Earth em Wembley, e tivemos sol. Muito sol. T-shirt, havaianas e calcoes. Os londrinos ja nao sabiam o que era ter sol durante um fim de semana inteiro ha meses.

Fotos, tenho um Giga e meio delas. Nao ha e como tira-las da maquina.

Por Londres

Continua linda como sempre, e a vida que a cidade tem, ninguem a tira. Os londrinos nao se deixam afectar pelas coisas menos boas da semana passada. E hoje e dia de Eddie Izzard, logo a noite.
See ya.

Perdido por Londres

É a cidade para onde me vou perder amanhã, e que gosto tanto que por culpa dela não me vou perdendo por mais cidades europeias.

As oportunidades de ir a outros sítios são invariavelmente declinadas para mais uma visita a esta cidade espantosa. A cidade dos jardins com corvos estripadores de pombos, dos esquilos gourmet, das chamuças, de feiras, dos Bentleys à porta, dos senhores policias educados, das igrejas minimalistas, da globalização, do Banksy, de toda a gente.

Vou numa altura porreira para quem não tem ar de ter nascido em Stratford-Upon-Haven ( sequer Barcelos...).

Passeios

Mesmo por cá, passear por caminhos fora do habitual é óptimo, há sempre coisas novas. Num passeio, descobrimos tudo o que há para descobrir e no meio encontramos as pérolas. E bem grandes.

Hoje andei por Tokyo.

Claro que quero um

Pronto, já falei sobre o iPhone no blog, começava a sentir-me info-excluido. Acho que já se podem acalmar agora. Respirar fundo, esperar uns meses e voltamos à histeria quando se venderem por cá.

macho macho man

Fomos almoçar à tasca do costume. Os homens de um escritório almoçam sempre na tasca do costume. A tasca é o território sagrado - o ground zero do almoço. Quando não há nada combinado, vai-se à tasca ( "combinar" é ir a uma tasca mais cara e fora de mão ). Na tasca, encontram-se os standards nacionais: bitoques, bifinhos aux champignons, jaquinzinhos e alheiras, sempre a jorrar óleo.
Quando se mandam vir as bebidas, os iniciados vão para a imperial, os apreciadores uma garrafa de verde de sete-e-meio, um jarro de sangria ou o distinto vinho-a-copo para os puros .
No fim, lá sobrevivemos. As meninas do escritório arrepiam-se com o relato. Até têm razão. Não falem é em comer menos.
Não há nada que um alka-seltzer não cure.

O artista do momento

O comendador Berardo é gajo para ter um Jaguar com autocolante da Herbalife atrás.

A banda sonora

Foi complicado, quando apareceram os serviços de mp3 online, ficar para trás da comunidade a fazer de surdo-mudo ( o blog é mudo, eu sou surdo ) .
Bem tentei arranjar banda sonora para este blog... depois desisti. Explico:

Eu, na poética tranquilidade que é abrir uma página, calmamente, esperando a barra encher, aparecer, como uma folha de um livro, e levar com qualquer coisa deste género

no tímpano.... Não ponham som nos sites, a sério. Se tiverem de pôr, ponham Kraftwerk ou Jean Michel Jarre, como fazem na televisão quando mostram um robot, um laser ou um modem de 56Kb. Não ofende, transporta-me a 1984 e diz-me que estou frente a um geek piedoso.

Descobri entretanto que o blogmusik.net deixa fazer post de mp3. Abençoado.

Espera, falam de quê?

Com a bola tenho o problema da curiosidade esgotar-se depressa, e quem se dá ao trabalho de explicar-me algumas regras, só tem a minha preciosa concentração por pouco tempo. A 5 segundos de cada vez, só há pouco tempo é que percebi o que é um fora-de-jogo.
Há agora um anuncio de T.V. de uma cerveja, com o Victor Baia ( vi na Caras, é por isso que sei quem é ). Falam de bola, de jogos passados, etc. Tenho de ver o anuncio, é o meu trabalho. Chego à punchline ( qualquer coisa com brasileiros) e fico na mesma, bolas. Pareço um Maluco-do-Riso a ver Tchekov. Expliquem-me. Consigo mais uma janela de 5 segundos de concentração, a contar de agora. Agora.

N. R. A Wiki tem uma entrada para os Malucos do riso, pois é.

Youtube killed the video star

A música da tarde ( só música ). A nostalgia é um problema recorrente, é verdade.

Acordar, no verdadeiro sentido do termo

Duche frio pela manhã.
Voltei aos tempos do campismo. Começou bem, hoje.

No rescaldo de um dia

Abrindo uma excepção à regra*:

A Morte é a Curva da Estrada. Morrer é só não ser visto.

Fernando Pessoa

* Não blogar pedaços de poemas alheios, por melhor que soem.

Quequas

Fio-dental ou asa-delta? Os bilhetinhos de carteira estão a evoluir.
Pensava que reparavam que a Vanda tinha um cabelo lindo, olhos de uma cor só descritível com vários maus adjectivos, um sorriso capaz de iluminar uma sala. Ah, no meu tempo...

Achado no Cartaxo, terra de adolescentes dados a erros ortográficos.

Cartaxo

Visões do Cartaxo, onde soube que não posso "andar por aí a fotografar sem autorização", o que é compreensível. Ainda revelo algum segredo importante.

Que faço eu?

É difícil explicar o que faço a quem não é do ramo.
Essencialmente a minha mãe.

"desenhos?" não, não é tão pouco assim. "Internet?" Sim, mas não é tudo. "fazes as fotografias?" tem dias, sim. "mas fazes?" às vezes, só digo como se fazem. "Mas então sabes fazer." depende. Até um certo ponto, sim. "ah, precisas de ajuda, então?" Sim, não faço tudo sozinho. "e aquele logótipo?" esse fiz sozinho. "e o que está escrito, foste tu?" não. O que está escrito foi outra pessoa. "não escreves? só essa frase?" é complicado. Sei escrever, mas não para isto. "então tens as ideias e depois escrevem o que tu queres?" bem, a ideia não é só minha. "então, disseste que o anuncio era teu...?" Pois, mas as ideias é sempre com outra pessoa, fazemos juntos. "e na televisão, foste tu que fizeste a animação? " não, tive só a ideia e depois explico como quero a outra pessoa. " ah então não fizeste o anuncio, mesmo?" tecnicamente, é meu. Isto é: nosso. "então?".

Só não faço é colheres.

O Arrebatamento segundo Markl, 20:6

Virgens loucas a comprar azeite, as duas bestas, a bíblia , os ufus e os ovenis, explosões atómicas em catadupa, computadores ditadores, chips implantados, Echelon, parteiras e maquinistas que desaparecem no ar, falsos profetas, judeus e árabes em paz, George Washington e o fim da democracia.

Serviço público é isto. Não só me ri, como salvei a minha alma.

Salvem-se também.

Via Markl.

Face-lift

Um jeitinho ao layout, já estava na hora.

Respostas

A mãe de dois procura respostas. Os miúdos estão cheios de questões importantes, tão importantes, que do alto da nossa trintona sapiência, pouco sabemos para conseguir responder.

"Mãe, porque é que é um menino Jesus e não uma menina Jesus?"

Chumbo

A melancolia desta entrada é um verdadeiro fado, com este tom cru, pesado, bruto. Ficou-me gravada, uma série demasiado real para um puto pequeno, que a via escondido da porta da sala, depois das 10 da noite, hora de ir deitar.

Neste momento, o Markl fala de séries de TV na rtp 2, no Camara Clara. Este foi um dos genéricos mostrados como exemplo, e dos mais memoráveis de sempre.

Receita

O pessoal de Abrantes vê o House, como eu. Acharam que - como o House - O nosso Primeiro ia de propósito, cínico, ter com o doente só para lhe dizer na cara: "Olhe, vai morrer. A sua presença no mundo é perfeitamente dispensável, e foi a sua mãe que mo disse."
Mas não. Nenhum governante vai meter-se na boca do lobo sabe-se que as más noticias dão-se à distancia. São as inaugurações é que são no local.
Mudem de governos, de presidente, os princípios activos são os mesmos. Prescrito por um italiano, já há uns anos.

Santos

Estes são os protagonistas da noite de Santo António, lá na aldeia. Um casal de namorados, que do topo do pinheiro espetado no meio da praça, vai esperando a meia noite.

Na noite de Santo António, além do que é habitual em Lisboa ( sardinhadas, manjericos e afins), temos um momento profano: dois bonecos, representando um casal de namorados, são queimados numa fogueira à meia noite, ao som da banda filarmónica. Ninguém sabe muito bem de onde vem esta tradição, que já se faz há demasiados anos para se lembrarem quando começou.


Um casal que foi apanhado em flagrante e resolveu-se a coisa assim a quente, ou algo mais profundo e simbólico?

Hoje uma sobrinha fez anos

Os sobrinhos emprestados estão a aumentar, esta é a mais recente. Mas a mais velha, também. Como é uma menina, é precoce. Sabe-se que a elas, dá-lhes a inteligência mais cedo, é genético.

Começou a fazer a mãe pensar na vida bem mais cedo do que seria esperado. Começou a dar trabalho. Começou a trancar-se no quarto.
Começou a ter cortes de cabelo muito-à-frente.
Começou a procurar leggings, leitores de mp3 e camisolas de riscas horizontais com mais 30 cm do que é preciso.
Começou a ser uma teenager.

Mas ainda não acabou o que é próprio da idade. É ser autêntica.


O tipo do cachecol foi encontrado nas Caldas.